Caracterização molecular e controle de fungos da família botryosphaeriaceae associados à fruteiras tropicais.
Ano de defesa: | 2016 |
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Resumo: | A família Botryosphaeriaceae (Ascomycota, Botryosphaeriales) é composta por complexos de espécies crípticas endofíticas e patogênicas capazes de provocar sintomas de cancros e morte descendente de ramos a diversos hospedeiros, sobretudo plantas lenhosas, dentre as fruteiras tropicais se destacam. Objetivou-se com o presente estudo realizar a caracterização biológica, molecular e o controle de isolados fúngicos família Botryosphaeriaceae associados a fruteiras tropicais no Nordeste brasileiro. Dentre as técnicas utilizadas estão: o sequenciamento gênico combinado das regiões do espaçador interno transcristo (ITS) do DNA ribossômico, fator de elongação 1-alfa (TEF-1?) e ?-tubulina (?t) para a determinação das relações filogenéticas entre os isolados, dados de caracteres morfofisiológicos e patógenico, bem como a avaliação dos métodos de controle químico e genético das espécies identificadas. Diante da caracterização molecular foi possível a identificação de seis espécies do complexo Lasiodiplodia, dentre as quais duas novas espécies, duas espécies de Neofusicoccum, uma de Pseudofusicocuum e uma de Neoscytalidium associadas a diversas fruteiras tropicais. Dentre essas espécies e seus respectivos hospedeiros estão: Lasiodiplodia brasiliense (Manilkara zapota, Mangifera indica e Spondias purpurea), L. caatinguensis sp. nov (Anarcadium occidentale, S. purpurea, S. mombin e Citrus sinensis), L. euphorbicola (Annona muricata e Cocos nucifera), L. theobromae (S. purpurea, Talisia esculenta e A. occidentale), L. pontae sp. nov (S. purpurea e A. occidentale), L pseudotheobromae (S. purpurea, Tamarindus indica e A. occidentale), Neofusicoccum brasiliense (Psidium guajava), Neofusicoccum kwambonambiense (A. occidentale), Neoscytalidium hyalinum (A. occidentale, M. indica) e Pseudofusicoccum stromaticum (A. occidentale). Através da caracterização morfológica dos isolados, percebeu-se grandes semelhanças morfofisiológicas entre os isolados, notando-se variações em taxa de crescimento quando submetidos a diferentes meios de cultura e temperaturas de incubação. Em geral, os isolados apresentaram abundante crescimento micelial, de coloração inicialmente esbranquiçada se tornando escura com a idade. Quanto à patogenicidade, todos os isolados de Botryosphaeriaceae foram patogênicos a frutos de manga, aos diferentes genótipos de cajueiro e as plantas jovens de umbu-cajá. Todas as espécies de Lasiodiplodia foram patogênicas a plantas jovens de gravioleira. No entanto, a agressividade dos isolados variou quanto à espécie e ao hospedeiro, sendo as espécie de Lasiodiplodia as mais agressivas. No que concerne às medidas de controle genético e químico, respectivamente: o genótipo BRS253 foi o mais susceptível as espécies, seguido do CCP76, BRS189 e BRS226 que não diferiram entre si. Os demais genótipos foram moderadamente resistentes, com destaque para BRS274 e Embrapa 51, nos quais as espécies não diferiram em virulência; os fungicidas tebuconazole e carbendazininibiram o crescimento in vitro das espécies, não obstante o carbendazin tenha se mostrado mais eficiente. |
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Caracterização molecular e controle de fungos da família botryosphaeriaceae associados à fruteiras tropicais.AnacardiáceasTaxonomiaFilogeniaLasiodiplodia TheobromaeTaxonomyPhylogenyA família Botryosphaeriaceae (Ascomycota, Botryosphaeriales) é composta por complexos de espécies crípticas endofíticas e patogênicas capazes de provocar sintomas de cancros e morte descendente de ramos a diversos hospedeiros, sobretudo plantas lenhosas, dentre as fruteiras tropicais se destacam. Objetivou-se com o presente estudo realizar a caracterização biológica, molecular e o controle de isolados fúngicos família Botryosphaeriaceae associados a fruteiras tropicais no Nordeste brasileiro. Dentre as técnicas utilizadas estão: o sequenciamento gênico combinado das regiões do espaçador interno transcristo (ITS) do DNA ribossômico, fator de elongação 1-alfa (TEF-1?) e ?-tubulina (?t) para a determinação das relações filogenéticas entre os isolados, dados de caracteres morfofisiológicos e patógenico, bem como a avaliação dos métodos de controle químico e genético das espécies identificadas. Diante da caracterização molecular foi possível a identificação de seis espécies do complexo Lasiodiplodia, dentre as quais duas novas espécies, duas espécies de Neofusicoccum, uma de Pseudofusicocuum e uma de Neoscytalidium associadas a diversas fruteiras tropicais. Dentre essas espécies e seus respectivos hospedeiros estão: Lasiodiplodia brasiliense (Manilkara zapota, Mangifera indica e Spondias purpurea), L. caatinguensis sp. nov (Anarcadium occidentale, S. purpurea, S. mombin e Citrus sinensis), L. euphorbicola (Annona muricata e Cocos nucifera), L. theobromae (S. purpurea, Talisia esculenta e A. occidentale), L. pontae sp. nov (S. purpurea e A. occidentale), L pseudotheobromae (S. purpurea, Tamarindus indica e A. occidentale), Neofusicoccum brasiliense (Psidium guajava), Neofusicoccum kwambonambiense (A. occidentale), Neoscytalidium hyalinum (A. occidentale, M. indica) e Pseudofusicoccum stromaticum (A. occidentale). Através da caracterização morfológica dos isolados, percebeu-se grandes semelhanças morfofisiológicas entre os isolados, notando-se variações em taxa de crescimento quando submetidos a diferentes meios de cultura e temperaturas de incubação. Em geral, os isolados apresentaram abundante crescimento micelial, de coloração inicialmente esbranquiçada se tornando escura com a idade. Quanto à patogenicidade, todos os isolados de Botryosphaeriaceae foram patogênicos a frutos de manga, aos diferentes genótipos de cajueiro e as plantas jovens de umbu-cajá. Todas as espécies de Lasiodiplodia foram patogênicas a plantas jovens de gravioleira. No entanto, a agressividade dos isolados variou quanto à espécie e ao hospedeiro, sendo as espécie de Lasiodiplodia as mais agressivas. No que concerne às medidas de controle genético e químico, respectivamente: o genótipo BRS253 foi o mais susceptível as espécies, seguido do CCP76, BRS189 e BRS226 que não diferiram entre si. Os demais genótipos foram moderadamente resistentes, com destaque para BRS274 e Embrapa 51, nos quais as espécies não diferiram em virulência; os fungicidas tebuconazole e carbendazininibiram o crescimento in vitro das espécies, não obstante o carbendazin tenha se mostrado mais eficiente.Tese (Doutorado em em Agronomia/Fitotecnia) - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza. Orientador: José Emilson Cardoso. Coorientadores: Francisco Oliveira das Chagas Freire, Cristiano Souza LimaINGRID BERNARDO DE LIMA COUTINHO, Universidade Federal do Ceará.COUTINHO, I. B. de L.2018-12-14T23:35:08Z2018-12-14T23:35:08Z2018-12-1320162018-12-19T11:11:11Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis139 p.2016http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1101452porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)instname:Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)instacron:EMBRAPA2018-12-14T23:35:16Zoai:www.alice.cnptia.embrapa.br:doc/1101452Repositório InstitucionalPUBhttps://www.alice.cnptia.embrapa.br/oai/requestopendoar:21542018-12-14T23:35:16falseRepositório InstitucionalPUBhttps://www.alice.cnptia.embrapa.br/oai/requestcg-riaa@embrapa.bropendoar:21542018-12-14T23:35:16Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice) - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)false |
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A família Botryosphaeriaceae (Ascomycota, Botryosphaeriales) é composta por complexos de espécies crípticas endofíticas e patogênicas capazes de provocar sintomas de cancros e morte descendente de ramos a diversos hospedeiros, sobretudo plantas lenhosas, dentre as fruteiras tropicais se destacam. Objetivou-se com o presente estudo realizar a caracterização biológica, molecular e o controle de isolados fúngicos família Botryosphaeriaceae associados a fruteiras tropicais no Nordeste brasileiro. Dentre as técnicas utilizadas estão: o sequenciamento gênico combinado das regiões do espaçador interno transcristo (ITS) do DNA ribossômico, fator de elongação 1-alfa (TEF-1?) e ?-tubulina (?t) para a determinação das relações filogenéticas entre os isolados, dados de caracteres morfofisiológicos e patógenico, bem como a avaliação dos métodos de controle químico e genético das espécies identificadas. Diante da caracterização molecular foi possível a identificação de seis espécies do complexo Lasiodiplodia, dentre as quais duas novas espécies, duas espécies de Neofusicoccum, uma de Pseudofusicocuum e uma de Neoscytalidium associadas a diversas fruteiras tropicais. Dentre essas espécies e seus respectivos hospedeiros estão: Lasiodiplodia brasiliense (Manilkara zapota, Mangifera indica e Spondias purpurea), L. caatinguensis sp. nov (Anarcadium occidentale, S. purpurea, S. mombin e Citrus sinensis), L. euphorbicola (Annona muricata e Cocos nucifera), L. theobromae (S. purpurea, Talisia esculenta e A. occidentale), L. pontae sp. nov (S. purpurea e A. occidentale), L pseudotheobromae (S. purpurea, Tamarindus indica e A. occidentale), Neofusicoccum brasiliense (Psidium guajava), Neofusicoccum kwambonambiense (A. occidentale), Neoscytalidium hyalinum (A. occidentale, M. indica) e Pseudofusicoccum stromaticum (A. occidentale). Através da caracterização morfológica dos isolados, percebeu-se grandes semelhanças morfofisiológicas entre os isolados, notando-se variações em taxa de crescimento quando submetidos a diferentes meios de cultura e temperaturas de incubação. Em geral, os isolados apresentaram abundante crescimento micelial, de coloração inicialmente esbranquiçada se tornando escura com a idade. Quanto à patogenicidade, todos os isolados de Botryosphaeriaceae foram patogênicos a frutos de manga, aos diferentes genótipos de cajueiro e as plantas jovens de umbu-cajá. Todas as espécies de Lasiodiplodia foram patogênicas a plantas jovens de gravioleira. No entanto, a agressividade dos isolados variou quanto à espécie e ao hospedeiro, sendo as espécie de Lasiodiplodia as mais agressivas. No que concerne às medidas de controle genético e químico, respectivamente: o genótipo BRS253 foi o mais susceptível as espécies, seguido do CCP76, BRS189 e BRS226 que não diferiram entre si. Os demais genótipos foram moderadamente resistentes, com destaque para BRS274 e Embrapa 51, nos quais as espécies não diferiram em virulência; os fungicidas tebuconazole e carbendazininibiram o crescimento in vitro das espécies, não obstante o carbendazin tenha se mostrado mais eficiente. |
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