Estudo da Estrongiloidíase Intestinal em Hospital Universitário no Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Cabral , Anna Caryna
Orientador(a): Costa, Filipe Anibal Carvalho, Mayo Iñiguez, Alena
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/28086
Resumo: O presente estudo teve como objetivos: i) descrever as características clínicas e epidemiológicas da estrongiloidíase intestinal em uma série de casos, ii) identificar condições clínicas de base e alterações hematológicas associadas, iii) comparar a efetividade de diferentes compostos benzoimidazólicos utilizados para o tratamento, iv) caracterizar a infecção persistente por S. stercoralis em um grupo de pacientes, classificando as larvas obtidas como filarióides e rabditóides, procurando-se caracterizar a autoinfecção externa como perpetuadora da estrongiloidíase, v) analisar sequências nucleotídicas de fragmentos genômicos obtidos por PCR para confirmação e identificação de assinaturas genéticas específicas de cepas brasileiras. Foram realizados: i) estudo de série de casos para descrição clínico-epidemiológica de 267 casos, ii) estudo de caso-controle incluindo 167 casos e 133 controles, iii) comparação das taxas de negativação parasitológica em pacientes tratados com albendazol, mebendazol e tiabendazol, iv) pesquisa para obtenção e classificação de larvas de S. stercoralis em 11 pacientes com infecção persistente com uma média de 10,2 anos de duração, identificando suas características clínicas e v) estudo de taxonomia molecular com PCR e sequenciamento nucleotídico do gene ribossomal 18S de larvas obtidas. Entre os casos de estrongiloidíase, 74,3% eram do sexo masculino, 30,6% adultos jovens, 28,7% agricultores, 28,7% aposentados, 04% tinham doenças reumatológicas, 17,3% AIDS, 3,7% HTLV, 0,3% estavam em terapia imunossupressora As doenças reumáticas estiveram significativamente associadas à estrongiloidíase (OR = 3,65, IC 95% = 1,02 \2013 13.11). As médias de eosinófilos foram 10,32 ± 7,2% no grupo de casos e 4.23 ± 2.92% no grupo de controles. As taxas de cura em pacientes que receberam tiabendazol e mebendazol foram 32/36 e 15/17, significativamente superiores ao albendazol (06/12). Entre 32 pacientes submetidos à reavaliação parasitológica, 11 mantinham infecção. Esquemas ineficazes de tratamento foram observados entre os pacientes com persistência da infecção, ao passo que a utilização da ivermectina e do tiabendazol por 05 dias foram observados nos casos sem infecção persistente. Apenas larvas rabditóides puderam ser recuperadas. As análises moleculares confirmaram que as larvas pertenciam ao gênero Strongyloides, descartando a infecção por S. fuelleborni, espécie capaz de infectar humanos, identificando assinaturas genéticas características de isolados brasileiros. O estudo conclui que i) a estrongiloidíase deve ser rotineiramente investigada em pacientes hospitalizados com condições complexas envolvendo comprometimento imunológico ou terapia imunossupressora, ii) há associação significativa com as doenças reumatológicas, iii) a infecção persistente pode ser frequentemente detectada anos após o diagnóstico inicial, sendo recuperadas apenas larvas rabditóides, de modo que a autoinfecção externa não parece ser o principal mecanismo da persistência parasitária nos casos estudados, iv) o albendazol é uma droga pouco eficaz e v) a detecção molecular de larvas pode ser aperfeiçoada para estudos mais abrangentes em epidemiologia molecular e genética evolutiva de S.
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Tese (Doutorado em Medicina Tropical)-Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2015.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/28086O presente estudo teve como objetivos: i) descrever as características clínicas e epidemiológicas da estrongiloidíase intestinal em uma série de casos, ii) identificar condições clínicas de base e alterações hematológicas associadas, iii) comparar a efetividade de diferentes compostos benzoimidazólicos utilizados para o tratamento, iv) caracterizar a infecção persistente por S. stercoralis em um grupo de pacientes, classificando as larvas obtidas como filarióides e rabditóides, procurando-se caracterizar a autoinfecção externa como perpetuadora da estrongiloidíase, v) analisar sequências nucleotídicas de fragmentos genômicos obtidos por PCR para confirmação e identificação de assinaturas genéticas específicas de cepas brasileiras. Foram realizados: i) estudo de série de casos para descrição clínico-epidemiológica de 267 casos, ii) estudo de caso-controle incluindo 167 casos e 133 controles, iii) comparação das taxas de negativação parasitológica em pacientes tratados com albendazol, mebendazol e tiabendazol, iv) pesquisa para obtenção e classificação de larvas de S. stercoralis em 11 pacientes com infecção persistente com uma média de 10,2 anos de duração, identificando suas características clínicas e v) estudo de taxonomia molecular com PCR e sequenciamento nucleotídico do gene ribossomal 18S de larvas obtidas. Entre os casos de estrongiloidíase, 74,3% eram do sexo masculino, 30,6% adultos jovens, 28,7% agricultores, 28,7% aposentados, 04% tinham doenças reumatológicas, 17,3% AIDS, 3,7% HTLV, 0,3% estavam em terapia imunossupressora As doenças reumáticas estiveram significativamente associadas à estrongiloidíase (OR = 3,65, IC 95% = 1,02 \2013 13.11). As médias de eosinófilos foram 10,32 ± 7,2% no grupo de casos e 4.23 ± 2.92% no grupo de controles. As taxas de cura em pacientes que receberam tiabendazol e mebendazol foram 32/36 e 15/17, significativamente superiores ao albendazol (06/12). Entre 32 pacientes submetidos à reavaliação parasitológica, 11 mantinham infecção. Esquemas ineficazes de tratamento foram observados entre os pacientes com persistência da infecção, ao passo que a utilização da ivermectina e do tiabendazol por 05 dias foram observados nos casos sem infecção persistente. Apenas larvas rabditóides puderam ser recuperadas. As análises moleculares confirmaram que as larvas pertenciam ao gênero Strongyloides, descartando a infecção por S. fuelleborni, espécie capaz de infectar humanos, identificando assinaturas genéticas características de isolados brasileiros. O estudo conclui que i) a estrongiloidíase deve ser rotineiramente investigada em pacientes hospitalizados com condições complexas envolvendo comprometimento imunológico ou terapia imunossupressora, ii) há associação significativa com as doenças reumatológicas, iii) a infecção persistente pode ser frequentemente detectada anos após o diagnóstico inicial, sendo recuperadas apenas larvas rabditóides, de modo que a autoinfecção externa não parece ser o principal mecanismo da persistência parasitária nos casos estudados, iv) o albendazol é uma droga pouco eficaz e v) a detecção molecular de larvas pode ser aperfeiçoada para estudos mais abrangentes em epidemiologia molecular e genética evolutiva de S.The present study had as objectives i) to describe the clinical and epidemiological features of intestinal strongyloidiasis in a case series, ii) to identify underlying diseases and associated hematological abnormalities , iii) to compare the efficacy of different benzimidazole compounds used in treatment, iv) to characterize S.stercoralis persistent infection in a patient group, classifying larvae as filariform or rhabditiform and to characterize external autoinfection as the cause of persistent strongyloidiasis , v) to analyze nucleotide sequences from genomic fragments obtained by PCR for confirmation and identification of specific genetic signatures from Brazilian strains . What was done: i) a case series study of 267 cases where the clinico-epidemiological were described, ii) a case-control study ( 167 cases and 133 controls), iii) a comparison of the proportion of negative stool examinations following treatment with albendazole, mebendazole and thiabendazole , iv) classification of S. stercoralis larvae obtained from 11 patients with persistent infection ( mean duration of 10.2 years) evaluating associated clinical features v) study of the molecular taxonomy with PCR and nucleotide sequencing of the 18 S ribosomal gene of the obtained larvae. Patients presenting with strongyloidiasis were 74.3% male; 30.6% were young adults, 28.7% farmers, 28.7% retired, 4% had rheumatological disease, 17.3% had AIDS, 3.7% HTLV, and 0.3% were on immunosuppressive agents Rheumatological disease was significantly associated with strongyloidiasis (OR = 3.65, CI 95% = 1.02 \2013 13.11). Mean eosinophil percent counts were 10.32 ± 7.2% in cases and 4.23 ± 2.92% in controls. Cure rate for thiabendazole and mebendazole were 32/36 and 15/17, significantly superior to albendazole (6/12). Of the 32 patients submitted to a parasitological reevaluation, 11 were still infected. Ineffective treatment regimens were seen in patients with persistent infection, while patients treated with ivermectin and thiabendazole for 5 days did not have persistent infection. Only rhabditiform larvae were recovered. Molecular analysis confirmed that larvae belonged to the Strongyloides genus, and infection by S. fuelleborni, a species potentially infective to humans, was not seen, and the genetic signature of Brazilian isolates was shown. The study concludes that: i) strongyloidiasis must be routinely investigated in hospitalized patients with complex underlying diseases involving immunossupressive conditions or treatment, ii) there is significant association with rheumatological diseases, iii) persistent infection may be often detected years after the initial diagnosis and only rhabitiform larvae are recovered in this case, so that external autoinfection does not seem to be the main mechanism for persistence in the studied cases, iv) albendazole is little effective and v) the molecular detection of larvae may be improved for more comprehensive molecular epidemiological studies and evolutionary genetics of S.stercoralis.Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil.porEstrongiloidíaseEpidemiologiaImunossupressãoBiologia MolecularReação em Cadeia da PolimeraseEstudo da Estrongiloidíase Intestinal em Hospital Universitário no Rio de Janeiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2015Instituto Oswaldo CruzFundação Oswaldo CruzRio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Medicina Tropicalinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/28086/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51ORIGINALanna_cabral_ioc_dout_2015.pdfapplication/pdf901543https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/28086/2/anna_cabral_ioc_dout_2015.pdf2f42e6819f5504ca5c2006391b64abd7MD52TEXTanna_cabral_ioc_dout_2015.pdf.txtanna_cabral_ioc_dout_2015.pdf.txtExtracted texttext/plain123381https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/28086/3/anna_cabral_ioc_dout_2015.pdf.txt0c8421668ae3e063e1dfecb0383f6e2eMD53icict/280862023-09-04 11:49:25.893oai:www.arca.fiocruz.br:icict/28086Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352023-09-04T14:49:25Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
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