RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL: INTERVENÇÃO SOCIAL E CONFLITO

• Ano de defesa: 2010
• Autor(a) principal: VIRGINIA ALVES CARRARA
• Orientador(a): ANA MARIA QUIROGA
• Banca de defesa: INEZ TEREZINHA STAMPA, RAFAEL SOARES GONÇALVES, ANA MARIA QUIROGA, JOANA ANGELICA BARBOSA GARCIA
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO
• Programa de Pós-Graduação: PPG EM SERVIÇO SOCIAL
• País: BR
• Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=16545@1; https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=16545@2

O presente trabalho estuda a atuação social dos empresários, comumente denominada de responsabilidade social empresarial - RSE -, a partir do pressuposto de que esta intervenção social, antes de ser uma novidade na atuação dos empresários, conta com uma longa trajetória que remonta aos primórdios do desenvolvimento industrial no país. Nesta trajetória, foram estruturados diferentes modelos de intervenção que aqui são identificados como controle, incorporação e gerenciamento do social. Cada um deles expressa tanto o enfrentamento da relação capital x trabalho como a busca de legitimação do processo de acumulação, ao nível interno de sua força produtiva, como externamente envolvendo em escalas crescentes o conjunto da sociedade. A pesquisa foi estruturada em duas grandes frentes de investigação: uma primeira de perfil documental e bibliográfico buscou reconstituir a trajetória sócio-histórica da atuação social dos empresários. A segunda voltou-se para a compreensão de suas formas de ação frente às novas determinações do capitalismo contemporâneo. Ainda que, analisando processos mais amplos, este estudo focaliza uma empresa hoje multinacional, com marcante atuação no âmbito da RSE, cuja evolução produtiva percorreu os diferentes modelos de intervenção social aqui identificado. Considerando nossa hipótese de que um dos elementos fundamentais da RSE é estruturar, também, uma contraface à emergência de conflitos internos e externos aos interesses do capital, o estudo pautou-se pela identificação da manifestação contraditória entre intervenção e conflito social. Foi utilizado instrumental disponível pelas mídias digitais (internet, sites institucionais e outros endereços eletrônicos) com ênfase no YouTube, considerando-o como um modo de comunicação áudio-visual que dá visibilidade aos interesses e condições de vida de grupos sociais e sistemas ambientais atingidos (e prejudicados) pelo avanço da produção generalizada de mercadorias.