Pequenas variações na fertilidade em solos oligotróficos melhor explicam a estrutura e composição florística em Campinaranas Florestadas na Amazônia Central

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Campos, Peterson
Orientador(a): Vicentini, Alberto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Botânica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12789
Resumo: Na Amazônia Central ocorre um tipo vegetacional com distribuição insular associada a solos arenosos pobres em nutrientes e, frequentemente, sujeitos a inundação periódica: as Campinaranas. As Campinaranas amazônicas apresentam um conjunto de características únicas, como a dominância de poucas espécies, alto grau de endemismo e baixa riqueza de espécies que as diferenciam de outras formações florestais amazônicas. Para inferir os fatores que determinam esta variação fitofisionômica, investigamos a magnitude dos efeitos da fertilidade, toxicidade por alumínio, capacidade de retenção de água e profundidade do lençol freático nas Campinaranas do paleocanal do rio Cuieiras, Manaus. Foram inventariados todos os indivíduos com DAP ≥ 2.5 cm, distribuídos em 31 parcelas de 0.2 ha. Foi estimada a altura de todos os indivíduos e calculadas a área basal e a densidade para todas as parcelas. Foram registrados 6137 indivíduos nas parcelas de Campinarana amostradas. A profundidade do lençol freático variou entre 0 e 153 cm com média de 85.6 cm. A variação florística e estrutural foram fortemente determinadas pela fertilidade e toxicidade de alumínio dos solos arenosos. A densidade de indivíduos também foi relacionada com a capacidade de retenção de água do solo. A altura não foi explicada por nenhum dos fatores estudado. O lençol freático não foi apontado com fator influente para as Campinaranas do paleocanal. A diversidade e a riqueza foram negativamente relacionadas com a fertilidade do solo. As áreas mais férteis tiveram maior densidade e maiores áreas basais. Os resultados sugerem que pequenas variações nas características dos solos fortemente arenosos, particularmente na fertilidade e toxicidade, podem mudar a composição e a estrutura da vegetação de Campinaranas. Portanto, a restrição nutricional condiciona o estabelecimento de fisionomias com menos espécies e diversidade. Palavras chave: Campinarana, riqueza, diversidade, solos oligotrófico, fertilidade, toxicidade, nutrientes.
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