Quem cala nem sempre consente : entrelaçamento das unidades tópicas e não tópicas no processo de (re)significação dos sentidos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Dayane Caroline Pereira
Orientador(a): Esther Gomes de Oliveira .
Banca de defesa: Rosemeri Passos Baltazar Machado, Isabel Cristina Cordeiro, Roberto Leiser Baronas, Dantielli Assumpção Garcia
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Londrina. Centro de Letras e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem.
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Link de acesso: http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000231608
Resumo: Nosso estudo, ao considerar o caráter dinâmico da linguagem, contempla a movência dos sentidos, focando o uso em situações reais de comunicação. Desse modo, diante dos saberes sobre a linguagem, que envolvem tanto os aspectos linguísticos quanto os extralinguísticos, e a sua relação com o sujeito, selecionamos um corpus que traduz o thesaurus cultural de uma sociedade e, mais do que isso, possibilita-nos verificar a forma de o sujeito significar a si próprio e o mundo à sua volta. Nesse sentido, os gêneros discursivos (propaganda, propaganda promocional, tirinha, cartaz informativo, infográfico, meme) são um rico objeto de análise no que se refere aos estudos pertencentes ao campo da linguagem, devido à sua dinâmica discursiva e à forma como eles são colocados em jogo, produzem sentidos e interpelam os sujeitos. Com o respaldo da Análise do Discurso de orientação francesa, visamos explicitar o processo de (re)significação do provérbio “Quem cala consente”, levando em conta os aspectos linguísticos, sociais, culturais, ideológicos, responsáveis pela formulação dos sentidos. Outro ponto fundamental que constitui essa pesquisa é, por meio do estudo das unidades tópicas e não tópicas, desenvolvido por Maingueneau (2008, 2011 e 2015), interpretar a forma como o provérbio selecionado foi incorporando novos sentidos, ainda que, muitas vezes, mantendo a mesma estrutura e/ou palavras. Verificaremos, também, o funcionamento discursivo dos gêneros, além de estudarmos os procedimentos discursivos envolvidos no fenômeno de (re)significação. Uma vez que pretendemos trabalhar com os saberes cristalizados que circulam socialmente, é necessário seguirmos por um estudo teórico-analítico, a fim de apreender como a memória materializa-se nos discursos, por meio dos sujeitos, e como os pré-construídos são retomados e (re)significados em cada processo enunciativo. Dessa forma, os outros possíveis efeitos de sentido que o determinado provérbio pode revelar referem-se a diferentes modos de dizer e a diferentes maneiras de relacionar as posições-sujeito com a ideologia. Assim sendo, a (re)significação só se torna um fenômeno possível porque há a retomada de um já-dito, que evidencia o trabalho da memória e da movimentação dos sentidos dentro do universo da linguagem.
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