Reabilitação vocal de laringectomizados por meio da voz esofágica: revisão de literatura

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Lopes, Camila Dias Guedes
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)
• Palavras-chave em Português: Laringe; Reabilitação; Qualidade de vida; Neoplasias de cabeça e pescoço; Voz esofágica; Larynx; Rehabilitation; Quality of life; Head and neck neoplasms; Esophageal voice
• Link de acesso: http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/14619

Introdução: A laringectomia total é uma das opções para o tratamento de câncer avançado de laringe. Trata-se de um procedimento cirúrgico criterioso que impacta em diversas mudanças na vida do paciente, como traqueostoma definitivo, alterações na fonação, olfato, respiração e deglutição. A voz esofágica é uma opção para que o paciente possa voltar a se comunicar, com a proximidade da voz natural, sem aparelhos, manutenção e utilização das mãos e melhor custo-benefício. Objetivo: Realizar revisão integrativa de literatura visando à análise dos resultados da reabilitação vocal de laringectomizados totais por meio da voz esofágica, verificando se efeitos na qualidade de vida. Metodologia: Este estudo trata de uma revisão integrativa de literatura, de caráter analítico-exploratório, em que foram selecionados e analisados artigos científicos originais, publicados na íntegra, entre os anos de 2010 e 2019, que estudaram e avaliaram resultados da reabilitação vocal de laringectomizados totais por meio da voz esofágica. Resultados: Foram selecionados sete artigos que estudaram a voz esofágica como método de reabilitação, a condição desse método e a qualidade de vida dos pacientes que utilizavam. A faixa etária estudada foi de 37 à 83 anos com prevalência no sexo masculino. Os resultados demonstram o trabalho fonoaudiológico e terapia em grupo eficientes para uma reabilitação satisfatória com grande influência na recuperação da qualidade de vida dos pacientes que utilizam a voz esofágica, assim como a necessidade de trabalho no aumento da convicção de capacidade dos laringectomizados para que possam dominar a fala esofágica e resultados no QVV semelhantes entre voz esofágica e traqueoesofágica, ambas com melhor desempenho comparadas a eletrolaringe. Conclusão: Evidenciou-se a eficácia da escolha da VE para a reabilitação vocal de pessoas submetidas a cirurgia de laringectomia total, bem como foi observado impacto positivo na qualidade de vida dos participantes, para a retomada da comunicação e vida social do indivíduo. Evidencia-se a escassez de estudos que verifiquem a eficácia de estratégias de trabalho para o desenvolvimento da VE e que analise e contribua no trabalho fonoaudiólogo realizado.