As faces da (in) fidelidade na literatura oral, o caso da imperatriz Porcina e da bela Infanta
Ano de defesa: | 2015 |
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Resumo: | Durante muito tempo utilizou-se a expressão ―sexo forte‖ para referir-se aos homens, pois eram eles os designados a defender os ideais de uma sociedade, seja servindo na guerra ao lutar por um rei, por uma religião ou um país. Enquanto a mulher, considerada o ―sexo frágil‖, deveria esperá-lo, mantendo-se fiel ao marido ausente, cuidando da casa e dos filhos. A fidelidade tornou-se, desde então, a principal característica de uma mulher honrada. E é nesse contexto de guerra e espera que a presente dissertação tem por finalidade refletir sobre o papel da mulher tradicional nos relatos orais de origem medieval de modo a encontrar uma possível explicação para o costume, tanto do homem e quanto da mulher, de comprovar a fidelidade conjugal de seu parceiro . Para isso, o estudo terá como base o romance de tradição oral A bela Infanta, encontrado em 2011 na região sul do Rio Grande do Sul e o folheto nordestino A incrível história da imperatriz Porcina (2004), do cearense Evaristo Geraldo da Silva. Utilizando-se de teorias desenvolvidas por Paul Zumthor, sobre oralidades, Manuel Diégues Jr. e Julie Cavignac, sobre folhetos nordestinos, e Almeida Garrett e Antonio Lopes, sobre romance de tradição oral. Nesse sentido, o ponto central dessa dissertação é analisar as narrativas orais sobre a fidelidade conjugal feminina enquanto produções pertinentes e, com isso, compreender a permanência e a utilidade dessa temática no imaginário social. |
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Costa, Carolina VelosoDion, Sylvie2016-05-11T18:35:41Z2016-05-11T18:35:41Z2015COSTA, Carolina Veloso. As faces da (in) fidelidade na literatura oral, o caso da imperatriz Porcina e da bela Infanta. 2015. 117 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em História da Literatura) - Instituto de Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande, 2015.http://repositorio.furg.br/handle/1/6118Durante muito tempo utilizou-se a expressão ―sexo forte‖ para referir-se aos homens, pois eram eles os designados a defender os ideais de uma sociedade, seja servindo na guerra ao lutar por um rei, por uma religião ou um país. Enquanto a mulher, considerada o ―sexo frágil‖, deveria esperá-lo, mantendo-se fiel ao marido ausente, cuidando da casa e dos filhos. A fidelidade tornou-se, desde então, a principal característica de uma mulher honrada. E é nesse contexto de guerra e espera que a presente dissertação tem por finalidade refletir sobre o papel da mulher tradicional nos relatos orais de origem medieval de modo a encontrar uma possível explicação para o costume, tanto do homem e quanto da mulher, de comprovar a fidelidade conjugal de seu parceiro . Para isso, o estudo terá como base o romance de tradição oral A bela Infanta, encontrado em 2011 na região sul do Rio Grande do Sul e o folheto nordestino A incrível história da imperatriz Porcina (2004), do cearense Evaristo Geraldo da Silva. Utilizando-se de teorias desenvolvidas por Paul Zumthor, sobre oralidades, Manuel Diégues Jr. e Julie Cavignac, sobre folhetos nordestinos, e Almeida Garrett e Antonio Lopes, sobre romance de tradição oral. Nesse sentido, o ponto central dessa dissertação é analisar as narrativas orais sobre a fidelidade conjugal feminina enquanto produções pertinentes e, com isso, compreender a permanência e a utilidade dessa temática no imaginário social.Durante mucho tiempo se utilizó el término ―sexo fuerte‖ para referirse a los hombres, pues ellos estaban designados a defender los propósitos de una sociedad, ya sea sirviendo en la guerra para luchar por un rey, por una religión o un país. Mientras que la mujer, considerada el ―sexo frágil‖, debía esperarlo, manteniéndose fiel al esposo ausente, al cuidado de la casa y de los hijos. De esa manera, la fidelidad se convirtió en la principal característica de una mujer honrada. Es en este contexto de guerra y espera que la presente disertación tiene por finalidad reflexionar acerca del papel de la mujer tradicional en los relatos orales de origen medieval con el fin de encontrar una posible explicación para la costumbre, tanto del hombre como de la mujer, de comprobar la fidelidad conyugal de su compañero de vida. Para eso, el estudio tendrá como base el romance de tradición oral A bela Infanta, transcrito en 2011 en la región sur del Rio Grande do Sul y el folleto nordestino A incrível história da imperatriz Porcina (2004), del cearense Evaristo Geraldo da Silva. Utilizándose de teorías desarrolladas por Paul Zumthor, a cerca de las oralidades, Manuel Diégues Jr. Y Julie Cavignac, a cerca de los folletos nordestinos, y Almeida Garrett y Antonio Lopes, a cerca del romance de tradición oral. En este sentido, el punto central de esta disertación es analizar las narrativas orales sobre la fidelidad conyugal femenina como producciones pertinentes y, con eso, comprender la permanencia y la utilidad de esa temática en el imaginario social.porAs faces da (in) fidelidade na literatura oral, o caso da imperatriz Porcina e da bela Infantainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FURG (RI FURG)instname:Universidade Federal do Rio Grande (FURG)instacron:FURGORIGINALCarolina Veloso.pdfCarolina Veloso.pdfapplication/pdf801994https://repositorio.furg.br/bitstream/1/6118/1/Carolina%20Veloso.pdf10c833b6db7c7f81df6e5e4e48f776edMD51open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.furg.br/bitstream/1/6118/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52open access1/61182016-05-11 15:36:44.631open accessoai:repositorio.furg.br:1/6118Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.furg.br/oai/request || http://200.19.254.174/oai/requestopendoar:2016-05-11T18:36:44Repositório Institucional da FURG (RI FURG) - Universidade Federal do Rio Grande (FURG)false |
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