Potencial de cinco plantas cultivadas para manutenção de inimigos naturais em agrossistemas
Ano de defesa: | 2016 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Londrina. Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Agronomia.
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
BR
|
Link de acesso: | http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000209283 |
Resumo: | O cenário atual da agricultura em áreas extensas de monocultivo tem dificultado o manejo de pragas, em razão do desequilíbrio causado no ecossistema pela substituição da vegetação natural. A diversificação dos agrossistemas fornece serviços ecológicos que garantem proteção às plantas, tanto de forma direta, formando barreiras contra o ataque de pragas, quanto indireta através de benefícios aos inimigos naturais. O objetivo do trabalho foi avaliar a ocorrência de predadores e parasitoides em diferentes espécies vegetais possíveis de serem cultivadas para a diversificação de agrossistemas. O estudo foi conduzido durante duas safras de verão, na fazenda escola da Universidade Estadual de Londrina, Londrina-Paraná, avaliando-se cinco espécies vegetais: feijão caupi (Vigna unguiculata), girassol (Helianthus annuus), mamona (Ricinus communis), trigo mourisco (Fagopyrum esculentum) e crotalária (Crotalaria spectabilis). Os inimigos naturais foram amostrados por meio de varredura com rede entomológica, armadilha Moericke e observações diretas. Em laboratório, os inimigos naturais foram identificados e contabilizados. A abundância de cada família de inimigo natural foi comparada entre as diferentes plantas através de análise de variância, com médias separadas através do teste Tukey (α = 5%) (ou Friedman, quando não era atendido os pressupostos da análise paramétrica). Os parâmetros de riqueza de famílias de inimigos naturais, diversidade de Shannon-Wiener (H) e equitabilidade foram calculados para cada espécie de planta. Foram coletados na primeira safra 15967 inimigos naturais nos três métodos de amostragem. Dolichopodidae (71,1%), Vespidae (7,4%), Forficulidae (6,4%), Araneae (5,2%), Anthocoridae (2,6%), Coccinellidae (2,2%) e Syrphidae (1,7%) foram os predadores mais abundantes. Os parasitoides mais abundantes foram Encyrtidae (34,5%), Aphelinidae (9,8%), Trichogrammatidae (9,7%), Figitidae (8,7%), Eulophidae (8,0%) e Scelionidae (6,1%). Na segunda safra, foram coletados 31440 inimigos naturais. Dolichopodidae (85,8%), Araneae (4,1%), Vespidae (2,2%) e Anthocoridae (2,0%) foram os predadores mais abundantes. Encyrtidae (43,1%), Figitidae (13,0%), Scelionidae (6,3%), Eulophidae (5,5%), Mymaridae (5,5%), Ichneumonidae (5,2%), e Trichogrammatidae (4,5%) foram os parasitoides mais abundantes. De modo geral, feijão caupi e trigo mourisco foram as plantas mais atrativas aos inimigos naturais. Mamona foi a planta que apresentou maior diversidade de inimigos naturais nos dois períodos de avaliação. Feijão caupi, trigo mourisco e mamona, foram as plantas que se destacaram pela presença de insetos benéficos, sendo consideradas boas candidatas para diversificação de agrossistemas. |
id |
UEL_28d82f7f2d96d1b9d51ff0e742f683e8 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:uel.br:vtls000209283 |
network_acronym_str |
UEL |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL |
repository_id_str |
|
spelling |
info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisPotencial de cinco plantas cultivadas para manutenção de inimigos naturais em agrossistemasPotential of five crops to improvement of pest's natural enemies in agrosystems2016-02-29Ayres de Oliveira Menezes Júnior . Aparecida Donisete de Faria Orcial Ceolin BortolottoKatyuscia Cristine Kubaski SilvaUniversidade Estadual de Londrina. Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Agronomia.URLBRO cenário atual da agricultura em áreas extensas de monocultivo tem dificultado o manejo de pragas, em razão do desequilíbrio causado no ecossistema pela substituição da vegetação natural. A diversificação dos agrossistemas fornece serviços ecológicos que garantem proteção às plantas, tanto de forma direta, formando barreiras contra o ataque de pragas, quanto indireta através de benefícios aos inimigos naturais. O objetivo do trabalho foi avaliar a ocorrência de predadores e parasitoides em diferentes espécies vegetais possíveis de serem cultivadas para a diversificação de agrossistemas. O estudo foi conduzido durante duas safras de verão, na fazenda escola da Universidade Estadual de Londrina, Londrina-Paraná, avaliando-se cinco espécies vegetais: feijão caupi (Vigna unguiculata), girassol (Helianthus annuus), mamona (Ricinus communis), trigo mourisco (Fagopyrum esculentum) e crotalária (Crotalaria spectabilis). Os inimigos naturais foram amostrados por meio de varredura com rede entomológica, armadilha Moericke e observações diretas. Em laboratório, os inimigos naturais foram identificados e contabilizados. A abundância de cada família de inimigo natural foi comparada entre as diferentes plantas através de análise de variância, com médias separadas através do teste Tukey (α = 5%) (ou Friedman, quando não era atendido os pressupostos da análise paramétrica). Os parâmetros de riqueza de famílias de inimigos naturais, diversidade de Shannon-Wiener (H) e equitabilidade foram calculados para cada espécie de planta. Foram coletados na primeira safra 15967 inimigos naturais nos três métodos de amostragem. Dolichopodidae (71,1%), Vespidae (7,4%), Forficulidae (6,4%), Araneae (5,2%), Anthocoridae (2,6%), Coccinellidae (2,2%) e Syrphidae (1,7%) foram os predadores mais abundantes. Os parasitoides mais abundantes foram Encyrtidae (34,5%), Aphelinidae (9,8%), Trichogrammatidae (9,7%), Figitidae (8,7%), Eulophidae (8,0%) e Scelionidae (6,1%). Na segunda safra, foram coletados 31440 inimigos naturais. Dolichopodidae (85,8%), Araneae (4,1%), Vespidae (2,2%) e Anthocoridae (2,0%) foram os predadores mais abundantes. Encyrtidae (43,1%), Figitidae (13,0%), Scelionidae (6,3%), Eulophidae (5,5%), Mymaridae (5,5%), Ichneumonidae (5,2%), e Trichogrammatidae (4,5%) foram os parasitoides mais abundantes. De modo geral, feijão caupi e trigo mourisco foram as plantas mais atrativas aos inimigos naturais. Mamona foi a planta que apresentou maior diversidade de inimigos naturais nos dois períodos de avaliação. Feijão caupi, trigo mourisco e mamona, foram as plantas que se destacaram pela presença de insetos benéficos, sendo consideradas boas candidatas para diversificação de agrossistemas.The current situation of agriculture in large areas of monoculture has bring difficulties to pest management, due to the imbalance caused in the ecosystem by replacing the natural vegetation. The diversification of agricultural systems provides ecological services that ensure protection of plants, both directly, forming barriers against pest attack, and indirectly through benefits to natural enemies. The objective of this study was to evaluate the occurrence of predators and parasitoids in potencial crops to improve the diversification of agricultural systems. The study was conducted during two summer season at the farm of the Universidade Estadual de Londrina, Londrina, Paraná. Five crops were evaluated: cowpea (Vigna unguiculata), sunflower (Helianthus annuus), castor bean (Ricinus communis), buckwheat (Fagopyrum esculentum) and sunn hemp (Crotalaria spectabilis). Natural enemies were sampled by sweeping with insect net, Moericke trap and direct observations. In the laboratory, the natural enemies have been identified and accounted for. The abundance of each natural enemy at family level was compared between the different plants using analysis of variance, followed by Tukey test (α = 5%) (or Friedman when it was not granted the assumptions of parametric analysis). The number of families of natural enemies, diversity of Shannon-Wiener (H ') and evenness were calculated for each plant species. In the first season 15967 natural enemies were collected with the three sampling methods. Dolichopodidae (71.1%), Vespidae (7.4%), Forficulidae (6.4%), Araneae (5.2%), Anthocoridae (2.6%), Coccinellidae (2.2%) and Syrphidae (1.7%) were the most abundant predators. The more abundant parasitoids were Encyrtidae (34.5%), Aphelinidae (9.8%), Trichogrammatidae (9.7%), Figitidae (8.7%), Eulophidae (8.0%) and Scelionidae (6.1 %). During the second season 31440 natural enemies were collected. Dolichopodidae (85.8%), Araneae (4.1%), Vespidae (2.2%) and Anthocoridae (2.0%) were the most abundant predators. Encyrtidae (43.1%), Figitidae (13.0%), Scelionidae (6.3%), Eulophidae (5.5%), Mymaridae (5.5%), Ichneumonidae (5.2%) and Trichogrammatidae (4.5%) were the most abundant parasitoids. In general, cowpea and buckwheat were the most attractive plants to natural enemies. Castor bean was the plant that showed greater diversity of natural enemies in both evaluation seasons. Cowpea, buckwheat and wheat castor bean, were the plants that stood out by presence of beneficial insects, and considered good candidates for diversification of agricultural systems.http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000209283porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-10-26T10:08:48Zoai:uel.br:vtls000209283Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2017-01-31T14:13:28Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false |
dc.title.pt.fl_str_mv |
Potencial de cinco plantas cultivadas para manutenção de inimigos naturais em agrossistemas |
dc.title.alternative.en.fl_str_mv |
Potential of five crops to improvement of pest's natural enemies in agrosystems |
title |
Potencial de cinco plantas cultivadas para manutenção de inimigos naturais em agrossistemas |
spellingShingle |
Potencial de cinco plantas cultivadas para manutenção de inimigos naturais em agrossistemas Katyuscia Cristine Kubaski Silva |
title_short |
Potencial de cinco plantas cultivadas para manutenção de inimigos naturais em agrossistemas |
title_full |
Potencial de cinco plantas cultivadas para manutenção de inimigos naturais em agrossistemas |
title_fullStr |
Potencial de cinco plantas cultivadas para manutenção de inimigos naturais em agrossistemas |
title_full_unstemmed |
Potencial de cinco plantas cultivadas para manutenção de inimigos naturais em agrossistemas |
title_sort |
Potencial de cinco plantas cultivadas para manutenção de inimigos naturais em agrossistemas |
author |
Katyuscia Cristine Kubaski Silva |
author_facet |
Katyuscia Cristine Kubaski Silva |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Ayres de Oliveira Menezes Júnior . |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Aparecida Donisete de Faria |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Orcial Ceolin Bortolotto |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Katyuscia Cristine Kubaski Silva |
contributor_str_mv |
Ayres de Oliveira Menezes Júnior . Aparecida Donisete de Faria Orcial Ceolin Bortolotto |
description |
O cenário atual da agricultura em áreas extensas de monocultivo tem dificultado o manejo de pragas, em razão do desequilíbrio causado no ecossistema pela substituição da vegetação natural. A diversificação dos agrossistemas fornece serviços ecológicos que garantem proteção às plantas, tanto de forma direta, formando barreiras contra o ataque de pragas, quanto indireta através de benefícios aos inimigos naturais. O objetivo do trabalho foi avaliar a ocorrência de predadores e parasitoides em diferentes espécies vegetais possíveis de serem cultivadas para a diversificação de agrossistemas. O estudo foi conduzido durante duas safras de verão, na fazenda escola da Universidade Estadual de Londrina, Londrina-Paraná, avaliando-se cinco espécies vegetais: feijão caupi (Vigna unguiculata), girassol (Helianthus annuus), mamona (Ricinus communis), trigo mourisco (Fagopyrum esculentum) e crotalária (Crotalaria spectabilis). Os inimigos naturais foram amostrados por meio de varredura com rede entomológica, armadilha Moericke e observações diretas. Em laboratório, os inimigos naturais foram identificados e contabilizados. A abundância de cada família de inimigo natural foi comparada entre as diferentes plantas através de análise de variância, com médias separadas através do teste Tukey (α = 5%) (ou Friedman, quando não era atendido os pressupostos da análise paramétrica). Os parâmetros de riqueza de famílias de inimigos naturais, diversidade de Shannon-Wiener (H) e equitabilidade foram calculados para cada espécie de planta. Foram coletados na primeira safra 15967 inimigos naturais nos três métodos de amostragem. Dolichopodidae (71,1%), Vespidae (7,4%), Forficulidae (6,4%), Araneae (5,2%), Anthocoridae (2,6%), Coccinellidae (2,2%) e Syrphidae (1,7%) foram os predadores mais abundantes. Os parasitoides mais abundantes foram Encyrtidae (34,5%), Aphelinidae (9,8%), Trichogrammatidae (9,7%), Figitidae (8,7%), Eulophidae (8,0%) e Scelionidae (6,1%). Na segunda safra, foram coletados 31440 inimigos naturais. Dolichopodidae (85,8%), Araneae (4,1%), Vespidae (2,2%) e Anthocoridae (2,0%) foram os predadores mais abundantes. Encyrtidae (43,1%), Figitidae (13,0%), Scelionidae (6,3%), Eulophidae (5,5%), Mymaridae (5,5%), Ichneumonidae (5,2%), e Trichogrammatidae (4,5%) foram os parasitoides mais abundantes. De modo geral, feijão caupi e trigo mourisco foram as plantas mais atrativas aos inimigos naturais. Mamona foi a planta que apresentou maior diversidade de inimigos naturais nos dois períodos de avaliação. Feijão caupi, trigo mourisco e mamona, foram as plantas que se destacaram pela presença de insetos benéficos, sendo consideradas boas candidatas para diversificação de agrossistemas. |
publishDate |
2016 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2016-02-29 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000209283 |
url |
http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000209283 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Estadual de Londrina. Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Agronomia. |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
URL |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
BR |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Estadual de Londrina. Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Agronomia. |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL instname:Universidade Estadual de Londrina (UEL) instacron:UEL |
instname_str |
Universidade Estadual de Londrina (UEL) |
instacron_str |
UEL |
institution |
UEL |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL) |
repository.mail.fl_str_mv |
bcuel@uel.br|| |
_version_ |
1757174576448536576 |