O programa de mobilidade internacional “ciência sem fronteiras” na perspectiva das desigualdades de oportunidades educacionais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Gomes, Catarina C.B.T.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Faculdade de Educação
Brasil
Programa de pós-graduação Conhecimento e Inclusão
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://deposita.ibict.br/handle/deposita/490
Resumo: O fenômeno investigado nesta tese inscreve-se no campo da Sociologia da Educação, tendo como objeto central as desigualdades sociais de acesso à mobilidade estudantil internacional ofertada pelo Programa “Ciência sem Fronteiras”, criado em 2011 pelo governo federal. Com base na literatura sociológica sobre as oportunidades de internacionalização dos estudos, estabelece-se como objetivo desta pesquisa conhecer o perfil social e escolar dessa população, como meio de subsidiar o debate atual sobre as desigualdades sociais de acesso à mobilidade internacional. A hipótese principal é a de que os beneficiários referido programa, seriam detentores, em maior ou menor grau, de capitais simbólicos (cultural, escolar, linguístico) e de disposições (habitus migratório) facilitadores do acesso a esse bem educacional. Portanto, a tese defendida é a de que o acesso à formação acadêmica internacional é limitada pelas oportunidades educacionais, visto que os estudantes que alcançam esse bem fazem parte, na maioria das vezes, de uma elite acadêmica que desfruta de certo favorecimento social, o qual repercute-se nas trajetórias escolares que revelam “excelência” nos percursos educacionais. A metodologia utilizada consistiu na comparação entre estudantes do CsF com o seu grupo de origem, isto é, com o corpo discente da UFMG, e com seus pares dos cursos de engenharia (perfil preferencial do programa), os resultados revelariam um conjunto de jovens socialmente favorecidos e escolarmente selecionados, inclinados ao êxito escolar e à travessia de fronteiras acadêmicas. Para tanto, traçou-se – com dados obtidos por meio de questionário – o perfil demográfico, socioeconômico, sociocultural e escolar de 1538 estudantes de graduação da UFMG contemplados pelo Programa CsF no ano de 2013.
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