Qualidade de vida em gestantes adolescente.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Santos, Marina dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Catolica de Pelotas
saúde
BR
Ucpel
Mestrado em Saúde e Comportamento
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/tede/324
Resumo: A presente dissertação expõe um estudo epidemiológico sobre a qualidade de vida em gestantes adolescentes, tendo como objetivo avaliar a associação entre fatores sociodemográficos, obstétricos e psiquiátricos e os escores de qualidade de vida em gestantes adolescentes. Trata-se de um estudo transversal de base populacional em gestantes entre 10 a 19 anos de idade, que consultaram os serviços de pré-natal do Sistema Único de Saúde (SUS) de Pelotas-RS, realizado no período entre outubro de 2009 e março de 2011. A seleção amostral foi realizada tanto nos registros do programa do SIS Pré-natal na secretaria municipal de saúde, quanto nas demais Unidades Básicas de Saúde e ambulatórios especializados. Estas responderam a um questionário com dados sociodemográficos e obstétricos, bem como entrevista estruturada Mini Internacional Neuropsychiatric Interview 5.0 (MINI) e o questionário de qualidade de vida World Health Organization Quality of Life Instrument (WHOQOL-BREF). Ao analisar os escores de qualidade de vida avaliados segundo os domínios da OMS, houve diferença significativa em todos os domínios apenas para escolaridade, primiparidade, intenção de abortar e presença de transtornos psiquiátricos. Quando verificado a idade das gestantes, houve diferença significativa apenas no domínio psicológico (p<0,02). As gestantes com relacionamentos estáveis tiveram melhores escores médios que as sem relacionamento nos domínios psicológico e relações sociais (p<0,01). Quanto à escolaridade os melhores escores foram observados entres as gestantes de maior escolaridade (p<0,01). Já quanto à ocupação não houve diferença significativa em nenhum dos domínios. Em relação ao nível socioeconômico, tanto as adolescentes das classes A e B quanto as da classe C tiveram melhores escores do que as de classe D e E nos domínios físico (p<0,01) e meio ambiente (p<0,01). As adolescentes primíparas obtiveram escores médios significativamente menores em todos os domínios quando comparadas as adolescentes com gestações anteriores. Já, as gestantes que planejaram a gestação apresentaram escores médios melhores apenas no domínio relações sociais (p=0,04), além disso, tiveram escores médios melhores as gestantes que não tiveram a intenção de abortar, em todos os domínios. Quando avaliado a presença de transtornos psiquiátricos, os escores médios da qualidade de vida foram significativamente menores em todos os domínios nas gestantes com diagnostico de comorbidade psiquiátrica (p<0,01) ao comparar com as gestantes com diagnostico de apenas um transtorno psiquiátrico e sem diagnóstico. Os dados analisados indicam que a presença de comorbidade psiquiátrica influencia na percepção da qualidade de vida, uma vez que os escores de todos os domínios do WHOQOL-BREF se apresentaram inferiores nas gestantes que apresentaram este diagnóstico, sugerindo menor qualidade de vida nas gestantes adolescentes com presença de comorbidade psiquiátrica
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Estas responderam a um questionário com dados sociodemográficos e obstétricos, bem como entrevista estruturada Mini Internacional Neuropsychiatric Interview 5.0 (MINI) e o questionário de qualidade de vida World Health Organization Quality of Life Instrument (WHOQOL-BREF). Ao analisar os escores de qualidade de vida avaliados segundo os domínios da OMS, houve diferença significativa em todos os domínios apenas para escolaridade, primiparidade, intenção de abortar e presença de transtornos psiquiátricos. Quando verificado a idade das gestantes, houve diferença significativa apenas no domínio psicológico (p<0,02). As gestantes com relacionamentos estáveis tiveram melhores escores médios que as sem relacionamento nos domínios psicológico e relações sociais (p<0,01). Quanto à escolaridade os melhores escores foram observados entres as gestantes de maior escolaridade (p<0,01). Já quanto à ocupação não houve diferença significativa em nenhum dos domínios. Em relação ao nível socioeconômico, tanto as adolescentes das classes A e B quanto as da classe C tiveram melhores escores do que as de classe D e E nos domínios físico (p<0,01) e meio ambiente (p<0,01). As adolescentes primíparas obtiveram escores médios significativamente menores em todos os domínios quando comparadas as adolescentes com gestações anteriores. Já, as gestantes que planejaram a gestação apresentaram escores médios melhores apenas no domínio relações sociais (p=0,04), além disso, tiveram escores médios melhores as gestantes que não tiveram a intenção de abortar, em todos os domínios. Quando avaliado a presença de transtornos psiquiátricos, os escores médios da qualidade de vida foram significativamente menores em todos os domínios nas gestantes com diagnostico de comorbidade psiquiátrica (p<0,01) ao comparar com as gestantes com diagnostico de apenas um transtorno psiquiátrico e sem diagnóstico. Os dados analisados indicam que a presença de comorbidade psiquiátrica influencia na percepção da qualidade de vida, uma vez que os escores de todos os domínios do WHOQOL-BREF se apresentaram inferiores nas gestantes que apresentaram este diagnóstico, sugerindo menor qualidade de vida nas gestantes adolescentes com presença de comorbidade psiquiátricaThis dissertation presents an epidemiological study on quality of life among of pregnant teenagers. The objective was to evaluate the association among sociodemographic, obstetric and psychiatric factors and the scores of life quality in pregnant adolescents. A cross-sectional study with a sample of pregnant teenagers between 10-19 years was enrolled in the National Public Health System, in the urban area of Pelotas, southern Brazil. The study was conducted between October 2009 and March 2011. The sample selection was performed on both the SIS program records - Prenatal Care in the municipal health department, and in other Basic Health Units and specialized clinics. They answered a questionnaire about sociodemographic and obstetric data, and a structured interviewtrhough the Mini International Neuropsychiatric Interview 5.0 (MINI) and the quality of life World Health Organization Quality of Life Instrument (WHOQOL -BREF). Sociodemographic, obstetric and psychiatric variables have been assessed according to the WHO questionnaire, through the Kruskal-Wallis and the Mann-Whitney s test. When analyzing the scores of life quality using all WHO domains, there were significant differences only for education, primiparity, intention to abort and presence of psychiatric disorders. When analyzing the age, here was significant difference only in psychological domains (p<0.02). Pregnant teenagers in stable relationships had better average scores than those without any relationship in the psychological and social domains (p<0.01). Regarding education, the best scores were observed among pregnant teenagers with greater educational level (p<0.01). About the occupation there was no significant difference in any of the domains. Considering the socioeconomic level, teenagers in classes A and B and C had better scores than those in class D and E on environment (p<0.01) and physical (p<0.01) domains. Primiparous adolescents had significantly lower average scores in all domains when compared to adolescents with previous pregnancies. The pregnant teenagers who planned their pregnancy had average scores only in social relationships domain (p=0.04), moreover, had better mean scores pregnant women who had no intention to abort, in all domains (p<0.01). When the presence of psychiatric disorders was evaluated, the scores of life quality were significantly lower in all domains in pregnant teenagers diagnosed with psychiatric comorbidity (p<0.01), when compared with teenagers without any psychiatric comorbidity and those with only one psychiatric disorder. The data analyzed indicate that the presence of psychiatric comorbidity influences the perception of life quality, since the scores of all domains of WHOQOL - BREF were lower in pregnant teenagers with this feature, suggesting lower life quality in pregnant adolescents presenting psychiatric comorbiditiesUniversidade Catolica de PelotassaúdeBRUcpelMestrado em Saúde e ComportamentoCunha, Fábio Monteiro daCPF:362589777777http://lattes.cnpq.br/1722134991615584Santos, Marina dos2016-03-22T17:27:14Z2015-03-052014-06-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfSANTOS, Marina dos. Qualidade de vida em gestantes adolescente.. 2014. 75 f. Dissertação (Mestrado em saúde) - Universidade Catolica de Pelotas, Pelotas, 2014.http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/tede/324porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do UCpelinstname:Universidade Católica de Pelotas (UCPEL)instacron:UCPEL2020-09-29T21:40:08Zoai:tede.ucpel.edu.br:tede/324Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www2.ufpel.edu.br/tede/http://tede.ucpel.edu.br:8080/oai/requestbiblioteca@ucpel.edu.br||cristiane.chim@ucpel.tche.bropendoar:2020-09-29T21:40:08Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do UCpel - Universidade Católica de Pelotas (UCPEL)false
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