Cinema e filosofia na escola : emergindo heterotopias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Wolney Heleno de Matos
Orientador(a): Rosana Figueiredo Salvi .
Banca de defesa: André Luiz dos Santos, Claudia Ximenez Alves, Débora Ferreira da Silva, Marcos Rodrigues da Silva
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Londrina. Centro de Ciências Exatas. Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática.
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Link de acesso: http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000231344
Resumo: O objetivo deste trabalho é articular cinema e filosofia na escola para alcançar novas sínteses, como uma linha de fuga a partir da qual suspeitamos ser possível emergirem sujeitos experimentais. Nossa tese é de que a articulação entre cinema e filosofia na escola possa promover um espaço-tempo outro, heterotópico, justaposto ao modelo de educação propedêutico, capaz de suscitar acontecimentos, mesmo que temporais e fragmentados, profícuos para o exercício de uma certa forma de cuidado de si. Ao articularmos cinema e filosofia na escola, não propomos substituir o modelo atual de educação. Nosso objetivo é a realização de um trabalho que corra à margem, uma brecha para a transgressão da educação institucionalizada, uma ruptura que permita a emergência de outros pensamentos, saberes, fazeres. Propomos, enfim, a criação, na escola, de um espaço-tempo que torne possível a criação de si mesmo numa relação mais intensa com o mundo e com os outros. São, portanto, possibilidades de criação de conhecimento para além do currículo, de saberes que permitam agir nas contingências da vida cotidiana. Nossa proposta consiste em fazer o cinema habitar a escola, não enquanto uma ferramenta de apoio ao ensino, mas como obra de arte. Nesse intuito, organizamos, no Cineclube Méliès, sessões cinematográficas periódicas sempre acompanhadas de rodas de conversa após a exibição das películas. O diálogo entre os presentes, utilizado no trabalho, foi gravado em áudio. Posteriormente, com auxílio metodológico de conceitos filosóficos, realizamos uma análise cujo objetivo foi iluminar a potência dos filmes na constituição de seus espectadores enquanto sujeitos. Trata-se de uma forma de cuidado de si, proporcionado por esta articulação entre cinema, educação e filosofia. Michel Foucault e Alain Badiou são os filósofos que diretamente têm nos oferecido conceitos para operarmos nossos deslocamentos. Os resultados têm confirmado nossa tese inicial e permitido explicitarmos como podem ser frutíferas, no contexto escolar, a prática cultural do cinema e as ferramentas conceituais da filosofia, quando abordadas na perspectiva proposta por esta pesquisa.
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Ao articularmos cinema e filosofia na escola, não propomos substituir o modelo atual de educação. Nosso objetivo é a realização de um trabalho que corra à margem, uma brecha para a transgressão da educação institucionalizada, uma ruptura que permita a emergência de outros pensamentos, saberes, fazeres. Propomos, enfim, a criação, na escola, de um espaço-tempo que torne possível a criação de si mesmo numa relação mais intensa com o mundo e com os outros. São, portanto, possibilidades de criação de conhecimento para além do currículo, de saberes que permitam agir nas contingências da vida cotidiana. Nossa proposta consiste em fazer o cinema habitar a escola, não enquanto uma ferramenta de apoio ao ensino, mas como obra de arte. Nesse intuito, organizamos, no Cineclube Méliès, sessões cinematográficas periódicas sempre acompanhadas de rodas de conversa após a exibição das películas. O diálogo entre os presentes, utilizado no trabalho, foi gravado em áudio. Posteriormente, com auxílio metodológico de conceitos filosóficos, realizamos uma análise cujo objetivo foi iluminar a potência dos filmes na constituição de seus espectadores enquanto sujeitos. Trata-se de uma forma de cuidado de si, proporcionado por esta articulação entre cinema, educação e filosofia. Michel Foucault e Alain Badiou são os filósofos que diretamente têm nos oferecido conceitos para operarmos nossos deslocamentos. Os resultados têm confirmado nossa tese inicial e permitido explicitarmos como podem ser frutíferas, no contexto escolar, a prática cultural do cinema e as ferramentas conceituais da filosofia, quando abordadas na perspectiva proposta por esta pesquisa.This thesis aims to articulate cinema and philosophy at school in order to achieve new syntheses, as a line of escape from which we suspect it is possible to emerge experimental subjects. We defend that the articulation between cinema and philosophy at school can promote a different and heterotopic space-time, juxtaposed to the propaedeutic education model. Moreover, this articulation is capable of raising events, even if temporary and fragmented, useful for the exercise of a certain form of self-care. When articulating Cinema and Philosophy at school, we do not propose to replace the current model of education. Our goal is to carry out a work that runs on the margins, a breach for the transgression of institutionalized education, a rupture that allows the emergence of other thoughts, knowledges, and actions. Finally, we propose the creation, at school, of a space-time that makes it possible to create oneself in a more intense relationship with the world and with others. They are, therefore, possibilities for creating cognition beyond the curriculum; knowledges that permits action in the contingencies of everyday life. Our proposal is to make cinema inhabit the school, not as a tool to support teaching, but as a work of art. For this purpose, we organize periodic cinematographic sessions at the Cineclube Méliès, always accompanied by conversation circles after the films are shown. The dialogues between the public of the film club was recorded on audio. Subsequently, with the methodological assistance of philosophical concepts, we carried out an analysis whose objective was to gauge the power of films in the constitution of their viewers as subjects. It is a form of self-care, provided by this articulation between cinema, education and philosophy. Michel Foucault and Alain Badiou are the philosophers who have directly offered us concepts for operating our displacements. The results have confirmed our initial thesis and allowed us to explain how the cultural practice of cinema and the conceptual tools of philosophy can be fruitful, in the school context, when approached in the perspective proposed by this research.http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000231344porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-10-26T10:05:05Zoai:uel.br:vtls000231344Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2022-03-24T20:08:26Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false
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