Em busca de uma história social para o léxico rural paranaense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Rosa Evangelina de Santana Belli Rodrigues
Orientador(a): Vanderci de Andrade Aguilera .
Banca de defesa: Aparecida Negri dos Santos, Irenilde Pereira dos Santos, Joyce Elaine de Almeida Baronas
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Londrina. Centro de Letras e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem.
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Link de acesso: http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000128954
Resumo: Esta tese toma por objetivo principal investigar a interação entre parte do vocabulário rural usado na região do Estado do Paraná, Sul do Brasil, e sua história social, buscando explicar a dinâmica do léxico rural paranaense. Para isso, toma como base teórica a abordagem da variação proposta pela Geografia Lingüística. Seu corpus é composto por noventa cartas lexicais, que representam um recorte no rol daquelas apresentadas no Atlas Lingüístico do Paraná – ALPR (AGUILERA, 1990/1994), obra concluída em 1990 e publicada em 1994, cuja base de dados é constituída cento e noventa e uma cartas geolingüísticas, das quais noventa e duas lexicais. Para levar a cabo a pesquisa, foram feitos estudos sobre a história social do Paraná, sobre os trabalhos que têm sido preparados sobre o léxico do Estado e sobre as obras não-científicas, como relatos de viagens, existentes desde o século XIX. Após a análise lexicológica e geolingüística dos mapas, observamos que o Paraná possui três grandes áreas lexicais, que interagem e estão mediadas por áreas de transição. O Norte do Estado possui suas próprias características léxicas, com um vocabulário oriundo em parte dos mineiros, paulistas e nordestinos que, a partir do século XX, desenvolveram a região. A região Sul possui também características próprias e as variantes que nela ocorrem resultam em boa parte do contato com indivíduos da região sul, catarinenses e gaúchos que povoaram a região também a partir do século XX. No centro norte do Estado, localiza-se uma área de transição na qual as variantes coocorrem. Essa área ficou localizada na altura do ponto nº 29 ou nº 24, Campo Mourão ou São Pedro do Ivaí. Além disso, a região denominada Paraná Tradicional revela características também peculiares, como variantes oriundas do tupi e de uso antigo na língua portuguesa. Também foram encontrados vestígios da influência dos imigrantes no léxico do informante do Atlas, mas não foram encontrados traços da presença dos tropeiros, importante atividade que gerou desenvolvimento para a região paranaense.
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Seu corpus é composto por noventa cartas lexicais, que representam um recorte no rol daquelas apresentadas no Atlas Lingüístico do Paraná – ALPR (AGUILERA, 1990/1994), obra concluída em 1990 e publicada em 1994, cuja base de dados é constituída cento e noventa e uma cartas geolingüísticas, das quais noventa e duas lexicais. Para levar a cabo a pesquisa, foram feitos estudos sobre a história social do Paraná, sobre os trabalhos que têm sido preparados sobre o léxico do Estado e sobre as obras não-científicas, como relatos de viagens, existentes desde o século XIX. Após a análise lexicológica e geolingüística dos mapas, observamos que o Paraná possui três grandes áreas lexicais, que interagem e estão mediadas por áreas de transição. O Norte do Estado possui suas próprias características léxicas, com um vocabulário oriundo em parte dos mineiros, paulistas e nordestinos que, a partir do século XX, desenvolveram a região. A região Sul possui também características próprias e as variantes que nela ocorrem resultam em boa parte do contato com indivíduos da região sul, catarinenses e gaúchos que povoaram a região também a partir do século XX. No centro norte do Estado, localiza-se uma área de transição na qual as variantes coocorrem. Essa área ficou localizada na altura do ponto nº 29 ou nº 24, Campo Mourão ou São Pedro do Ivaí. Além disso, a região denominada Paraná Tradicional revela características também peculiares, como variantes oriundas do tupi e de uso antigo na língua portuguesa. Também foram encontrados vestígios da influência dos imigrantes no léxico do informante do Atlas, mas não foram encontrados traços da presença dos tropeiros, importante atividade que gerou desenvolvimento para a região paranaense.This study aims at mainly investigating the interaction between the part of the rural vocabulary used in the region of the State of Paraná, south of Brazil, and its social history, trying to explain the dynamics of Paraná’s rural lexicon. Thus taken as a start the approach of variation proposed by Linguistic Geography. Its corpus is composed of ninety lexical letters, that represent a cut in the roll of those presented in the “Atlas Linguistico do Paranᔠ– ALPR (AGUILERA, 1990/1994) study concluded in 1990 and published in 1994, whose data base is composed of one hundred and ninety one geolinguistic letters of which ninety two lexical. To carry on the research, studies on the social history of Paraná; on the studies that have been prepared about the State lexicon, and about non scientific papers were done, such as travel reports found since XIX century. After the lexicological analysis and geolinguistic maps we noticed that Paraná has three lexical areas, that interact and are mediated by transition areas. The North of Paraná has its own lexical characteristics, with a vocabulary stemming partly from “mineiros” (state of Minas Gerais citizens), “paulistas” (from state of São Paulo) and “nordestinos” (North eastern states) that from the XX Century on developed the region. The South region also has its own characteristics and the variants that occur is in large part from contact with individuals from the south region, catarinenses and gauchos that inhabited the region also from the XX Century on. In the North center region of the State there is a transition area. This area is located at nº 24 or nº 29, São Pedro do Ivaí or Campo Mourão. Besides the region named Traditional Paraná reveals characteristics also peculiar, as variations deriving from Tupi language and the use of old Portuguese language. Also clues from the influence of immigrants were found in the lexicon of the Atlas, but it was not found trace of the presence of “tropeiros” (horse rider travelers), an important activity that spawned development in the region of Paraná.http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000128954porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-10-26T10:08:48Zoai:uel.br:vtls000128954Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2010-04-22T19:54:40Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false
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