Educação em direitos humanos e violência no ensino superior: diálogo entre as estudantes da graduação.

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Bartmeyer, Susana Maria
• Orientador(a): Salles Filho, Nei Alberto
• Banca de defesa: Preuss, Lislei Teresinha , Machado, Juliana Brandão
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais Aplicadas
• Departamento: Setor de Ciências Sociais Aplicadas
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Epistemologias do Sul; Decolonial; Feminismo; Gênero; Paz; Epistemologies of the South; Feminism; Gender; Peace
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS
• Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3663

A pesquisa se insere na temática da educação em direitos humanos e violência. Dentro dessa temática, o problema de pesquisa foi questionar quais são os diálogos das estudantes de graduação da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) sobre educação em direitos humanos e violências. Para isso, o objetivo geral, foi analisar os diálogos das estudantes da graduação universitária sobre direitos humanos e violência, o que se dividiu em desenvolver a pesquisa através da construção epistemológica do conhecimento científico feminista e do Sul Global; relacionar os conceitos de educação em direitos humanos no ensino superior e enfrentamento à violência nesse espaço e analisar a partir de uma proposta de epistemologia feminista do Sul Global os diálogos das estudantes sobre direitos humanos e violência na universidade. Os objetivos foram cumpridos através da pesquisa bibliográfica, do estudo de campo através do uso dos grupos focais virtuais e da análise de conteúdo. Fruto da pesquisa bibliográfica, os marcos teóricos adotados foram as epistemologias do Sul de Santos (2013), o conceito de direitos humanos em Herrera Flores (2009), em Beauvoir (2016) se buscou conceituar gênero, a colaboração para pensar um feminismo decolonial foi trazida com Castro (2020), as relações de violência de gênero embasaram-se em Saffioti (2004), o autor Jares (2002) contribuiu para pensar a violência e a educação para a paz, assim como o autor Salles Filho (2016) permeia a discussão de cultura de paz. Através dos conceitos abordados, elencou-se o grupo focal como método para pesquisa de campo, em que Gatti (2005) foi basilar. Foram realizados 3 (três) encontros com o mesmo grupo, apenas com participantes do gênero feminino, todas estudantes da graduação da UEPG. Com a análise de conteúdo foi possível perceber que os diálogos captados nos encontros destacaram poucas discussões no espaço universitário sobre direitos humanos; muitos episódios de violências (psicológica, moral, sexual, física, etc.) dentro das relações no ensino superior, principalmente nas relações professor-aluna; presença de uma estrutura que privilegia homens no ambiente de ensino superior; descrédito na instituição enquanto UEPG para enfrentar as violências que acontecem. A pesquisa considerou ao final que a educação em direitos humanos no ensino superior é uma possiblidade de enfrentamento das violências relatadas nesse espaço, uma vez que aborda questões de gênero, raça, classe, etnia, desigualdade e promove o diálogo como solução para os conflitos.