Diversidade de fungos micorrízicos arbusculares no solo de agroecossistemas e mata nativa em ambiente semiárido no Ceará.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: PERLATTI, F.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/861468
Resumo: Os Fungos MicorrÍzicos Arbusculares - FMA são microrganismos chave tanto em agroecossistemas como em ecossistemas naturais. São responsáveis por uma simbiose que ocorre com a maioria das plantas vasculares. Atuam em mutualismo com as plantas, auxiliando-as na absorção de nutrientes pouco móveis no solo, além de aumentar a absorção de água e protegê-Ias contra patógenos, sendo fortemente influenciados por práticas agrícolas e variações ambientais. Neste trabalho avaliaram-se as influências de parâmetros químicos do solo, períodos do ano e quatro diferentes agroecossistemas com fruteiras tropicais (cajueiros - Anacardium occidentale (2 pomares), coqueiros - Cocos nucifera, e gravioleiras - Annona muricata), na diversidade de FMA em comparação com uma área de mata nativa adjacente aos plantios, partindo da hipótese de que estes fatores alteram a composição da comunidade desses fungos. Foram coletadas amostras de solo na profundidade de 0-20 cm, no período chuvoso (abril/2009) e seco (outubroI2009), e utilizados índices ecológicos como forma de avaliar as alterações entre os sistemas e os períodos. No total foram identificados 35 diferentes morfotipos de esporos de FMA. Entre os parâmetros químicos do solo, o pH mostrou-se negativamente correlacionado com a densidade média de esporos, o Mg com a riqueza. de espécies e o Zn com ambos. A densidade média de esporos foi influenciada negativamente pelos agroecossistemas, pois os maiores valores foram encontrados na área de mata em ambos os períodos, e exceto pela cultura do coqueiro, todas as outras tiveram aumento significativo no período seco. A riqueza de espécies de FMA mostrou-se estável, sendo que apenas a gravioleira apresentou diferença em relação aos outros sistemas no período chuvoso. Já no período seco não houve diferença na riqueza entre os sistemas, sendo detectado um aumento na riqueza de espécies, comparado ao período chuvoso. A abundância relativa indicou uma maior dominância nas comunidades no período chuvoso, e a freqüência relativa demonstra a prevalência de espécies do gênero Glomus em todos os sistemas. A maior diversidade de FMA foi constatada no solo cultivado com coqueiro. Houve um aumento generalizado da diversidade no período chuvoso comparada com o período seco. A dominância avaliada pelo índice de Simpsom corrobora os resultados obtidos pela abundância relativa, demonstrando que no período chuvoso a concentração de dominância foi maior em todos os sistemas A análise de similaridade, utilizando o índice de Bray-Curtis, demonstra que o período seco tomou os sistemas mais similares, uma vez que apresentaram maiores valores nesse período. A análise de agrupamento baseada no índice de similaridade demonstra que, apesar das variações de riqueza de abundância, os sistemas foram agrupados igualmente em ambos os períodos. A gravioleira formou um grupo isolado, enquanto a área de mata mostrou-se mais similar a cultura do cajueiro velho. O outro agrupamento foi formado pelo coqueiral e a plantação de cajueiro novo. Os resultados deste estudo permitem concluir: as atividades agrícolas alteraram a composição da comunidade de FMA em relação à mata nativa; o agroecossistema cultivado com coqueiro apresentou a maior biodiversidade de FMA dentre os sistemas avaliados; as espécies do gênero Glomus foram mais abundantes tanto nos agroecossistemas como no ecossistema natural; houve diferença na composição e na diversidade da comunidade de fungos entre o período chuvoso e seco; e a diversidade de esporos de FMA no solo, não se relacionou com a capacidade infectiva nas fruteiras.
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