Controle biológico de Cosmopolites sordidus (Germar) (Coleoptera: Dryophthoridae) com Beauveria bassiana (Bals) Vuill. e flutuação populacional em Ibiporã, Paraná, Brasil

• Ano de defesa: 2010
• Autor(a) principal: Ernesto Antonio Lema López
• Orientador(a): Pedro Manuel Oliveira Janeiro Neves .
• Banca de defesa: Mauricio Ursi Ventura, Daniel Sosa-Gómez
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual de Londrina. Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Agronomia.
• País: BR
• Link de acesso: http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000155708

O objetivo deste trabalho foi avaliar a virulência de distintos isolados de Beauveria bassiana (Bals.) Vuill. em bioensaios de laboratório sobre adultos de Cosmopolites sordidus (Germar), sua transmissão entre insetos em condições de campo e o monitoramento populacional da praga na localidade de Ibiporã, Paraná. Vinte e nove isolados de B. bassiana foram inoculados em adultos de C. sordidus mediante imersão dos insetos por 90 seg. numa suspensão de 1 x 109 conídios/ml, sendo estimada a mortalidade confirmada pelo fungo e o Tempo Médio de Morte (TM). Com o isolado mais virulento foi verificado o seu potencial de transmissão mediante marcação e liberação no campo de insetos inoculados em laboratório e insetos sadios. A avaliação dos insetos foi efetuada semanalmente durante vinte oito dias com armadilhas tipo telha instaladas na base de cada planta de banana. Quatro modelos de armadilhas de liberação de B. bassiana com pseudocaule e/ou feromônio foram avaliadas quanto à sua atratividade noturna e tempo de permanência dos insetos. No mesmo bananal efetuou-se o monitoramento populacional de adultos de C. sordidus com armadilhas de feromônio mais pseudocaule, registrando-se o número de insetos vivos, razão sexual e infecção natural pelo fungo B. bassiana, os quais foram correlacionados com fatores climáticos da área de estudo em Ibiporã, Paraná. O isolado CG1024 apresentou a maior virulência com 96,7% de mortalidade e TM de 5,7 dias. No ensaio de transmissão observou-se uma porcentagem de infecção por B. bassiana de 3,7 e 4,7% dos insetos sadios liberados e insetos não marcados que foram coletados, respectivamente. A maior quantidade de insetos foi coletada entre as 22:00 e 02:00 hrs., enquanto a maior permanência foi constatada para o modelo telha com valor médio de 23,7 hrs. No monitoramento populacional coletou-se uma média de 32,3 insetos/armadilha com diminuição de 81% entre o inicio e final da coleta. O valor médio de infecção natural de C. sordidus por B. bassiana foi 1,73%. Do total de insetos capturados 70,5% dos insetos foram fêmeas, valor que diminuiu no período. Correlação significativa e positiva foi observada entre a precipitação e infecção natural por B. bassiana (r=0,82) e entre o número de insetos/armadilha e a proporção de fêmeas (r=0,65). Correlação significativa e negativa foi observada entre a precipitação e o número de insetos/armadilha (r=-0,61), e entre este último e a infecção natural pelo fungo (r=-0,61).