Variação morfológica e comportamento reprodutivo em Pagamea coriacea sensu lato, uma Rubiaceae endêmica de campinarana
Ano de defesa: | 2011 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
|
Programa de Pós-Graduação: |
Ecologia
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11906 http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4486262E2 |
Resumo: | Poucos trabalhos procuram entender as delimitações entre taxa por estudo de variação populacional intra-específica ou entre espécies proximamente relacionadas. O objetivo deste trabalho foi testar se existem entidades discretas no complexo Pagamea coriacea sensu lato, através de evidências morfológicas, ecológicas e comportamentais, em populações de três áreas de campinarana em Presidente Figueiredo-AM. Foram amostrados 147 indivíduos para dados morfológicos, fenológicos e ambientais. A análises de agrupamento para caracteres conjuntos de flores, inflorescências e folhas, acrescido de uma análise de categorização das imagens de tronco, reconhece dois grupos morfológicos (grupos A e B). As flores apresentam morfologia dimórfica, quando pistiladas possuem estames estéreis e quando estaminadas possuem pistilos reduzidos. Todas as plantas pistiladas produziram frutos, enquanto 36% das plantas estaminadas do grupo B e 5% das estaminadas do grupo A frutificaram, sempre em baixa quantidade. Contudo, encontramos um indivíduo do grupo B com flores claramente hermafroditas e homostílicas. Houve sobreposição das fases de floração e frutificação entre os dois grupos, mas o padrão de maturação de flores foi diferente: para o B foi lenta e gradual enquanto o A apresentou picos de explosão de flores. Quanto ao hábitat, o grupo B encontra-se associado a locais com solo raso sobre laje de pedra e o grupo A predomina em solos mais profundos. A existência de dois grupos morfológicos discretos com diferenças ecológicas e comportamental no complexo P. coriacea s.l., em simpatria, indica que correspondem a duas espécies distintas. |
id |
INPA-2_c04c10c435c9b7c98533ce53fb244ba1 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio:1/11906 |
network_acronym_str |
INPA-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional do INPA |
repository_id_str |
|
spelling |
Esteves, Samantha de MirandaVicentini, Alberto2020-02-17T18:03:27Z2020-02-17T18:03:27Z2011-10-07https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11906http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4486262E2Poucos trabalhos procuram entender as delimitações entre taxa por estudo de variação populacional intra-específica ou entre espécies proximamente relacionadas. O objetivo deste trabalho foi testar se existem entidades discretas no complexo Pagamea coriacea sensu lato, através de evidências morfológicas, ecológicas e comportamentais, em populações de três áreas de campinarana em Presidente Figueiredo-AM. Foram amostrados 147 indivíduos para dados morfológicos, fenológicos e ambientais. A análises de agrupamento para caracteres conjuntos de flores, inflorescências e folhas, acrescido de uma análise de categorização das imagens de tronco, reconhece dois grupos morfológicos (grupos A e B). As flores apresentam morfologia dimórfica, quando pistiladas possuem estames estéreis e quando estaminadas possuem pistilos reduzidos. Todas as plantas pistiladas produziram frutos, enquanto 36% das plantas estaminadas do grupo B e 5% das estaminadas do grupo A frutificaram, sempre em baixa quantidade. Contudo, encontramos um indivíduo do grupo B com flores claramente hermafroditas e homostílicas. Houve sobreposição das fases de floração e frutificação entre os dois grupos, mas o padrão de maturação de flores foi diferente: para o B foi lenta e gradual enquanto o A apresentou picos de explosão de flores. Quanto ao hábitat, o grupo B encontra-se associado a locais com solo raso sobre laje de pedra e o grupo A predomina em solos mais profundos. A existência de dois grupos morfológicos discretos com diferenças ecológicas e comportamental no complexo P. coriacea s.l., em simpatria, indica que correspondem a duas espécies distintas.Few studies have investigated the differences between closely related taxa by comparing intraspecific and interspecific variation in the population. The aim of this study was to test if there are two discrete entities within the species-complex Pagamea coriacea using morphological and ecological evidence in a local context in Presidente Figueredo, Central Amazon, Brazil. A total of 147 individuals of P. coriacea s.l. were sampled for morphological, ecological and phonological data in three nearby sites. Morphometric analyses of flowers, inflorescences and leaves separated individuals in two distinct and non-overlapping clusters. Flowers of both were dimorphic: pistillate flowers with long pistil and sterile stamens and staminate flowers with well-developed stamens and reduced pistils. All pistillate plants produced fruits, on the other hand, 36% of the staminate plants for morphotype B and only 5% of morphotype A also produced fruits, although in lower quantities than pistillate plants. However, we found one individual with hermaphrodite homostylous flowers. There was overlap in flowering and fruiting between both, but the pattern of floral maturation differed: in morphotype B flowers matured continuously, while in morphotype A flowers matured more or less at once. In relation to habitat variation, morphotype B appeared associated with shallow soils overlaying a sandstone bedrock, while morphotype A was prevalent in deeper soils. All the morphological and ecological differences found for two groups in P. coriacea complex that coexist in sympatry indicate that they correspond to distinct species.porInstituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPAEcologiaAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessMorfometriaSistema reprodutivoDelimitação de espécieVariação morfológica e comportamento reprodutivo em Pagamea coriacea sensu lato, uma Rubiaceae endêmica de campinaranainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional do INPAinstname:Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)instacron:INPAORIGINALDissertacao_INPAA.pdfDissertacao_INPAA.pdfapplication/pdf2558654https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/11906/1/Dissertacao_INPAA.pdfe5e1b844d8ded442d8831b31b0c8e51fMD511/119062020-03-23 18:17:11.457oai:repositorio:1/11906Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.inpa.gov.br/oai/requestopendoar:2020-03-23T22:17:11Repositório Institucional do INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Variação morfológica e comportamento reprodutivo em Pagamea coriacea sensu lato, uma Rubiaceae endêmica de campinarana |
title |
Variação morfológica e comportamento reprodutivo em Pagamea coriacea sensu lato, uma Rubiaceae endêmica de campinarana |
spellingShingle |
Variação morfológica e comportamento reprodutivo em Pagamea coriacea sensu lato, uma Rubiaceae endêmica de campinarana Esteves, Samantha de Miranda Morfometria Sistema reprodutivo Delimitação de espécie |
title_short |
Variação morfológica e comportamento reprodutivo em Pagamea coriacea sensu lato, uma Rubiaceae endêmica de campinarana |
title_full |
Variação morfológica e comportamento reprodutivo em Pagamea coriacea sensu lato, uma Rubiaceae endêmica de campinarana |
title_fullStr |
Variação morfológica e comportamento reprodutivo em Pagamea coriacea sensu lato, uma Rubiaceae endêmica de campinarana |
title_full_unstemmed |
Variação morfológica e comportamento reprodutivo em Pagamea coriacea sensu lato, uma Rubiaceae endêmica de campinarana |
title_sort |
Variação morfológica e comportamento reprodutivo em Pagamea coriacea sensu lato, uma Rubiaceae endêmica de campinarana |
author |
Esteves, Samantha de Miranda |
author_facet |
Esteves, Samantha de Miranda |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Esteves, Samantha de Miranda |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Vicentini, Alberto |
contributor_str_mv |
Vicentini, Alberto |
dc.subject.pt-BR.fl_str_mv |
Morfometria Sistema reprodutivo Delimitação de espécie |
topic |
Morfometria Sistema reprodutivo Delimitação de espécie |
description |
Poucos trabalhos procuram entender as delimitações entre taxa por estudo de variação populacional intra-específica ou entre espécies proximamente relacionadas. O objetivo deste trabalho foi testar se existem entidades discretas no complexo Pagamea coriacea sensu lato, através de evidências morfológicas, ecológicas e comportamentais, em populações de três áreas de campinarana em Presidente Figueiredo-AM. Foram amostrados 147 indivíduos para dados morfológicos, fenológicos e ambientais. A análises de agrupamento para caracteres conjuntos de flores, inflorescências e folhas, acrescido de uma análise de categorização das imagens de tronco, reconhece dois grupos morfológicos (grupos A e B). As flores apresentam morfologia dimórfica, quando pistiladas possuem estames estéreis e quando estaminadas possuem pistilos reduzidos. Todas as plantas pistiladas produziram frutos, enquanto 36% das plantas estaminadas do grupo B e 5% das estaminadas do grupo A frutificaram, sempre em baixa quantidade. Contudo, encontramos um indivíduo do grupo B com flores claramente hermafroditas e homostílicas. Houve sobreposição das fases de floração e frutificação entre os dois grupos, mas o padrão de maturação de flores foi diferente: para o B foi lenta e gradual enquanto o A apresentou picos de explosão de flores. Quanto ao hábitat, o grupo B encontra-se associado a locais com solo raso sobre laje de pedra e o grupo A predomina em solos mais profundos. A existência de dois grupos morfológicos discretos com diferenças ecológicas e comportamental no complexo P. coriacea s.l., em simpatria, indica que correspondem a duas espécies distintas. |
publishDate |
2011 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2011-10-07 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2020-02-17T18:03:27Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2020-02-17T18:03:27Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11906 |
dc.identifier.author-lattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4486262E2 |
url |
https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11906 http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4486262E2 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Ecologia |
publisher.none.fl_str_mv |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional do INPA instname:Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) instacron:INPA |
instname_str |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) |
instacron_str |
INPA |
institution |
INPA |
reponame_str |
Repositório Institucional do INPA |
collection |
Repositório Institucional do INPA |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/11906/1/Dissertacao_INPAA.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
e5e1b844d8ded442d8831b31b0c8e51f |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional do INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1797064481667284992 |