O ocidente oriental : migrantes zoroastrianos na Inglaterra (2019)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Iasmin Castro de Souza
Orientador(a): Margaret Marchiori Bakos .
Banca de defesa: Richard Gonçalves André, Katia Maria Paim Pozzer
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Londrina. Centro de Letras e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em História Social.
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Link de acesso: http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000231639
Resumo: Trabalhar com o conceito de identidades pode ser uma proposta complexa e interessante. Quando inserimos em um contexto migracional, focando em uma comunidade religiosa, as questões parecem ainda mais relevantes e intrínsecas ao desenvolver dos imigrantes. A proposta da pesquisa é discutir o conceito de identidade e reconhecimento a partir da comunidade zoroastriana que vive atualmente na Inglaterra. Para obtenção das fontes, em 2019 foi realizado um trabalho de campo na cidade de Londres, na qual foi organizado visitas a instituição Zoroastrian Trust Funds of Europe (ZTFE), ao cemitério de Brookwood, e entrevistas com o presidente da ZTFE, Malcolm Deboo e com o sacerdote da instituição, Ervard Yazad T. Bhadha. Além disso, foi realizado um questionário online através da plataforma Google Formulários, em que 29 adeptos ao Zoroastrismo que vivem na Inglaterra responderam. De modo geral, o perfil dos respondentes são zoroastrianos na média dos 61 anos, que vivem em Londres e em outras regiões na Inglaterra, e que vieram de países como Índia, Hong Kong, Iêmen, Tanzânia, Quênia, Seicheles e Inglaterra. Entre os resultados, observamos que a comunidade zoroastriana inglesa não é homogênea. Os desafios de se estabelecer em um local tão dessemelhante fazem com que parte da comunidade defenda a permanência de estruturas orientais, e outra parte busque pela inserção nos padrões ocidentais. A identidade nesse meio é um campo de conflitos e interesses, em que os sistemas simbólicos são importantes pontos para manutenção desta. A partir disso, enxergamos certas mudanças em aspectos de comportamentos e socialização dos adeptos e até nas estruturas da religião, como nos ritos funerários e na lógica da lei da pureza. A comunidade zoroastriana inglesa está presente desde o século XVIII, e construiu bases para permanecer no território. Para fundamentação teórica-metodológica, ao que se refere as fontes orais das entrevistas, utilizo os estudos de Alessandro Portelli e Michael Pollak. Emprego ainda as discussões de identidade e reconhecimento propostos por Zygmunt Bauman, Caterine Koltai, Astor Diehl, Kathryn Woodward, e Charles Taylor. No que se refere a compreensão do objeto de pesquisa como um indivíduo migrante, me oriento pelos estudos de migração e diáspora de Steven Vertovec, Fábio Bertonha, Aurélia Castiglioni, André Golgher e Avtar Brah. Para um entendimento significativo do tema, utilizo também os trabalhos de John Hinnells, Mary Boyce, Micahel Stausberg e Almut Hintze.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisO ocidente oriental : migrantes zoroastrianos na Inglaterra (2019)The eastern West : zoroastrians migrants in England (2019)2020-07-29Margaret Marchiori Bakos . Richard Gonçalves André Katia Maria Paim PozzerIasmin Castro de SouzaUniversidade Estadual de Londrina. Centro de Letras e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em História Social.URLBRTrabalhar com o conceito de identidades pode ser uma proposta complexa e interessante. Quando inserimos em um contexto migracional, focando em uma comunidade religiosa, as questões parecem ainda mais relevantes e intrínsecas ao desenvolver dos imigrantes. A proposta da pesquisa é discutir o conceito de identidade e reconhecimento a partir da comunidade zoroastriana que vive atualmente na Inglaterra. Para obtenção das fontes, em 2019 foi realizado um trabalho de campo na cidade de Londres, na qual foi organizado visitas a instituição Zoroastrian Trust Funds of Europe (ZTFE), ao cemitério de Brookwood, e entrevistas com o presidente da ZTFE, Malcolm Deboo e com o sacerdote da instituição, Ervard Yazad T. Bhadha. Além disso, foi realizado um questionário online através da plataforma Google Formulários, em que 29 adeptos ao Zoroastrismo que vivem na Inglaterra responderam. De modo geral, o perfil dos respondentes são zoroastrianos na média dos 61 anos, que vivem em Londres e em outras regiões na Inglaterra, e que vieram de países como Índia, Hong Kong, Iêmen, Tanzânia, Quênia, Seicheles e Inglaterra. Entre os resultados, observamos que a comunidade zoroastriana inglesa não é homogênea. Os desafios de se estabelecer em um local tão dessemelhante fazem com que parte da comunidade defenda a permanência de estruturas orientais, e outra parte busque pela inserção nos padrões ocidentais. A identidade nesse meio é um campo de conflitos e interesses, em que os sistemas simbólicos são importantes pontos para manutenção desta. A partir disso, enxergamos certas mudanças em aspectos de comportamentos e socialização dos adeptos e até nas estruturas da religião, como nos ritos funerários e na lógica da lei da pureza. A comunidade zoroastriana inglesa está presente desde o século XVIII, e construiu bases para permanecer no território. Para fundamentação teórica-metodológica, ao que se refere as fontes orais das entrevistas, utilizo os estudos de Alessandro Portelli e Michael Pollak. Emprego ainda as discussões de identidade e reconhecimento propostos por Zygmunt Bauman, Caterine Koltai, Astor Diehl, Kathryn Woodward, e Charles Taylor. No que se refere a compreensão do objeto de pesquisa como um indivíduo migrante, me oriento pelos estudos de migração e diáspora de Steven Vertovec, Fábio Bertonha, Aurélia Castiglioni, André Golgher e Avtar Brah. Para um entendimento significativo do tema, utilizo também os trabalhos de John Hinnells, Mary Boyce, Micahel Stausberg e Almut Hintze.Operating with the concept of identities can be a very interesting and complex proposal. When inserted in a migration context, focusing on a religious community, the problematics seems to be even more relevant and intrinsic to the immigrants development. The research proposal is to discuss the concept of identity e recognition from the zoroastrian community that lives currently in England. To obtain the sources, in 2019 was accomplished a fieldwork in London, in which was organized visitations to the institution Zoroastrian Trust Funds of Europe (ZTFE), the Brookwood Cemetery, and interviews with the president of ZTFE, Malcom Deboo, and with the institution priest Ervard Yazad T. Bhadha. Furthermore, it was accomplished an online questionnaire through the platform Google Forms, wherein 29 adepts from Zoroastrianism that lived in England, took part. In general, the respondents profile are, in average, 61 years old zoroastrians that live in London and in other England regions, and that came from countries like, India, Hong Kong, Yemen, Tanzania, Kenia, Seychelles and England. Among the results, it was observed that the english zoroastrian community is not homogeneous. The challenges of setting in a local so dissimilar, makes a part of the community to defend the permanence of the eastern structures, and the other part to search for their insertion into western standards. The identity in this environment, is a conflict and interests field, in which the symbolic systems are important gates to the identity?s maintenance. From that, it was detected certain changes in behavior and socialization aspects from the adept, and also in the religion structure, as in the funeral rites and in the purity law logic. The english zoroastrian community is present since the 18th century, and have constructed bases to remain in the territory. For the theoretical-methodological reasoning, what is refers to the oral sources from the interviews, it was adopted the studies from Alessandro Portelli and Michael Pollak. Also, it was applied the identity and recognition discussions proposed by Zygmunt Bauman, Caterine Koltai, Astor Diehl, Kathryn Woodward, and Charles Taylor. Regarding the comprehension of the research object, as a migrant individual, the discussion was oriented by the studies of migration and diaspora from Steven Vertovec, Fábio Bertonha, Aurélia Castiglioni, André Golgher and Avtar Brah. For a significative understanding of the theme, it was applied the researches from John Hinnells, Mary Boyce, Micahel Stausberg and Almut Hintze.http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000231639porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-10-26T10:08:42Zoai:uel.br:vtls000231639Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2021-07-21T17:10:35Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false
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