Surtos pandêmicos na interface entre direito, saúde e meio ambiente: políticas públicas e o princípio da precaução
Ano de defesa: | 2022 |
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Link de acesso: | https://repositorio.ucs.br/11338/10213 |
Resumo: | Estudos apontam que a ligação entre o problema ecológico e as pandemias zoonóticas é tão verossímil, e potencialmente importante, como passível de controvérsias. Tal premissa desencadeou a realização deste trabalho de dissertação; considerando a presença de lacunas no conhecimento científico a respeito da relação entre a degradação ambiental e a proliferação de patologias emergentes, insurge a necessidade de aplicação do princípio da precaução como princípio balizador tanto do Direito Ambiental como do Direito Sanitário. A preocupação que orienta a presente pesquisa volta-se particularmente para a formulação e implementação de políticas públicas em matéria de saúde pública e meio ambiente, com enfoque no tema das zoonoses. O objetivo geral do trabalho, neste sentido, é identificar quais seriam os requisitos essenciais que, associados ao princípio de precaução, devem ser observados pelo poder público na formulação de políticas públicas ambientais voltadas à prevenção e ao controle de eventos pandêmicos. Para tanto, instituiu-se os seguintes objetivos específicos: averiguar a relação contemporânea estabelecida entre o ser humano e a natureza e investigar o estado do conhecimento científico a respeito da tríade formada entre a proteção ambiental, o surgimento de zoonoses e a saúde pública que culminam na disseminação de doenças infecciosas; apurar de que maneira a epistemologia ambiental pode embasar a formação de uma ética ambiental aplicável à gestão de surtos pandêmicos; identificar os pressupostos essenciais calcados no princípio da precaução a serem observados pelo poder público na formulação de políticas públicas ambientais destinadas a evitar eventos pandêmicos; analisar a formulação de políticas públicas destinadas ao combate e controle de eventos pandêmicos com base nos requisitos precaucionais. Para se atingir o resultado científico almejado, utilizou-se o método hipotético-dedutivo pautado pela coleta de dados bibliográficos, cujo material selecionado inclui documentos e legislações oriundos de sítios governamentais, produções acadêmicas e científicas, livros físicos e digitais. Tendo a epistemologia ambiental como referencial teórico, restou evidenciada a importância do princípio de precaução enquanto referencial orientador para a formulação e a avaliação de políticas públicas ambientais voltadas ao enfrentamento de problemas sanitários, restando confirmada a hipótese de pesquisa, segundo a qual a questão ecológica e a saúde são intrinsecamente interligadas, razão pela qual as políticas públicas ambientais devem seguir critérios calcados no princípio da precaução, de maneira que a ocorrência de surtos pandêmicos seja evitada ou mitigada. Concluiu-se que a conexão entre a nefasta atuação humana, meio ambiente e proliferação de doenças infecciosas não é causa a ser renegada pelos órgãos de gestão, muito pelo contrário, requer uma atuação ainda mais enfática para que se evite desastres similares ao da COVID-19, ou de maior magnitude. Superar as fragilidades dos sistemas de saúde e fortalecer a real e contínua preservação e proteção do meio ambiente devem ser metas fundamentais a serem adotadas para garantir a sobrevivência da espécie humana, as quais só poderão ser alcançadas mediante políticas públicas que prezam pela valorização da ciência e o reconhecimento da vida como um bem universal, entendendo que sua proteção não representa custos, e sim um bem para todas as sociedades. [resumo fornecido pelo autor] |
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Tier, Cristiane PrettoCamardelo, Ana Maria PaimCalgaro, CleideCunha, Belinda Pereira daSilveira, Clóvis Eduardo Malinverni2022-06-10T14:58:55Z2022-06-10T14:58:55Z2022-06-102022-04-06https://repositorio.ucs.br/11338/10213Estudos apontam que a ligação entre o problema ecológico e as pandemias zoonóticas é tão verossímil, e potencialmente importante, como passível de controvérsias. Tal premissa desencadeou a realização deste trabalho de dissertação; considerando a presença de lacunas no conhecimento científico a respeito da relação entre a degradação ambiental e a proliferação de patologias emergentes, insurge a necessidade de aplicação do princípio da precaução como princípio balizador tanto do Direito Ambiental como do Direito Sanitário. A preocupação que orienta a presente pesquisa volta-se particularmente para a formulação e implementação de políticas públicas em matéria de saúde pública e meio ambiente, com enfoque no tema das zoonoses. O objetivo geral do trabalho, neste sentido, é identificar quais seriam os requisitos essenciais que, associados ao princípio de precaução, devem ser observados pelo poder público na formulação de políticas públicas ambientais voltadas à prevenção e ao controle de eventos pandêmicos. Para tanto, instituiu-se os seguintes objetivos específicos: averiguar a relação contemporânea estabelecida entre o ser humano e a natureza e investigar o estado do conhecimento científico a respeito da tríade formada entre a proteção ambiental, o surgimento de zoonoses e a saúde pública que culminam na disseminação de doenças infecciosas; apurar de que maneira a epistemologia ambiental pode embasar a formação de uma ética ambiental aplicável à gestão de surtos pandêmicos; identificar os pressupostos essenciais calcados no princípio da precaução a serem observados pelo poder público na formulação de políticas públicas ambientais destinadas a evitar eventos pandêmicos; analisar a formulação de políticas públicas destinadas ao combate e controle de eventos pandêmicos com base nos requisitos precaucionais. Para se atingir o resultado científico almejado, utilizou-se o método hipotético-dedutivo pautado pela coleta de dados bibliográficos, cujo material selecionado inclui documentos e legislações oriundos de sítios governamentais, produções acadêmicas e científicas, livros físicos e digitais. Tendo a epistemologia ambiental como referencial teórico, restou evidenciada a importância do princípio de precaução enquanto referencial orientador para a formulação e a avaliação de políticas públicas ambientais voltadas ao enfrentamento de problemas sanitários, restando confirmada a hipótese de pesquisa, segundo a qual a questão ecológica e a saúde são intrinsecamente interligadas, razão pela qual as políticas públicas ambientais devem seguir critérios calcados no princípio da precaução, de maneira que a ocorrência de surtos pandêmicos seja evitada ou mitigada. Concluiu-se que a conexão entre a nefasta atuação humana, meio ambiente e proliferação de doenças infecciosas não é causa a ser renegada pelos órgãos de gestão, muito pelo contrário, requer uma atuação ainda mais enfática para que se evite desastres similares ao da COVID-19, ou de maior magnitude. Superar as fragilidades dos sistemas de saúde e fortalecer a real e contínua preservação e proteção do meio ambiente devem ser metas fundamentais a serem adotadas para garantir a sobrevivência da espécie humana, as quais só poderão ser alcançadas mediante políticas públicas que prezam pela valorização da ciência e o reconhecimento da vida como um bem universal, entendendo que sua proteção não representa custos, e sim um bem para todas as sociedades. [resumo fornecido pelo autor]Los estudios señalan que el vínculo entre el problema ecológico y las pandemias zoonóticas es tan creíble, y potencialmente importante, como sujeto de controversia. Esta premisa desencadenó la realización de este trabajo de disertación; considerando la presencia de vacíos en el conocimiento científico sobre la relación entre la degradación ambiental y la proliferación de patologías emergentes, surge la necesidad de aplicar el principio de precaución como principio rector tanto del Derecho Ambiental como del Derecho de La Salud. La preocupación que orienta esta investigación se centra particularmente en la formulación e implementación de políticas públicas en materia de salud pública y medio ambiente, con foco en el tema de las zoonosis. El objetivo general del trabajo, en este sentido, es identificar cuáles serían los requisitos esenciales que, asociados al principio de precaución, deben ser observados por el poder público en la formulación de políticas públicas ambientales encaminadas a la prevención y control de la pandemia. eventos. Por ello, se establecieron los siguientes objetivos específicos: investigar la relación contemporánea que se establece entre el ser humano y la naturaleza e investigar el estado del conocimiento científico sobre la tríada formada entre la protección ambiental, la aparición de zoonosis y la salud pública que culmina en la propagación de enfermedades infecciosas; averiguar cómo la epistemología ambiental puede apoyar la formación de una ética ambiental aplicable al manejo de brotes pandémicos; identificar los supuestos esenciales basados en el principio de precaución que debe observar el gobierno en la formulación de políticas públicas ambientales tendientes a evitar eventos pandémicos; analizar la formulación de políticas públicas dirigidas al combate y control de eventos pandémicos con base en requisitos precautorios. Para lograr el resultado científico deseado se utilizó el método hipotético-deductivo, guiado por la recolección de datos bibliográficos, cuyo material seleccionado incluye documentos y legislación de sitios gubernamentales, producciones académicas y científicas, libros físicos y digitales. Teniendo como marco teórico la epistemología ambiental, se evidenció la importancia del principio de precaución como marco orientador para la formulación y evaluación de políticas públicas ambientales dirigidas a abordar los problemas de salud, confirmando la hipótesis de investigación, según la cual lo ecológico y la salud están intrínsecamente interconectados. Por lo tanto, las políticas públicas ambientales deben seguir criterios basados en el principio de precaución, de manera que se evite o mitigue la ocurrencia de desastres pandémicos. Se concluyó que la conexión entre la acción humana nociva, el medio ambiente y la proliferación de enfermedades infecciosas no es una causa a ser negada por los órganos de gestión, por el contrario, requiere una acción aún más enfática para evitar desastres similares al de COVID-19, o mayor magnitud. Superar las debilidades de los sistemas de salud y fortalecer la real y continua preservación y protección del medio ambiente deben ser objetivos fundamentales a adoptar para garantizar la supervivencia de la especie humana, lo que sólo puede lograrse a través de políticas públicas que valoren la ciencia y el reconocimiento de la vida como un bien universal, entendiendo que su protección no representa costos, sino un bien para todas las sociedades. [resumo fornecido pelo autor]spaporDireito ambientalMeio ambientePolítica públicaSaúde públicaDireito à saúdePrecaução (Direito)ZoonosesPandemiasEnvironmental lawEnvironmentPublic policyPublic healthRight to health carePrecautionary principleZoonosesPandemicsSurtos pandêmicos na interface entre direito, saúde e meio ambiente: políticas públicas e o princípio da precauçãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UCSinstname:Universidade de Caxias do Sul (UCS)instacron:UCSinfo:eu-repo/semantics/openAccessUniversidade de Caxias do Sulhttp://lattes.cnpq.br/2518004462185174Tier, C. 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