VIVENCIAS ESPACIAIS DA SAÚDE NO GRUPO DE TRAVESTIS E TRANSEXUAIS NA CIDADE DE PONTA GROSSA - PARANÁ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Tobias, Marcia Carneiro lattes
Orientador(a): Ornat, Marcio Jose lattes
Banca de defesa: Guimarães, Raul Borges lattes, Silva, Joseli Maria lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação Mestrado em Gestão do Território
Departamento: Departamento de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3919
Resumo: A presente reflexão tem como objetivo evidenciar as vivências espaciais que o grupo de travestis e transexuais experienciaram nos espaços de saúde, na cidade de Ponta Grossa – Paraná. São dois grupos que através de suas práticas cotidianas desestabilizam um mundo organizado entre homens e mulheres, questionando e propondo novas configurações entre sexo, gênero, e desejo. Sob essa perspectiva os sujeitos que não correspondem aos padrões estabelecidos são considerados desviantes, doentes e outros tantos qualificativos criados para classificar esses grupos. O grupo de travestis e transexuais desafiam a ordem binária através de suas corporeidades, em busca de garantir espaço dentro da sociedade. Nesta pesquisa, os sujeitos entrevistados são referenciados como ‘as travestis’ e ‘as transexuais’, por se identificarem como pessoas do sexo feminino, e que em sua maioria, estavam envolvidas com a atividade da prostituição. As espacialidades vivenciadas e retiradas de seus depoimentos, são importantes para a fundamentação como grupos e na sua essência como individuais. O espaço é aberto e em constante movimento, construído a partir de novas relações, orientando escolhas e reinvidicando respeito às diferentes identidades. Após a análise das entrevistas realizadas com 16 travestis e transexuais, detectamos 467 evocações referentes às relações estabelecidas em diferentes espacialidades, como o território da prostituição, às ONG’s, trabalho, universidade, casa, e o foco desta reflexão, as relações com a espacialidade da saúde. A proposição de políticas de saúde para grupos específicos gera polêmica por ser, a princípio, antagônica à universalidade preconizada constitucionalmente aos direitos sociais, dentre os quais o direito à saúde. A saúde, enquanto direito de todos e dever do Estado, na realidade brasileira é na prática ilusória. Na proposta de combater com as iniquidades, revertendo quadros de exclusão e violação dos direitos humanos fundamentais, traz a necessidade de focalização de ações e políticas específicas para a efetivação do princípio da universalidade a todos os cidadãos. Umas das ações mais direcionada a essa questão, é a Política Nacional de Saúde Integral LGBT - Lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, que visa implementar ações no período entre os anos de 2012 a 2015, com metas ao enfrentamento da discriminação e redução das desigualdades relacionadas a saúde destes grupos. Contudo, a espacialidade de atendimento de Saúde coloca-se enquanto heterossexualizada. A partir de entrevistas, fora evidenciado que a espacialidade da Saúde apresenta-se interditada a vivência destas, interdição estruturada segundo relações que constrangem espacialmente a existência de um atendimento de respeito a vida e as diferenças. Problematizar a relação entre espacialidade da saúde e a vivência trans produz tanto subsídios para a efetivação de políticas públicas já existentes, quanto produz uma Geografia emancipatória.
id UEPG_bf1165036ea46dd6eb75982917f04905
oai_identifier_str oai:tede2.uepg.br:prefix/3919
network_acronym_str UEPG
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPG
repository_id_str
spelling Ornat, Marcio Josehttps://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4742405T6&tokenCaptchar=03AL8dmw-TMacI1JBETGiPe6wl-G6zzadxrBqzI4x_-2oY7oeSD5NknpwSS0aO0PEfXQ6Wl3yoT9gBi4fHVX38tcE0JHRRtyKQx9cNeQvVj4550cInz6bKXiCujbYRX2qRgGmZoSk8Svy30GadjEJxILW0_k9J3CURfJBOOJ4ntjV3TKFCD8d98bctORP0SngzCi83Ohk3C5PSF20F8gyrdqEtcpw3OOYg9NJpfFJsdD9KO7Y3rjDHHvTUjqnEEMhzdSPMeDoxBfwjIhB0JVt0RSnp3jTQl5t6e0q_C0sU6ZYRscRAtKNWAbE5iASJP4nmZ3Kj-z5YyxdNS3-ZKfNBofQlqgrmlFmXVSIDoIzR4iDl4Xk6MDifDEZsUTRXs9Yz-E0n2dLkPYprUkWz0X5x-0CaWaKqeQ2tznbp-ZtlpgniDLWY5atIxsYt9PIlcGB5bX8peuZz_Ec8cIBx4UC9HZVQ-wFW50laVxfLG-xNcft2jmhNeHlm2-595j2m0VePwV8G8V3YF6Nitf9eHvtXCKoRWkv_ERbgi0iefvktCXFolDWDjm6e1TvcU_Q5GWaBjAnTFT0u9dXaIVc0Lgvde0tJjbPNuOYxFwGuimarães, Raul Borgeshttps://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767238D4&tokenCaptchar=03AL8dmw_ua0m3AndL4w2PzJQRZuzqoKXC6_03U3ne2HoXBPrXCWF55vHhxOi78bWXmHriA0MAU5hJPIWjJKVW-PPAZT3HfBaXqxJnJOyiQZ8yGNRw_nrZZOup_FnigVpLvVQqlI1cg0tbTdsp8GyOs4NQ7WwVGxCWlmisgvIpBgIRcKZrdfNCHUQBN773awfxqjGKz7a_HpPOQ-AFMzqd_Lq1ncTC9AMO83hmUZ1SfoNteZBHM6Fzu3OraqgRuWq7qHEpLV0EJaXp9svtLGbaqM901XkfuqDFg8welJbuihJXVBlkYZ4Kduwj0qE6rP-g3pSvL-V1JDl1ZuIvtPWoEkx9lrH2ztQgCbhOVGdXq4QOKtpwvqtY12IWV7ZqtS-o5VFyT0-wpI9psWy2cnyAfTv6m4Q1j6knnQ1THxFZKCaaP47zaP31BrwEiXO6KJ50a4Y0cOYHXgHN8dl1QZT3nlplBXiqy5lOSEc6r95fmnCZ8tlanh15wnx7NgmqE8aHTu9jnL6QypfHTAQRD3eZ8Um48khEPX7fdmLF2VyDxicG25GIrqvZ6p_Tr90vl7Djg1_U-lzqBx2_fJpGl-GY6av6Ebncce5A6wSilva, Joseli Marialattes.cnpq.brhttps://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4438995D6&tokenCaptchar=03AL8dmw-wywE-WGLQ77BEq5GK8xXiQPqazM7mGNOQBvs1BOEFrzNosacso8gy4mJ5bdxvOxr8WTubq6xiKxe7r5AauScmebZIbk5KeqGdLA7VUmNKE-KHPffB4L8cf2F9YQb5_7JfSjwIzBjKbsP3up8SD1kKQ3R2-czPRKiC0fHngnw9d5CmtfD4XyGAddLhLTr3MnoiWCxxVoyfgQU3vxlU1p6KnlzJD-5LXiWvVysOTTJC_1chv_fbnlXvrQ_3BnHquyO1NkxQUcGJ4PHclWXCwqCxF8AdVZfuyGXsTiyyFH1R85f-i9LL0GSzmtnF1q4zR4Jj5iwELmL6oSPMEf6pUdT2MJCHmRPJxqmoZm-PQdDpOGHR_p_mgS22nqP8EVEMPIoxm9INEZ6JB0eZ9nGj-wgCWefD7CE4tOzEkS-Zo4UpL9B8pPaENfihqh6HRfS6fprsOwoogcbOvbeiC6f402JUTgccecTkxt-uLOldSHmCA7iUw8bGMC005KGrSkK_iyhzI-U0xl2R_JOfN_yGCmbY08qclWoXUZv_pDi_z5EkGyc18R-mU1mAi58S5vdgnsb2q61LpxMIbfoyTmRXUwqELDJvZwTobias, Marcia Carneiro2023-05-30T16:34:46Z2023-05-302023-05-30T16:34:46Z2014-09-19CARNEIRO, Márcia Tobias. Vivências espaciais da saúde no grupo de travestis e transexuais na cidade de Ponta Grossa – Paraná. Dissertação (Mestrado em Gestão do Território ) - Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, 2014.http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3919A presente reflexão tem como objetivo evidenciar as vivências espaciais que o grupo de travestis e transexuais experienciaram nos espaços de saúde, na cidade de Ponta Grossa – Paraná. São dois grupos que através de suas práticas cotidianas desestabilizam um mundo organizado entre homens e mulheres, questionando e propondo novas configurações entre sexo, gênero, e desejo. Sob essa perspectiva os sujeitos que não correspondem aos padrões estabelecidos são considerados desviantes, doentes e outros tantos qualificativos criados para classificar esses grupos. O grupo de travestis e transexuais desafiam a ordem binária através de suas corporeidades, em busca de garantir espaço dentro da sociedade. Nesta pesquisa, os sujeitos entrevistados são referenciados como ‘as travestis’ e ‘as transexuais’, por se identificarem como pessoas do sexo feminino, e que em sua maioria, estavam envolvidas com a atividade da prostituição. As espacialidades vivenciadas e retiradas de seus depoimentos, são importantes para a fundamentação como grupos e na sua essência como individuais. O espaço é aberto e em constante movimento, construído a partir de novas relações, orientando escolhas e reinvidicando respeito às diferentes identidades. Após a análise das entrevistas realizadas com 16 travestis e transexuais, detectamos 467 evocações referentes às relações estabelecidas em diferentes espacialidades, como o território da prostituição, às ONG’s, trabalho, universidade, casa, e o foco desta reflexão, as relações com a espacialidade da saúde. A proposição de políticas de saúde para grupos específicos gera polêmica por ser, a princípio, antagônica à universalidade preconizada constitucionalmente aos direitos sociais, dentre os quais o direito à saúde. A saúde, enquanto direito de todos e dever do Estado, na realidade brasileira é na prática ilusória. Na proposta de combater com as iniquidades, revertendo quadros de exclusão e violação dos direitos humanos fundamentais, traz a necessidade de focalização de ações e políticas específicas para a efetivação do princípio da universalidade a todos os cidadãos. Umas das ações mais direcionada a essa questão, é a Política Nacional de Saúde Integral LGBT - Lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, que visa implementar ações no período entre os anos de 2012 a 2015, com metas ao enfrentamento da discriminação e redução das desigualdades relacionadas a saúde destes grupos. Contudo, a espacialidade de atendimento de Saúde coloca-se enquanto heterossexualizada. A partir de entrevistas, fora evidenciado que a espacialidade da Saúde apresenta-se interditada a vivência destas, interdição estruturada segundo relações que constrangem espacialmente a existência de um atendimento de respeito a vida e as diferenças. Problematizar a relação entre espacialidade da saúde e a vivência trans produz tanto subsídios para a efetivação de políticas públicas já existentes, quanto produz uma Geografia emancipatória.This reflection aims to show the spatial experiences that the group of travestis and transsexuals experienced in healthcare spaces in the city of Ponta Grossa - Paraná. Are two groups who through their daily practices destabilize a world organized for men and women, questioning and proposing new configurations between sex, gender, and desire. From this perspective the guys who do not meet the established standards are considered deviant, sick and so many other adjectives created to classify these groups. The group of travestis and transsexuals challenge the binary order through its corporeality, seeking to secure space within society. In this research, the interviewees are referred to as 'travestis' and 'transsexual', by identifying themselves as females, and that mostly were involved with the activity of prostitution. The lived spatiality and withdrawals from their accounts, are important for the reasoning as groups and as individual essence. The space is open and in constant motion, constructed from new relationships, and guiding choices lay claim respect for different identities. After the analysis of interviews with 16 travestis and transsexuals, we detected 467 evocations concerning relations established in different spatiality, as the territory of prostitution, to NGOs, work, university, home, and the focus of this reflection, relations with the spatiality of health. The proposition of health policies for specific groups stirs controversy by being at first antagonistic to the universality advocated constitutionally, among which the right to health social rights. Health care as a right and duty of the state, in the Brazilian reality is illusory in practice. In the proposal to combat inequities, reversing frames of exclusion and violation of fundamental human rights, brings the need to focus of specific actions and policies for the realization of the principle of universality to all citizens. One of the most targeted actions to this question is the National Comprehensive Health LGBT - Lesbian, gay, bisexual and transgender people, which aims to implement actions in the period between the years 2012-2015, with goals to fighting discrimination and reduction health inequalities related to these groups. However, the spatiality of Health care arises while heterossexuality. From interviews, it was evident the spatiality of Health presents the experience of those interdicted, structured relationships that interdiction second spatially constrain the existence of a call to respect life and differences. Questioning the relationship between health and the spatiality of trans experience produces both subsidies for the effectiveness of existing public policies and produces an emancipatory Geography.Submitted by Angela Maria de Oliveira (amolivei@uepg.br) on 2023-05-30T16:34:46Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) Marcia Tobias Carneiro.pdf: 1056301 bytes, checksum: d427e4bbf6dcea6a0794695a9f0ed9ec (MD5)Made available in DSpace on 2023-05-30T16:34:46Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) Marcia Tobias Carneiro.pdf: 1056301 bytes, checksum: d427e4bbf6dcea6a0794695a9f0ed9ec (MD5) Previous issue date: 2014-09-19porUniversidade Estadual de Ponta GrossaPrograma de Pós-Graduação Mestrado em Gestão do TerritórioUEPGBrasilDepartamento de GeociênciasAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::GEOGRAFIAVivências EspaciaisSaúdeTravestiTransexualSpatial ExperiencesHealthTravestiTranssexual.VIVENCIAS ESPACIAIS DA SAÚDE NO GRUPO DE TRAVESTIS E TRANSEXUAIS NA CIDADE DE PONTA GROSSA - PARANÁinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPGinstname:Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)instacron:UEPGLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866http://tede2.uepg.br/jspui/bitstream/prefix/3919/3/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD53CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811http://tede2.uepg.br/jspui/bitstream/prefix/3919/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52ORIGINALMarcia Tobias Carneiro.pdfMarcia Tobias Carneiro.pdfdissertação completa em pdfapplication/pdf1056301http://tede2.uepg.br/jspui/bitstream/prefix/3919/1/Marcia%20Tobias%20Carneiro.pdfd427e4bbf6dcea6a0794695a9f0ed9ecMD51prefix/39192023-05-31 08:54:03.283oai:tede2.uepg.br:prefix/3919TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KBiblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://tede2.uepg.br/jspui/PUBhttp://tede2.uepg.br/oai/requestbicen@uepg.br||mv_fidelis@yahoo.com.bropendoar:2023-05-31T11:54:03Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPG - Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv VIVENCIAS ESPACIAIS DA SAÚDE NO GRUPO DE TRAVESTIS E TRANSEXUAIS NA CIDADE DE PONTA GROSSA - PARANÁ
title VIVENCIAS ESPACIAIS DA SAÚDE NO GRUPO DE TRAVESTIS E TRANSEXUAIS NA CIDADE DE PONTA GROSSA - PARANÁ
spellingShingle VIVENCIAS ESPACIAIS DA SAÚDE NO GRUPO DE TRAVESTIS E TRANSEXUAIS NA CIDADE DE PONTA GROSSA - PARANÁ
Tobias, Marcia Carneiro
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::GEOGRAFIA
Vivências Espaciais
Saúde
Travesti
Transexual
Spatial Experiences
Health
Travesti
Transsexual.
title_short VIVENCIAS ESPACIAIS DA SAÚDE NO GRUPO DE TRAVESTIS E TRANSEXUAIS NA CIDADE DE PONTA GROSSA - PARANÁ
title_full VIVENCIAS ESPACIAIS DA SAÚDE NO GRUPO DE TRAVESTIS E TRANSEXUAIS NA CIDADE DE PONTA GROSSA - PARANÁ
title_fullStr VIVENCIAS ESPACIAIS DA SAÚDE NO GRUPO DE TRAVESTIS E TRANSEXUAIS NA CIDADE DE PONTA GROSSA - PARANÁ
title_full_unstemmed VIVENCIAS ESPACIAIS DA SAÚDE NO GRUPO DE TRAVESTIS E TRANSEXUAIS NA CIDADE DE PONTA GROSSA - PARANÁ
title_sort VIVENCIAS ESPACIAIS DA SAÚDE NO GRUPO DE TRAVESTIS E TRANSEXUAIS NA CIDADE DE PONTA GROSSA - PARANÁ
author Tobias, Marcia Carneiro
author_facet Tobias, Marcia Carneiro
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Ornat, Marcio Jose
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv https://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4742405T6&tokenCaptchar=03AL8dmw-TMacI1JBETGiPe6wl-G6zzadxrBqzI4x_-2oY7oeSD5NknpwSS0aO0PEfXQ6Wl3yoT9gBi4fHVX38tcE0JHRRtyKQx9cNeQvVj4550cInz6bKXiCujbYRX2qRgGmZoSk8Svy30GadjEJxILW0_k9J3CURfJBOOJ4ntjV3TKFCD8d98bctORP0SngzCi83Ohk3C5PSF20F8gyrdqEtcpw3OOYg9NJpfFJsdD9KO7Y3rjDHHvTUjqnEEMhzdSPMeDoxBfwjIhB0JVt0RSnp3jTQl5t6e0q_C0sU6ZYRscRAtKNWAbE5iASJP4nmZ3Kj-z5YyxdNS3-ZKfNBofQlqgrmlFmXVSIDoIzR4iDl4Xk6MDifDEZsUTRXs9Yz-E0n2dLkPYprUkWz0X5x-0CaWaKqeQ2tznbp-ZtlpgniDLWY5atIxsYt9PIlcGB5bX8peuZz_Ec8cIBx4UC9HZVQ-wFW50laVxfLG-xNcft2jmhNeHlm2-595j2m0VePwV8G8V3YF6Nitf9eHvtXCKoRWkv_ERbgi0iefvktCXFolDWDjm6e1TvcU_Q5GWaBjAnTFT0u9dXaIVc0Lgvde0tJjbPNuOYxFw
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Guimarães, Raul Borges
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv https://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767238D4&tokenCaptchar=03AL8dmw_ua0m3AndL4w2PzJQRZuzqoKXC6_03U3ne2HoXBPrXCWF55vHhxOi78bWXmHriA0MAU5hJPIWjJKVW-PPAZT3HfBaXqxJnJOyiQZ8yGNRw_nrZZOup_FnigVpLvVQqlI1cg0tbTdsp8GyOs4NQ7WwVGxCWlmisgvIpBgIRcKZrdfNCHUQBN773awfxqjGKz7a_HpPOQ-AFMzqd_Lq1ncTC9AMO83hmUZ1SfoNteZBHM6Fzu3OraqgRuWq7qHEpLV0EJaXp9svtLGbaqM901XkfuqDFg8welJbuihJXVBlkYZ4Kduwj0qE6rP-g3pSvL-V1JDl1ZuIvtPWoEkx9lrH2ztQgCbhOVGdXq4QOKtpwvqtY12IWV7ZqtS-o5VFyT0-wpI9psWy2cnyAfTv6m4Q1j6knnQ1THxFZKCaaP47zaP31BrwEiXO6KJ50a4Y0cOYHXgHN8dl1QZT3nlplBXiqy5lOSEc6r95fmnCZ8tlanh15wnx7NgmqE8aHTu9jnL6QypfHTAQRD3eZ8Um48khEPX7fdmLF2VyDxicG25GIrqvZ6p_Tr90vl7Djg1_U-lzqBx2_fJpGl-GY6av6Ebncce5A6w
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Silva, Joseli Maria
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv lattes.cnpq.br
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv https://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4438995D6&tokenCaptchar=03AL8dmw-wywE-WGLQ77BEq5GK8xXiQPqazM7mGNOQBvs1BOEFrzNosacso8gy4mJ5bdxvOxr8WTubq6xiKxe7r5AauScmebZIbk5KeqGdLA7VUmNKE-KHPffB4L8cf2F9YQb5_7JfSjwIzBjKbsP3up8SD1kKQ3R2-czPRKiC0fHngnw9d5CmtfD4XyGAddLhLTr3MnoiWCxxVoyfgQU3vxlU1p6KnlzJD-5LXiWvVysOTTJC_1chv_fbnlXvrQ_3BnHquyO1NkxQUcGJ4PHclWXCwqCxF8AdVZfuyGXsTiyyFH1R85f-i9LL0GSzmtnF1q4zR4Jj5iwELmL6oSPMEf6pUdT2MJCHmRPJxqmoZm-PQdDpOGHR_p_mgS22nqP8EVEMPIoxm9INEZ6JB0eZ9nGj-wgCWefD7CE4tOzEkS-Zo4UpL9B8pPaENfihqh6HRfS6fprsOwoogcbOvbeiC6f402JUTgccecTkxt-uLOldSHmCA7iUw8bGMC005KGrSkK_iyhzI-U0xl2R_JOfN_yGCmbY08qclWoXUZv_pDi_z5EkGyc18R-mU1mAi58S5vdgnsb2q61LpxMIbfoyTmRXUwqELDJvZw
dc.contributor.author.fl_str_mv Tobias, Marcia Carneiro
contributor_str_mv Ornat, Marcio Jose
Guimarães, Raul Borges
Silva, Joseli Maria
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::GEOGRAFIA
topic CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::GEOGRAFIA
Vivências Espaciais
Saúde
Travesti
Transexual
Spatial Experiences
Health
Travesti
Transsexual.
dc.subject.por.fl_str_mv Vivências Espaciais
Saúde
Travesti
Transexual
Spatial Experiences
Health
Travesti
Transsexual.
description A presente reflexão tem como objetivo evidenciar as vivências espaciais que o grupo de travestis e transexuais experienciaram nos espaços de saúde, na cidade de Ponta Grossa – Paraná. São dois grupos que através de suas práticas cotidianas desestabilizam um mundo organizado entre homens e mulheres, questionando e propondo novas configurações entre sexo, gênero, e desejo. Sob essa perspectiva os sujeitos que não correspondem aos padrões estabelecidos são considerados desviantes, doentes e outros tantos qualificativos criados para classificar esses grupos. O grupo de travestis e transexuais desafiam a ordem binária através de suas corporeidades, em busca de garantir espaço dentro da sociedade. Nesta pesquisa, os sujeitos entrevistados são referenciados como ‘as travestis’ e ‘as transexuais’, por se identificarem como pessoas do sexo feminino, e que em sua maioria, estavam envolvidas com a atividade da prostituição. As espacialidades vivenciadas e retiradas de seus depoimentos, são importantes para a fundamentação como grupos e na sua essência como individuais. O espaço é aberto e em constante movimento, construído a partir de novas relações, orientando escolhas e reinvidicando respeito às diferentes identidades. Após a análise das entrevistas realizadas com 16 travestis e transexuais, detectamos 467 evocações referentes às relações estabelecidas em diferentes espacialidades, como o território da prostituição, às ONG’s, trabalho, universidade, casa, e o foco desta reflexão, as relações com a espacialidade da saúde. A proposição de políticas de saúde para grupos específicos gera polêmica por ser, a princípio, antagônica à universalidade preconizada constitucionalmente aos direitos sociais, dentre os quais o direito à saúde. A saúde, enquanto direito de todos e dever do Estado, na realidade brasileira é na prática ilusória. Na proposta de combater com as iniquidades, revertendo quadros de exclusão e violação dos direitos humanos fundamentais, traz a necessidade de focalização de ações e políticas específicas para a efetivação do princípio da universalidade a todos os cidadãos. Umas das ações mais direcionada a essa questão, é a Política Nacional de Saúde Integral LGBT - Lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, que visa implementar ações no período entre os anos de 2012 a 2015, com metas ao enfrentamento da discriminação e redução das desigualdades relacionadas a saúde destes grupos. Contudo, a espacialidade de atendimento de Saúde coloca-se enquanto heterossexualizada. A partir de entrevistas, fora evidenciado que a espacialidade da Saúde apresenta-se interditada a vivência destas, interdição estruturada segundo relações que constrangem espacialmente a existência de um atendimento de respeito a vida e as diferenças. Problematizar a relação entre espacialidade da saúde e a vivência trans produz tanto subsídios para a efetivação de políticas públicas já existentes, quanto produz uma Geografia emancipatória.
publishDate 2014
dc.date.issued.fl_str_mv 2014-09-19
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-05-30T16:34:46Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-05-30
2023-05-30T16:34:46Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv CARNEIRO, Márcia Tobias. Vivências espaciais da saúde no grupo de travestis e transexuais na cidade de Ponta Grossa – Paraná. Dissertação (Mestrado em Gestão do Território ) - Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, 2014.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3919
identifier_str_mv CARNEIRO, Márcia Tobias. Vivências espaciais da saúde no grupo de travestis e transexuais na cidade de Ponta Grossa – Paraná. Dissertação (Mestrado em Gestão do Território ) - Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, 2014.
url http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3919
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual de Ponta Grossa
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação Mestrado em Gestão do Território
dc.publisher.initials.fl_str_mv UEPG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Departamento de Geociências
publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual de Ponta Grossa
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPG
instname:Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)
instacron:UEPG
instname_str Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)
instacron_str UEPG
institution UEPG
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPG
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPG
bitstream.url.fl_str_mv http://tede2.uepg.br/jspui/bitstream/prefix/3919/3/license.txt
http://tede2.uepg.br/jspui/bitstream/prefix/3919/2/license_rdf
http://tede2.uepg.br/jspui/bitstream/prefix/3919/1/Marcia%20Tobias%20Carneiro.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9b
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
d427e4bbf6dcea6a0794695a9f0ed9ec
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPG - Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)
repository.mail.fl_str_mv bicen@uepg.br||mv_fidelis@yahoo.com.br
_version_ 1797039605514502144