De fazendeiros e agronegocistas: aspectos do desenvolvimento capitalista em Goias
Ano de defesa: | 2006 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais
|
Departamento: |
Ciências Sociais
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://tede2.pucsp.br/handle/handle/3711 |
Resumo: | O propósito desta tese é delinear aspectos do desenvolvimento capitalista em Goiás. Tentei identificar e compreender alguns dos principais arranjos econômicos, políticos e ideológicos, que moldaram a transição ao capitalismo desta região. Fazendeiros e agronegocistas, o tradicional fazendeiro e o moderno participante do agronegócio, duas oligarquias, os Caiados e os Ludovicos, se alternam no centro da cena política e no controle do governo de Goiás, exercendo um papel crucial para a adaptação molecular do bloco no poder regional às diferentes fases do processo de consolidação e desenvolvimento do capitalismo dependente brasileiro. Ao fim e ao cabo, se modernizaram, mas mantiveram dois pilares incólumes: sua condição de proprietários rurais e, mais ainda, de latifundiários. Em Goiás, o latifúndio permanece sinônimo de poder. No primeiro capítulo busco examinar no período da República Velha, que é extremamente rico para a história regional brasileira, as configurações particulares da sociedade goiana, sua classe dominante e suas contradições internas, resolvidas , por um certo período, pela Revolução de 30 . Nos dois capítulos subseqüentes, investigo as ações do novo oligarca ungido pela Revolução de 30, Pedro Ludovico Teixeira, em tempos de Estado Novo e durante o período do Plano de Metas. Foi um tempo de mudanças urbanas profundas, com a permanência da estrutura fundiária no campo. Examino os conflitos sociais ocorridos e como a classe agrária se uniu ao golpe de 64 e derruba o último representante da oligarquia, o próprio filho de Pedro Ludovico. No quarto capítulo examino como o processo de modernização conservadora, aprofundado pelo regime militar, afetou as relações sociais de produção em Goiás. O latifúndio permaneceu e houve forte crescimento da urbanização. No quinto, procuro examinar como a redemocratização trouxe novos atores decisivos para o cenário político e, paradoxalmente, a reafirmação política da estrutura anterior, que se expressava na bipolarização entre representantes do Caiadismo e do Ludoviquismo. Os impactos da política neoliberal, a especialização da agricultura moldam a classe dominante. Atualmente, é agronegocista. O latifúndio continua |
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Almeida, Lúcio Flávio Rodrigues dePereira, Sebastião Lazaro2016-04-26T14:55:48Z2007-08-302006-05-19Pereira, Sebastião Lazaro. De fazendeiros e agronegocistas: aspectos do desenvolvimento capitalista em Goias. 2006. 251 f. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2006.https://tede2.pucsp.br/handle/handle/3711O propósito desta tese é delinear aspectos do desenvolvimento capitalista em Goiás. Tentei identificar e compreender alguns dos principais arranjos econômicos, políticos e ideológicos, que moldaram a transição ao capitalismo desta região. Fazendeiros e agronegocistas, o tradicional fazendeiro e o moderno participante do agronegócio, duas oligarquias, os Caiados e os Ludovicos, se alternam no centro da cena política e no controle do governo de Goiás, exercendo um papel crucial para a adaptação molecular do bloco no poder regional às diferentes fases do processo de consolidação e desenvolvimento do capitalismo dependente brasileiro. Ao fim e ao cabo, se modernizaram, mas mantiveram dois pilares incólumes: sua condição de proprietários rurais e, mais ainda, de latifundiários. Em Goiás, o latifúndio permanece sinônimo de poder. No primeiro capítulo busco examinar no período da República Velha, que é extremamente rico para a história regional brasileira, as configurações particulares da sociedade goiana, sua classe dominante e suas contradições internas, resolvidas , por um certo período, pela Revolução de 30 . Nos dois capítulos subseqüentes, investigo as ações do novo oligarca ungido pela Revolução de 30, Pedro Ludovico Teixeira, em tempos de Estado Novo e durante o período do Plano de Metas. Foi um tempo de mudanças urbanas profundas, com a permanência da estrutura fundiária no campo. Examino os conflitos sociais ocorridos e como a classe agrária se uniu ao golpe de 64 e derruba o último representante da oligarquia, o próprio filho de Pedro Ludovico. No quarto capítulo examino como o processo de modernização conservadora, aprofundado pelo regime militar, afetou as relações sociais de produção em Goiás. O latifúndio permaneceu e houve forte crescimento da urbanização. No quinto, procuro examinar como a redemocratização trouxe novos atores decisivos para o cenário político e, paradoxalmente, a reafirmação política da estrutura anterior, que se expressava na bipolarização entre representantes do Caiadismo e do Ludoviquismo. Os impactos da política neoliberal, a especialização da agricultura moldam a classe dominante. Atualmente, é agronegocista. O latifúndio continuaapplication/pdfhttp://tede2.pucsp.br/tede/retrieve/12389/tese%20sebastiao.pdf.jpgporPontifícia Universidade Católica de São PauloPrograma de Estudos Pós-Graduados em Ciências SociaisPUC-SPBRCiências SociaisFazendeiros agronegocistasDesenvolvimento capitalista em GoiásLatifundio -- Goias, GOAgroindustria -- Goias, GOGoias, GO -- Condicoes economicasGoias, GO -- Politica e governoCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADASDe fazendeiros e agronegocistas: aspectos do desenvolvimento capitalista em Goiasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SPinstname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)instacron:PUC_SPORIGINALtese sebastiao.pdfapplication/pdf2186905https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/3711/1/tese%20sebastiao.pdfee50b06bce55fd8f2f1f921e0cbed217MD51TEXTtese sebastiao.pdf.txttese sebastiao.pdf.txtExtracted Texttext/plain430878https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/3711/2/tese%20sebastiao.pdf.txt5f26f40d77722bc5796d0b2915930aaaMD52THUMBNAILtese sebastiao.pdf.jpgtese sebastiao.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2622https://repositorio.pucsp.br/xmlui/bitstream/handle/3711/3/tese%20sebastiao.pdf.jpg66a827c3468b29ee8bbee6f392d0e743MD53handle/37112022-04-28 18:40:44.039oai:repositorio.pucsp.br:handle/3711Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://sapientia.pucsp.br/https://sapientia.pucsp.br/oai/requestbngkatende@pucsp.br||rapassi@pucsp.bropendoar:2022-04-28T21:40:44Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)false |
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