Motivações e experiências de uso da profilaxia pré-exposição ao HIV em mulheres profissionais do sexo
Ano de defesa: | 2022 |
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Tipo de documento: | Dissertação |
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Instituição de defesa: |
Universidade Católica de Santos
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Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Centro de Ciências Sociais Aplicadas e Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
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Resumo: | Introdução: A epidemia de HIV/Aids no Brasil está concentrada em alguns segmentos populacionais associados à maioria de casos novos de infecção, a exemplo das profissionais do sexo. Diante dessa realidade, o MS incluiu esse segmento na oferta da PrEP, classificando-o como população-chave, devido à sua alta vulnerabilidade. A profilaxia pré-exposição (PrEP) é amplamente estudada, comprovadamente eficaz e, desde 2017, integra a Prevenção Combinada no Brasil. O presente estudo justifica-se devido ao pouco conhecimento dessa profilaxia, apontando a necessidade de pesquisas sobre a importância e eficácia dessa medicação, para alcançar ampla cobertura e, consequentemente, melhorar as políticas de prevenção para essa população. Objetivo: Compreender a experiência de uso da profilaxia pré-exposição ao HIV entre mulheres profissionais do sexo. Procedimentos metodológicos: Os dados foram coletados entre agosto de 2018 e abril de 2019, na cidade de São Paulo, como parte de uma investigação qualitativa inserida no contexto do Estudo Combina!, ensaio pragmático realizado em serviços de saúde especializados em HIV/Aids localizados em São Paulo, Fortaleza, Ribeirão Preto, Porto Alegre e Curitiba. Trata-se de um estudo qualitativo de abordagem etnográfica, sendo utilizado para análise dos dados empíricos o instrumental de entrevistas semiestruturadas, com mulheres profissionais do sexo que faziam ou fizeram uso da profilaxia pré-exposição. O processo analítico envolveu imersão no material empírico, codificação e por último categorização: (1) Motivações identificadas em relação ao início e continuidade da PrEP; (2) Estigmas associados à prostituição e à aids que se articulam nas experiências de uso da PrEP. Resultados: Foram entrevistadas 18 mulheres cis, profissionais do sexo, com idade entre 21 e 44 anos. No que se refere à raça/cor, a maior parte das mulheres se reconheceu como brancas, correspondendo a 12 entrevistadas, 3 (três) se autodeclararam pretas/negras e 3 (três) como pardas. Em relação à PrEP, o reconhecimento da exposição e da vulnerabilidade ao HIV continua sendo uma experiência inevitável, compartilhada pelas profissionais do sexo. Foram várias as motivações que fizeram com que fossem em busca da profilaxia. Situações como multiplicidade de parceiros, alta frequência do ato sexual, rompimento de preservativos e transas com pessoas desconhecidas, foram motivos que fizeram com que aderissem à PrEP. As mulheres também expressaram algumas situações desfavoráveis que dificultaram manter a adesão, ou a assiduidade do tratamento, como o uso de álcool ou drogas e os efeitos colaterais em algumas delas, normalmente no início da adesão. O uso da PrEP levou as participantes ao medo de serem discriminadas como PVHA e terem sua vida profissional divulgada. Esconder o uso da PrEP foi uma estratégia para protegerem-se de comportamentos estigmatizantes. Conclusão: As experiências de uso da PrEP entre as mulheres profissionais do sexo neste estudo possibilitou entender as dificuldades e as motivações de adesão à profilaxia, confirmando a importância de investimentos em divulgação sobre a disponibilidade da PrEP no SUS, para que a população em geral e a população vulnerável tenha conhecimento dessa importante profilaxia, e, consequentemente, mitigar o estigma relacionado à prostituição e à aids, a fim de promover e proteger os direitos humanos das mulheres. |
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A profilaxia pré-exposição (PrEP) é amplamente estudada, comprovadamente eficaz e, desde 2017, integra a Prevenção Combinada no Brasil. O presente estudo justifica-se devido ao pouco conhecimento dessa profilaxia, apontando a necessidade de pesquisas sobre a importância e eficácia dessa medicação, para alcançar ampla cobertura e, consequentemente, melhorar as políticas de prevenção para essa população. Objetivo: Compreender a experiência de uso da profilaxia pré-exposição ao HIV entre mulheres profissionais do sexo. Procedimentos metodológicos: Os dados foram coletados entre agosto de 2018 e abril de 2019, na cidade de São Paulo, como parte de uma investigação qualitativa inserida no contexto do Estudo Combina!, ensaio pragmático realizado em serviços de saúde especializados em HIV/Aids localizados em São Paulo, Fortaleza, Ribeirão Preto, Porto Alegre e Curitiba. Trata-se de um estudo qualitativo de abordagem etnográfica, sendo utilizado para análise dos dados empíricos o instrumental de entrevistas semiestruturadas, com mulheres profissionais do sexo que faziam ou fizeram uso da profilaxia pré-exposição. O processo analítico envolveu imersão no material empírico, codificação e por último categorização: (1) Motivações identificadas em relação ao início e continuidade da PrEP; (2) Estigmas associados à prostituição e à aids que se articulam nas experiências de uso da PrEP. Resultados: Foram entrevistadas 18 mulheres cis, profissionais do sexo, com idade entre 21 e 44 anos. No que se refere à raça/cor, a maior parte das mulheres se reconheceu como brancas, correspondendo a 12 entrevistadas, 3 (três) se autodeclararam pretas/negras e 3 (três) como pardas. Em relação à PrEP, o reconhecimento da exposição e da vulnerabilidade ao HIV continua sendo uma experiência inevitável, compartilhada pelas profissionais do sexo. Foram várias as motivações que fizeram com que fossem em busca da profilaxia. Situações como multiplicidade de parceiros, alta frequência do ato sexual, rompimento de preservativos e transas com pessoas desconhecidas, foram motivos que fizeram com que aderissem à PrEP. As mulheres também expressaram algumas situações desfavoráveis que dificultaram manter a adesão, ou a assiduidade do tratamento, como o uso de álcool ou drogas e os efeitos colaterais em algumas delas, normalmente no início da adesão. O uso da PrEP levou as participantes ao medo de serem discriminadas como PVHA e terem sua vida profissional divulgada. Esconder o uso da PrEP foi uma estratégia para protegerem-se de comportamentos estigmatizantes. Conclusão: As experiências de uso da PrEP entre as mulheres profissionais do sexo neste estudo possibilitou entender as dificuldades e as motivações de adesão à profilaxia, confirmando a importância de investimentos em divulgação sobre a disponibilidade da PrEP no SUS, para que a população em geral e a população vulnerável tenha conhecimento dessa importante profilaxia, e, consequentemente, mitigar o estigma relacionado à prostituição e à aids, a fim de promover e proteger os direitos humanos das mulheres.Introduction: The HIV/AIDS epidemic in Brazil is concentrated in some population segments associated with the majority of new cases of infection, the sex professionals, for example. Facing this reality, the MS included this segment in the PrEP offer, classifying it as key population, due to its high vulnerability. Pre-exposure prophylaxis (PrEP) is widely studied, proven effective and, since 2017, integrates Combined Prevention in Brazil. The present study is justified due to the little knowledge of this prophylaxis, pointing out the need for researches on the importance and efficacy of this medication, to achieve broad coverage and, consequently, improve prevention policies for this population. Objective: Understand the experience of using pre-exposure prophylaxis to HIV among female sex professionals. Methodological Procedures: The data were collected between August 2018 and April 2019, in the city of São Paulo, as part of a qualitative investigation inserted in the context of the Combina! Study pragmatic assay carried out in health services specialized in HIV/AIDS located in São Paulo, Fortaleza, Ribeirão Preto, Porto Alegre and Curitiba. This is a qualitative study of ethnographic approach, being used for the analysis of empirical data, the instrumental of semi-structured interviews, with women sex professionals who were using or had used pre-exposure prophylaxis. The analytical process involved immersion in the empirical material, coding, and finally categorization: (1) Motivations identified in relation to the beginning and continuity of PrEP; (2) Stigmas associated with prostitution and AIDS that are articulated in PrEP use experiences. Results: Eighteen cis women, sex professionals, aged between 21 and 44, were interviewed. With regard to race/color, most of the women recognized themselves as white, corresponding to 12 interviewees, 3 (three) declared themselves black and 3 (three) as brown. In relation to PrEP, recognition of exposure and vulnerability to HIV remains an inevitable experience shared by sex professionals. There were several motivations that made them go in search of prophylaxis. Situations such as multiple partners, high frequency of sexual intercourse, and sex, most often with strangers, were reasons that made them adhere to PrEP. The women also expressed some unfavorable situations that made it difficult to maintain adherence or assiduity to treatment, such as the use of alcohol or drugs and the side effects in some of them, at the beginning of adherence. Using PrEP led participants the fear of being discriminated against as PLHIV and having their professional lives disclosed. Hiding PrEP use was a strategy to protect themselves from stigmatizing behavior. Conclusion: The experiences of PrEP use among female sex workers in this study made it possible to understand the difficulties, and the motivations of adherence to prophylaxis, confirming the importance of investments in dissemination about the availability of PrEP in SUS, so that the general population and the vulnerable population are aware of this important prophylaxis, and thereby mitigate the stigma related to prostitution and AIDS in order to promote and protect women's human rights.porUniversidade Católica de SantosMestrado em Saúde ColetivaCatólica de SantosBrasilCentro de Ciências Sociais Aplicadas e SaúdeNUNES, Rosane Leite. Motivações e experiências de uso da profilaxia pré-exposição ao HIV em mulheres profissionais do sexo. 2022. 68f. Dissertação (mestrado) - Universidade Católica de Santos, Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Saúde Coletiva, 2022CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVAprofissionais do sexo; PrEP; mulheres cis; prevenção ao HIVsSex workers; PrEP; cis women; HIV preventionMotivações e experiências de uso da profilaxia pré-exposição ao HIV em mulheres profissionais do sexoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNISANTOSinstname:Universidade Católica de Santos (UNISANTOS)instacron:UNISANTOSORIGINALRosane Leite Nunes.pdfRosane Leite Nunes.pdfDissertação_Mestrado em Saúde Coletivaapplication/pdf603157https://tede.unisantos.br/bitstream/tede/7921/1/Rosane%20Leite%20Nunes.pdf87224b299dfc09181e169f1cd6f4977aMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://tede.unisantos.br/bitstream/tede/7921/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTRosane Leite Nunes.pdf.txtRosane Leite Nunes.pdf.txtExtracted texttext/plain119654https://tede.unisantos.br/bitstream/tede/7921/3/Rosane%20Leite%20Nunes.pdf.txtd418cee89774aec11cd88ea82f2ad94eMD53THUMBNAILRosane Leite Nunes.pdf.jpgRosane Leite Nunes.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1152https://tede.unisantos.br/bitstream/tede/7921/4/Rosane%20Leite%20Nunes.pdf.jpgd151acedb3bfe1b2dd2851c0b4caa7a6MD54tede/79212023-10-02 12:28:36.091oai:tede.unisantos.br:tede/7921Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://biblioteca.unisantos.br:8181/http://biblioteca.unisantos.br:8181/oai/requestmrita.biblio@unisantos.br||mrita.biblio@unisantos.bropendoar:47132023-10-02T15:28:36Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNISANTOS - Universidade Católica de Santos (UNISANTOS)false |
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