"Oh! Eu sou químico!" : um olhar latouriano de performance em um laboratório de química do ensino médio
Ano de defesa: | 2014 |
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Orientador(a): | |
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Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Londrina. Centro de Ciências Exatas. Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática.
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Link de acesso: | http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000191455 |
Resumo: | Este trabalho de pesquisa foi realizado no Colégio Estadual Itacelina Bittencourt EFM, na cidade de Cianorte, noroeste do Paraná. Buscamos, pelas lentes dos Estudos Culturais da Ciência, em uma perspectiva latouriana, realizar um estudo etnográfico acerca do fluxo das diferenças no laboratório de Ciências desse colégio. Nosso interesse central é acompanhar e descrever como, no caso específico de uma atividade prática de Química para alunos do 3º ano do Ensino Médio, os actantes estabelecem conexões evocando constantemente o par humano e não humano. O laboratório escolar e seus instrumentos, durante a realização da atividade prática, são instituídos como um lócus, ou seja, um espaço de significação, saindo de um arsenal de recursos teóricos e materiais para uma visão panorâmica, rumo à concretização do efeito pedagógico pretendido pela professora de Química. Os não humanos ensinam tanto como o humano na captura e sedimentação de informações, atuam no processo de (re) produção do laboratório como local não apenas do saber químico, mas também na inclusão de comportamentos e valores próprios da suposta comunidade científica. Portanto, as atitudes dos alunos em relação à prática demonstraram uma performance, quando, por exemplo, um desses, ao entrar no laboratório, afirma: sou químico, professora. Uma das possibilidades de leitura dessa prática oportuniza observar o princípio da simetria na performance desse par. Naquele contexto, no laboratório, observamos um processo de mobilização de elementos humanos e não humanos, os quais, na relação, foram alistados em nome da retórica da ciência e que, ao mesmo tempo, tornam o laboratório um local, um espaço de translação, em que emerge um tipo específico de performance: a de químico. |
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info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis"Oh! Eu sou químico!" : um olhar latouriano de performance em um laboratório de química do ensino médio2014-04-28Moisés Alves de Oliveira . Marcelo Pimentel da Silveira Rosana Figueiredo SalviMarlon Hernandes CantarinUniversidade Estadual de Londrina. Centro de Ciências Exatas. Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática.URLBREste trabalho de pesquisa foi realizado no Colégio Estadual Itacelina Bittencourt EFM, na cidade de Cianorte, noroeste do Paraná. Buscamos, pelas lentes dos Estudos Culturais da Ciência, em uma perspectiva latouriana, realizar um estudo etnográfico acerca do fluxo das diferenças no laboratório de Ciências desse colégio. Nosso interesse central é acompanhar e descrever como, no caso específico de uma atividade prática de Química para alunos do 3º ano do Ensino Médio, os actantes estabelecem conexões evocando constantemente o par humano e não humano. O laboratório escolar e seus instrumentos, durante a realização da atividade prática, são instituídos como um lócus, ou seja, um espaço de significação, saindo de um arsenal de recursos teóricos e materiais para uma visão panorâmica, rumo à concretização do efeito pedagógico pretendido pela professora de Química. Os não humanos ensinam tanto como o humano na captura e sedimentação de informações, atuam no processo de (re) produção do laboratório como local não apenas do saber químico, mas também na inclusão de comportamentos e valores próprios da suposta comunidade científica. Portanto, as atitudes dos alunos em relação à prática demonstraram uma performance, quando, por exemplo, um desses, ao entrar no laboratório, afirma: sou químico, professora. Uma das possibilidades de leitura dessa prática oportuniza observar o princípio da simetria na performance desse par. Naquele contexto, no laboratório, observamos um processo de mobilização de elementos humanos e não humanos, os quais, na relação, foram alistados em nome da retórica da ciência e que, ao mesmo tempo, tornam o laboratório um local, um espaço de translação, em que emerge um tipo específico de performance: a de químico.Current research was performed in the government-run Itacelina Bittencourt High School in Cianorte, a town in the northwestern region of the state of Paraná, Brazil. Investigation was undertaken from the perspective of Science Cultural Studies within a Latourian stance on the ethnography of the flow of differences in the Science Laboratory of the school. The main interest was the follow up and description of how agents in the specific case of a Chemistry practical activity for school-leaving students establish connections through the constant suggestions of the human and non-human pair. During the practical activity, the school laboratory and its instruments are a locus, or rather, a significant space, emerging from an arsenal of theoretical and material resources towards an overall view and the concretization of the pedagogical effect aimed at by the Chemistry teacher. Non-humans teach as much as humans in the retrieval and sedimentation of information. They act in the (re)production of the laboratory as a place of knowledge on chemistry and in the inclusion of behavior and values proper to the scientific community. Consequently, the students´ attitudes with regard to experience showed a performance as, for instance, when one of them stated at the door of the laboratory: Teacher, I am a chemist! One possible interpretation of such a practice is the opportunity to see the symmetry principle in the pair´s performance. The mobilization of the human and non-human factors may be observed in the context of the laboratory, listed in the name of the rhetoric of science within the relationship. At the same time, they transform the laboratory into a place, a translation space, in which a specific type of the chemist´s performance emerges.http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000191455porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-10-26T10:07:34Zoai:uel.br:vtls000191455Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2016-07-04T19:50:33Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false |
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