Uso dos Serviços de Saúde: análise das redes de internações no Estado Rio de Janeiro, no ano de 2018

• Ano de defesa: 2019
• Autor(a) principal: Chagas, Laís Paiva das
• Orientador(a): Melo, Enirtes Caetano Prates
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/49721
• topic: Uso dos Serviços de Saúde; Acesso aos Serviços de Saúde; Hospitalização; Teoria dos Grafos; Use of Health Services; Health Services Accessibility; Hospitalization; Graph Theory; Serviços de Saúde; Acesso Aos Serviços de Saúde; Hospitalização; Iniquidade Social; Estudos Ecológicos; Estudos de Avaliação como Assunto

O uso dos serviços de saúde pode ser explicado pelo lado da oferta e pelo lado da demanda. Além disso, a interação entre os serviços de saúde e os usuários formam redes de deslocamentos que refletem características desses elementos. A análise dessas informações permite o levantamento de problemas ou acertos referentes ao uso, também pode auxiliar a promoção de práticas dirigidas à redução de barreiras de acesso, além de contribuir para a reformulação do desenho de políticas para redução de desigualdades. Por isso, o objetivo desse trabalho é analisar o uso de serviços de saúde no Estado do Rio de Janeiro, por meio do perfil das internações e das redes formadas pelos deslocamentos dos usuários do SUS em busca de atendimento, no ano de 2018. Trata-se de uma análise exploratória, que utiliza dados da Autorização de Internação Hospitalar (AIH). As informações foram analisadas sob a ótica da epidemiologia descritiva e assim foi possível realizar o perfil das internações, dos locais de residência e de internação. As redes formadas pelos fluxos de origem e destino dos usuários do SUS foram analisadas através da Teoria dos Grafos. Além disso, foram realizados cálculos das distâncias percorridas e a duração dos deslocamentos. O estado do Rio de Janeiro detém uma organização socioeconômica espacial muito peculiar no caso brasileiro, marcada por contrastes. Neste sentido o processo de ocupação e a distribuição geográfica da população definem a composição e a configuração da oferta de serviços. A distribuição desigual dos serviços de saúde nas redes, em sua maioria com concentração de estabelecimentos em municípios centrais e estratégicos do Estado, sugere que a oferta dos serviços e suas características mantém influência relevante no uso. Foram encontrados problemas na distribuição dos serviços e das internações que podem ser reflexo da forma de gestão da política pública. Além disso, foram observados perfis de internações e serviços diferentes em algumas redes, como um maior número de hospitais filantrópicos no interior do estado. O uso de serviços estudado nesse trabalho, através da análise do perfil das internações e das redes de deslocamento no Estado do Rio de Janeiro, reflete características dos usuários, das cidades e das políticas de saúde que foram sendo modificadas ao longo do tempo. Esses componentes são determinantes do uso dos serviços de saúde, com isso, a análise de redes torna-se uma ferramenta que proporciona a análise da política pública e também da utilização dos serviço.