A influência dos marcadores de gênero (sexo), de cor/raça e de classe/trabalho no acesso ao Ensino Médio nos anos de 2009 a 2018
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
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Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Londrina. Centro de Letras e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Sociologia.
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Link de acesso: | http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000235155 |
Resumo: | Esta dissertação estuda os dados de acesso dos jovens de 15 a 17 anos ao Ensino Médio, no período de 2009 a 2018. O marco legal é a Emenda Constitucional (EC) n° 59/2009 que torna obrigatória a oferta do Ensino Médio para os jovens de 15 a 17 anos de idade, como última etapa da Educação Básica. A referida EC estabeleceu o desafio da universalização do acesso a essa etapa da educação, um passo importante para a concretização da escolarização no Brasil, sobretudo para uma parcela da população que não completava todo o processo de formação. Admite-se que as estruturas sociais brasileiras fizeram com que alguns grupos vivessem historicamente em condições desiguais e tais grupos podem ser categorizados segundo os marcadores de gênero (sexo), cor/raça e classe/trabalho. Destarte, o nosso problema de pesquisa é o seguinte: como se relacionam esses marcadores sociais com os processos de acesso e permanência escolar no Ensino Médio brasileiro? Para responder a essa questão, fizemos uma análise quantitativa de dados do INEP/MEC referentes aos números de matrículas nesse recorte temporal, tendo como foco os números de matrículas no estado do Paraná, entre os anos de 2009 e 2017. Partimos da hipótese que as desigualdades entre esses grupos regrediriam com o maior acesso à escola, a partir da implementação de programas sociais e educacionais e com a aprovação da EC nº 59/2009. No decorrer da pesquisa, observamos uma queda drástica dos percentuais de matrículas na passagem do Ensino Fundamental para o Ensino Médio, o que demonstra que a última etapa da Educação Básica continua sendo de difícil acesso e permanência para alguns grupos e estratos sociais da sociedade brasileira. Os negros são a maioria dos estudantes matriculados no Ensino Médio (a partir da junção das categorias negro e pardo), no entanto, também são os que menos concluem essa etapa. Notamos o mesmo na observação dos marcadores de gênero (sexo) e cor, isto é, as mulheres negras são as que menos concluem o Ensino Médio se comparadas com as mulheres não negras. |
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A referida EC estabeleceu o desafio da universalização do acesso a essa etapa da educação, um passo importante para a concretização da escolarização no Brasil, sobretudo para uma parcela da população que não completava todo o processo de formação. Admite-se que as estruturas sociais brasileiras fizeram com que alguns grupos vivessem historicamente em condições desiguais e tais grupos podem ser categorizados segundo os marcadores de gênero (sexo), cor/raça e classe/trabalho. Destarte, o nosso problema de pesquisa é o seguinte: como se relacionam esses marcadores sociais com os processos de acesso e permanência escolar no Ensino Médio brasileiro? Para responder a essa questão, fizemos uma análise quantitativa de dados do INEP/MEC referentes aos números de matrículas nesse recorte temporal, tendo como foco os números de matrículas no estado do Paraná, entre os anos de 2009 e 2017. Partimos da hipótese que as desigualdades entre esses grupos regrediriam com o maior acesso à escola, a partir da implementação de programas sociais e educacionais e com a aprovação da EC nº 59/2009. No decorrer da pesquisa, observamos uma queda drástica dos percentuais de matrículas na passagem do Ensino Fundamental para o Ensino Médio, o que demonstra que a última etapa da Educação Básica continua sendo de difícil acesso e permanência para alguns grupos e estratos sociais da sociedade brasileira. Os negros são a maioria dos estudantes matriculados no Ensino Médio (a partir da junção das categorias negro e pardo), no entanto, também são os que menos concluem essa etapa. Notamos o mesmo na observação dos marcadores de gênero (sexo) e cor, isto é, as mulheres negras são as que menos concluem o Ensino Médio se comparadas com as mulheres não negras.In Brazil, some of the still persistent educational problems are access to and permanence in basic education. Based on this fact, we defined public secondary education as the object of research and the number of enrollments in this phase in the years 2009 to 2018. In 2009, from EC nº 59/2009, an important challenge arises in the face of the issue: universalization and mandatory access for young people aged 15 to 17 in high school until 2016, and in this research we analyzed the data based on this challenge. Likewise, considering that Brazilian social structures have historically caused some groups to live in unequal and disadvantaged conditions, we defined specific social markers for this analysis, namely: gender, color/race and class/work. From this, it is discussed: How these social markers relate to the school dropout processes in Brazilian High School? In order to respond, we performed a quantitative analysis of INEP data referring to the number of enrollments in the last decade. We also focused on the number of enrollments in the state of Paraná between 2009 and 2017. Currently, with the implementation of social and educational public programs and policies, especially in the most popular governments, it is believed that the inequalities between these groups have been minimized and that too was reflected in the school. During the research, we observed a drastic drop in enrollment percentages in the transition from Elementary School to High School, which demonstrates that the last stage of Basic Education is more influenced by factors that interfere with the student's permanence. Another important fact is that the majority of students enrolled in high school are black (from the combination of the black and brown categories), however, they are also the ones who least complete this stage. The same occurs when we look at the markers of gender and color, in which black women are the ones who least complete high school, when compared to non-black women, and that black men constitute the group that gives up the most. The results show that, despite educational changes, the implementation of educational public policies and other strategies aimed at reducing social and educational inequalities, historically disadvantaged populations, marked by racism, sexism and economic injustices continue to be the most affected by inequalities and also because of the difficulties. in access to and permanence in secondary education, which collaborates with other problems, for example, the reproduction of social inequalities.http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000235155porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-10-26T10:08:48Zoai:uel.br:vtls000235155Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2021-12-13T14:04:53Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false |
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