Câncer de mama no Rio de Janeiro: padrão de mortalidade e análise da comorbidade como fator associado à sobrevida e à realização completa de quimioterapia adjuvante

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Ferreira, Daniele Bittencourt
Orientador(a): Mattos, Inês Echenique, Bergmann, Anke
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12851
Resumo: O câncer de mama é a neoplasia que apresenta maior incidência em mulheres no mundo e no Brasil. Apesar de estudos indicarem que tumores em mulheres mais velhas são biologicamente menos agressivos, ao comparar as taxas de mortalidade de mulheres jovens e de idosas, observam-se magnitudes mais elevadas entre as mulheres com 65 anos ou mais. Essa maior mortalidade pode estar relacionada a outros fatores, entre eles, o estado de saúde global da paciente, a presença de comorbidade, a prescrição de tratamentos menos agressivos ou a interrupção do tratamento prescrito, devido a intercorrências. Esta tese foi estruturada no formato de três artigos. No primeiro artigo foi descrito o padrão de mortalidade de mulheres com câncer de mama no estado do Rio de Janeiro, considerando os óbitos com causa básica câncer de mama (CID 10 C50), ocorridos entre 1996 e 2011. Analisaram-se taxas de mortalidade por quadriênios, entre 1996-2011, e as razões de taxas entre os dois grupos etários em cada área. A tendência das taxas anuais de mortalidade foi analisada com o programa JoinPoint e modelos de regressão polinomiais. Observaram-se razões de taxas 7 a 8 vezes maiores nas mulheres de 60 anos ou mais. Apesar da tendência de declínio, a magnitude da mortalidade por câncer de mama foi ainda elevada entre mulheres com 60 anos e mais de idade, sendo importante investigar os fatores a ela relacionados neste grupo populacional. Para o desenvolvimento dos artigos 2 e 3 foi realizado um estudo longitudinal com uma coorte retrospectiva de 464 mulheres diagnosticadas com câncer de mama e matriculadas no Instituto Nacional de Câncer (HC III-INCA) para tratamento, entre janeiro e dezembro de 2008, sendo elegíveis para o estudo mulheres com 50 anos ou mais de idade, sem história de câncer de mama prévio, diagnosticadas com estadiamento I-III, submetidas a tratamento cirúrgico curativo. O objetivo do segundo artigo foi analisar o papel da comorbidade na sobrevida global de cinco anos e na sobrevida livre de doença nesta coorte de mulheres. A avaliação da comorbidade pela Cumulative Ilness Rating Scale - Geriatric (CIRS-G) indicou uma prevalência de 41,2% de comorbidade severa, enquanto pela escala de Charlson a prevalência de comorbidade correspondeu a 39,0%. A sobrevida global neste estudo correspondeu a 93,8%. Ao analisar a sobrevida global, observou-se que a idade (HR=1,02; IC 95% 0,99-1,07), Raça – cor da pele preta ou parda (HR=2,99; IC 95% 1,22-7,31), estadiamento IIB-IIIC (HR=2,64; IC 95% 1,66-12,95) e a presença de recidiva/metástases (HR=14,67; IC95% 5,79–37,19) encontravam-se associados à maior risco de óbito. A presença de comorbidade grave no sistema endócrino/metabólico (HR=7,55; IC 95% 0,99-57,35), receptor de estrogênio positivo (HR=0,33; IC 95% 0,18-0,61), idade (HR=1,03; IC 95% 1,00-1,06) e estadiamento (HR=2,80; IC 95% 1,53-5,12) estavam associados à recidiva/metástase no seguimento de 5 anos. Para o artigo 3, foram elegíveis as mulheres que atendiam aos critérios anteriormente propostos e que realizaram quimioterapia adjuvante para tratamento do câncer de mama. Foram estudadas 186 mulheres e observou-se que 18,2% das mulheres não realizaram o tratamento inicialmente proposto, sendo o mesmo incompleto e/ou alterado. Entre os motivos descritos, a toxicidade foi o mais frequente (7,6%). No modelo final, obtido pela regressão logística múltipla, a presença de comorbidade grave (ORajust=2,30 IC95% 1,07-4,93) e a idade acima de 65 anos (ORajust=2,39 IC95% 1,05-5,47) apresentaram associação com a realização incompleta/alterada de quimioterapia adjuvante. Diante dos resultados apresentados, cabe ressaltar a importância da avaliação adequada da presença de comorbidade nas mulheres com câncer de mama, uma vez que esta pode influenciar no tratamento e no prognóstico de mulheres com câncer de mama.
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Essa maior mortalidade pode estar relacionada a outros fatores, entre eles, o estado de saúde global da paciente, a presença de comorbidade, a prescrição de tratamentos menos agressivos ou a interrupção do tratamento prescrito, devido a intercorrências. Esta tese foi estruturada no formato de três artigos. No primeiro artigo foi descrito o padrão de mortalidade de mulheres com câncer de mama no estado do Rio de Janeiro, considerando os óbitos com causa básica câncer de mama (CID 10 C50), ocorridos entre 1996 e 2011. Analisaram-se taxas de mortalidade por quadriênios, entre 1996-2011, e as razões de taxas entre os dois grupos etários em cada área. A tendência das taxas anuais de mortalidade foi analisada com o programa JoinPoint e modelos de regressão polinomiais. Observaram-se razões de taxas 7 a 8 vezes maiores nas mulheres de 60 anos ou mais. Apesar da tendência de declínio, a magnitude da mortalidade por câncer de mama foi ainda elevada entre mulheres com 60 anos e mais de idade, sendo importante investigar os fatores a ela relacionados neste grupo populacional. Para o desenvolvimento dos artigos 2 e 3 foi realizado um estudo longitudinal com uma coorte retrospectiva de 464 mulheres diagnosticadas com câncer de mama e matriculadas no Instituto Nacional de Câncer (HC III-INCA) para tratamento, entre janeiro e dezembro de 2008, sendo elegíveis para o estudo mulheres com 50 anos ou mais de idade, sem história de câncer de mama prévio, diagnosticadas com estadiamento I-III, submetidas a tratamento cirúrgico curativo. O objetivo do segundo artigo foi analisar o papel da comorbidade na sobrevida global de cinco anos e na sobrevida livre de doença nesta coorte de mulheres. 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Para o artigo 3, foram elegíveis as mulheres que atendiam aos critérios anteriormente propostos e que realizaram quimioterapia adjuvante para tratamento do câncer de mama. Foram estudadas 186 mulheres e observou-se que 18,2% das mulheres não realizaram o tratamento inicialmente proposto, sendo o mesmo incompleto e/ou alterado. Entre os motivos descritos, a toxicidade foi o mais frequente (7,6%). No modelo final, obtido pela regressão logística múltipla, a presença de comorbidade grave (ORajust=2,30 IC95% 1,07-4,93) e a idade acima de 65 anos (ORajust=2,39 IC95% 1,05-5,47) apresentaram associação com a realização incompleta/alterada de quimioterapia adjuvante. Diante dos resultados apresentados, cabe ressaltar a importância da avaliação adequada da presença de comorbidade nas mulheres com câncer de mama, uma vez que esta pode influenciar no tratamento e no prognóstico de mulheres com câncer de mama.Breast cancer is the main incident cancer in women worldwide and in Brazil. Although studies indicate that tumors in older women are biologically less aggressive, when comparing the mortality rates of young and older women we observe higher magnitude among those aged 65 or more. This increased mortality may be related to other factors, including the patient’s overall health, the presence of comorbidity, theprescription of less aggressive treatments or the discontinuation of the prescribed treatment due to complications. This thesis was structured in the format of three articles. The first article described the pattern of mortality of women with breast cancer in the state of Rio de Janeiro, considering the deaths with breast cancer (ICD 10 C50), as the underlying cause, between 1996 and 2011 and mortality rates for four-year periods, were analysed. The trend of annual mortality rates was analyzed with the JoinPoint program and with polynomial regression models. Were observed rates 7-8 times higher in women 60 years or older. Despite the downward trend, the magnitude of mortality from breast cancer was still high among women aged 60 and older, and it is important to investigate factors related to this pattern in this population group. For the development of Articles 2 and 3, it was conducted a longitudinal study with a retrospective cohort of 422 women diagnosed with breast cancer and enrolled in the National Cancer Institute (HC IIIINCA) for treatment between January and December 2008. Women aged 50 or older, with no history of prior breast cancer, diagnosed with stage I-III, undergoing curative surgical treatment were elegible for the study. The purpose of the second study was to analyze the role of comorbidity in the overall survival and disease-free survival in this cohort of women. The assessment of comorbidity with the Cumulative comorbidity Ilness Rating Scale - Geriatric (CIRS-G) indicated a prevalence of 41.2% of severe comorbidity and with the Charlson scale the prevalence of comorbidity corresponded to 39.0%. The overall survival in this study corresponded to 93.8%. In the analysis of overall survival, it was observed that age (HR=1.02, 95% CI 0.99 to 1.07), race (HR=2.99, 95% CI 1.22 to 7.31), stage IIB-IIIC (HR=2.64, 95% CI 1.66 to 12.95) and the presence of recurrence/metastasis (HR=14.67, 95% CI 5.79 to 37.19) were associated with increased risk of death. The presence of severe comorbidity in the endocrine/metabolic system (HR=7.55, 95% CI 0.99 to 57.35), positivity for the estrogen receptor (HR=0.33, 95% CI 0.18 to 0.61), age (HR = 1.03, 95% CI 1.00 to 1.06) and stage (HR=2.80, 95% CI 1.53 to 5.12) were associated with recurrence/metastasis after five years. In article 3, 186 women who met the previously proposed criteria and underwent adjuvant chemotherapy for breast cancer were studied. It was observed that 18.2% of these women did not undergo the treatment initially proposed, and had it changed or incomplete. Among the reasons described, toxicity was the most frequent (7.6%). In the final model, obtained by multiple logistic regression, the presence of severe comorbidity (ORadjust = 2.30 95% CI 1.07 to 4.93) and age over 65 years (ORadjust=2.39 95% CI 1,05- 5.47) were associated with incomplete changed adjuvant chemotherapy regimen. Given the results presented, it is worth noting the importance of a proper evaluation of the presence of comorbidity in women with breast cancer, since this variable can influence their treatment and prognosis.Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porNeoplasias da mamaComorbidadeQuimioterapiaSobrevidaTendênciaBreast neoplasmsComorbidityDrug therapySurvivalTendencyNeoplasias da Mama/quimioterapiaNeoplasias da Mama/mortalidadeQuimioterapiaSobrevidaMortalidadeComorbidadePrognósticoCâncer de mama no Rio de Janeiro: padrão de mortalidade e análise da comorbidade como fator associado à sobrevida e à realização completa de quimioterapia adjuvanteBreast cancer in Rio de Janeiro: standard eanálise mortality as comorbidity factor associated with survival and complete àrealização of adjuvant chemotherapyinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisEscola Nacional de Saúde Pública Sergio AroucaRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Saúde Pública e Meio Ambienteinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALve_Daniele_Bittencourt_ENSP_2015.pdfapplication/pdf1800812https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12851/1/ve_Daniele_Bittencourt_ENSP_2015.pdf4490aa91fd34f634dde629bcbebcb456MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12851/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXT4.pdf.txt4.pdf.txtExtracted texttext/plain224464https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12851/3/4.pdf.txtff6b0d886d5053660c790b0e0af88d38MD53ve_Daniele_Bittencourt_ENSP_2015.pdf.txtve_Daniele_Bittencourt_ENSP_2015.pdf.txtExtracted texttext/plain224215https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/12851/4/ve_Daniele_Bittencourt_ENSP_2015.pdf.txte246012dc4a482392e224db7f626fe1dMD54icict/128512023-01-19 14:45:16.83oai:www.arca.fiocruz.br:icict/12851Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-01-19T17:45:16Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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