Óleos essenciais no manejo da ferrugem na cultura do figo

• Ano de defesa: 2016
• Autor(a) principal: Jasper, Mônica
• Orientador(a): Dalla Pria, Maristela
• Banca de defesa: Faria, Cacilda Márcia Duarte Rios, Maia , Aline José, Jaccoud Filho, David de Souza, Ayub, Ricardo Antonio
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
• Departamento: Departamento de Agronomia
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Condições ambientais; Controle alternativo; Cerotelium fici; Alternative control; environmental
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::AGRONOMIA
• Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2462

A ferrugem do figo (Ficus carica L) é causada por Cerotelium fici (Cast.) Arth., doença que causa desfolha prematura e danos significativos na produtividade de frutos de figo. O objetivo geral do trabalho é estudar a epidemiologia de C. fici, assim como métodos de controle da doença para o manejo em sistemas orgânicos. Avaliou-se a melhor temperatura e fotoperíodo para a germinação in vitro de uredósporos de C. fici, através da utilização de temperaturas de 10, 20, 23, 30 e 35ºC, e fotoperídos de escuro contínuo de 12 horas de luz, em BOD, com diferentes quantidades de suspensão de esporos. A temperatura ótima para a germinação dos uredósporos de C. fici situou-se entre 20 e 30ºC. O fotoperíodo de 12 horas proporcionou menores porcentagens de germinação de esporos do que o escuro contínuo. A germinação dos esporos foi favorecida pelo aumento da quantidade de suspensão de 0,5 mL para 1 mL, devido ao secamento da gota de suspensão quando as quantidades são menores. Depois, foram testadas diferentes concentrações de óleos essenciais extraídos de plantas para inibição da germinação de uredósporos de C. fici em placas de poliestireno contendo supensão de esporos na concentração de 104 esporos mL-1 e meio de cultura ágar-água a 2%. Foram avaliadas as concentrações de 1, 10, 100 e 1000 ppm de óleo essencial, em duas repetições de experimento. Depois, avaliou-se as concentrações de 5, 10, 15 e 20 ppm dos mesmos óleos essenciais, também em duas repetições do experimento. Os óleos essenciais utilizados foram os de alecrim, alfazema, camomila, canela, capim limão, citronela, coentro, cravo da índia, erva cidreira, erva doce, eucaliptos, gengibre, hortelã, laranja, lima, manjericão, melaleuca, orégano e tomilho. Utilizando concentrações de 1 a 1000 ppm de cada óleo, destacaram-se os óleos de canela, orégano, alecrim, citronela, capim limão, alfazema, coentro e cravo da índia com efeitos superiores aos demais na inibição da germinação de uredósporos. Concentrações maiores de óleo essencial apresentam melhor controle da germinação dos uredósporos de ferrugem. Nas concentrações de 5 a 20 ppm, o melhor controle da germinação de esporos foi constatado com óleo de canela, seguido dos óleos de capim limão e alfazema, diferindo dos óleos de manjericão, erva doce, hortelã, coentro, lima, camomila, melaleuca, citronela, gengibre e alecrim. Posteriormente, foram testados 9 tratamentos para controle de ferrugem em mudas de figo em casa de vegetação (óleos essenciais de alecrim, alfazema, canela, capim limão, citronela, cravo da índia, coentro e orégano mais a testemunha com aplicação de água), em quatro concentrações (5, 10, 15 e 20 ppm), com duas repetições do experimento. Foi avaliada a severidade da ferrugem e calculada a Área Abaixo da Curva de Progresso da Doença (AACPD). Os óleos essenciais extraídos de canela, alfazema, capim limão, alecrim, citronela, orégano, cravo da índia e coentro obtiveram resultados na diminuição da severidade de ferrugem da figueira, com os melhores resultados associados ao óleo essencial de canela, seguido do óleo de alfazema, nas maiores concentrações. O aumento da concentração dos óleos essenciais, de 5 para 20 ppm, mostrou tendência linear de incremento no controle da ferrugem.