Dinâmica espacial e sazonal da composição isotópica do CO2 respirado pelos solos de uma floresta primária na Amazônia Central

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Galvão, Manoella Souza
Orientador(a): Higuchi, Niro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Ciências de Florestas Tropicais - CFT
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5124
http://lattes.cnpq.br/7803905914744362
Resumo: Estudos sobre a identidade isotópica do carbono presente nos solos e sua variação espacial e temporal ao longo dos contínuos processos que ocorrem no ecossistema terrestre, contribuem para a compreensão da dinâmica dos solos tropicais. Neste estudo, avaliou-se a variação do ¹³C do CO² respirado por meio dos solos, em amostras de serapilheira (dentro das câmaras) e em amostras de solos em três diferentes tipos de solos (latossolo amarelo, podzólico vermelho-amarelo e arenossolo hidromórfico) sob três diferentes gradientes topográficos (platô, encosta e baixio) em uma área de floresta primária durante a estação seca e chuvosa. Câmaras de ferro (volume = 500 cm³) foram fixadas ao longo de um gradiente topográfico para coletar, por meio de frascos evacuados, o CO2 emitido pela biota dos solos. Amostras de solos foram coletadas em sete diferentes profundidades (0-5 cm, 5-10 cm, 10-20 cm, 20-30 cm, 30-40 cm, 40-50cm e 50-60 cm). Todas as amostras foram realizadas na Estação Experimental de Silvicultura Tropical do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (EESTINPA) durante o período de Julho2003 - Janeiro2005. Por meio de inferências do índice de Greenhouse- Geisser nas fontes de variação, verificou-se que não há diferença no ¹³C do CO2 respirado entre as classes topográficas (p=0,36) e entre os períodos sazonais (p=0,091). Numericamente, o menor valor médio do ¹³C do CO2 respirado ocorreu no baixio (-36,4ooo) durante o mês chuvoso (índice pluviométrico = 625,9mm) e o maior valor ocorreu no platô (-27,1ooo), durante o mês seco (índice pluviométrico = 98,2 mm). Os valores de ¹³C do CO2 proveniente da respiração heterotrófica variou entre -30,57 ooo a -26,80 ooo. Durante a medição realizada no mês seco (junho04), a média da assinatura isotópica do CO2 de origem heterotrófica foi de -28,38ooo para o platô, -29,22ooo para a encosta e -29,20ooo para o baixio. No mês chuvoso as médias foram de -28,64ooo para o platô, -28,33ooo para a encosta e -30,25ooo para o baixio. A assinatura isotópica (¹³C) do componente heterotrófico obtida no ensaio de respirometria mostrou que os valores variam muito pouco entre as diferentes estações do ano. Nos perfis dos solos, verificou-se um enriquecimento gradual no valor do ¹³C de acordo com a profundidade em todas as classes topográficas, podendo estar ligada a processos de fracionamento ao longo do perfil. Apesar de estatisticamente não significativa, observou-se tendência de relação inversa entre os valores de ¹³C do CO2 respirado nos solo e a precipitação (r=-0,39; p=0,52), sendo este último fator promissor quanto ao uso em estudos associados aos processos de geração do CO2 nos solos da região Amazônica. O enriquecimento gradual em ¹³C com a profundidade, consistente com outros estudos na Amazônia, confirma o potencial da técnica para particionar a respiração autotrófica e heterotrófica em solos tropicais, onde a distinção entre estes componentes é dada pela origem do carbono orgânico que está sendo oxidado pelo processo respiratório ou pela decomposição da matéria orgânica.
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