Meio ambiente e desenvolvimento na gestão em saúde: uma análise na Região Metropolitana da Grande Vitória ES

• Ano de defesa: 2014
• Autor(a) principal: Mathias, Hélia Márcia Silva
• Orientador(a): Artmann, Elizabeth, Freitas, Carlos Machado de
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/40190
• topic: Planejamento; Gestão; Saúde; Meio Ambiente; Desenvolvimento; Planning; Management; Heath; Environment; Development; Planejamento; Gestão em Saúde; Políticas Públicas de Saúde; Meio Ambiente; Ação Intersetorial; Sistema Único de Saúde; Crescimento e Desenvolvimento

Este estudo analisa a incorporação da temática ambiental e do desenvolvimento na gestão e na formulação de políticas públicas de saúde nos quatro maiores municípios da Região Metropolitana da Grande Vitória, Espírito Santo, no período de 2009 a 2012 e na transição para a gestão seguinte, de 2013 a 2016. Trata-se de um estudo de caso desenvolvido em duas dimensões: a primeira teórica, com revisão de literatura, em função da complexidade e variedade de abordagens sobre o mesmo tema. A segunda, com aplicação de algumas ferramentas de construção de cenários, bem como de análise de aspectos da gestão municipal de saúde, em relação à referida incorporação ou tendência de aproximação futura. Apropriando-se e analisando conteúdo extraído de documentos da gestão, discursos de gestores e conselheiros de saúde e debate entre especialistas, este estudo constatou a importância do tema para a gestão em saúde. Detectou entraves, tanto no ambiente interno quanto no externo, para a efetividade da incorporação estudada. Destacam-se entre eles a falta de um planejamento municipal integrado, a dificuldade de priorização das doenças e agravos de grande carga ambiental na agenda do gestor, a falta de uma política de intersetorialidade, a dependência técnica e financeira de outras esferas de poder, limitação da capacitação dos profissionais das áreas de Vigilância e a falta de uma instância metropolitana para planejamento e ações comuns aos municípios estudados, formando um leque de variáveis que compõem o sistema. Analisadas como condicionantes de futuro, estas variáveis, por outro lado, mostraram-se altamente interdependentes e sob alta governabilidade dos principais atores da gestão, apontando para uma potencial incorporação da temática na gestão em saúde, nos municípios estudados. Percebe-se ainda o alto grau de convergência entre os atores, anunciando a possibilidade de consensos, ainda que provisórios e a potencialidade destas variáveis passarem de incertezas a tendências, com uma direção visível e consolidada, participando previsivelmente do cenário futuro.