O desenvolvimento de material autoinstrucional como facilitador do acesso a informações para inclusão escolar de estudantes com transtorno do espectro autista

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Ferreira, Daniela Nascimento
• Orientador(a): Pisacco, Nelba Maria Teixeira
• Banca de defesa: Foltran, Elenice Parise , Malheiro, Cícera Aparecida Lima
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação Inclusiva - PROFEI
• Departamento: Departamento de Educação
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Transtorno do Espectro Autista; Estratégias Inclusivas; Inclusão Escolar; Autistic Spectrum Disorder; Inclusive Strategies; School inclusion
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO
• Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3792

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição que afeta a comunicação e os padrões comportamentais que, geralmente, comprometem a socialização e a escolarização. A complexidade que envolve o transtorno gera demandas de formação e de subsídios aos professores da escola regular. Os objetivos desta dissertação foram investigar subsídios para inclusão escolar de estudantes com Transtorno de Espectro Autista, sistematizá-los em um material autoinstrucional e verificar a contribuição do produto desenvolvido para orientar a prática pedagógica de professores da sala de aula de ensino regular. Desenvolveu-se com abordagem metodológica uma pesquisa translacional em educação com articulação teórico- prática a fim de produzir conhecimento aplicável e replicável na escola. Empregou-se análise quali-quantitativa dos dados e indicadores obtidos na revisão da literatura, análise documental, realização de entrevistas semiestruturadas e aplicação de questionários. O lócus do estudo foi o município de Caetité, Bahia. Participaram das entrevistas 05 representantes de instituições que responderam ao questionário de avaliação do produto educacional e 20 professores da Educação Básica. Foram utilizados 4 critérios análise, subdivididos em diversos aspectos e avaliados em escala Likert com valores de 1 a 5, complementadas por respostas discursivas. Os resultados permitiram configurar a rede de serviços de apoio à inclusão escolar do município, apontaram que não há apenas uma forma ou programa padrão, tipo de serviço ou currículo únicos capazes de atender as necessidades específicas de todos os estudantes com TEA. Destacaram-se como estratégias inclusivas baseadas em evidências a utilização do Plano Educacional Individualizado (PEI), o Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA), a Diferenciação Curricular, o Ensino Colaborativo, intervenções recomendadas para pessoas com TEA a Applied Behavior Analysis (ABA), o Treatment and Education of Autistic and related Communication Handicapped Children (TEACCH) - Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Limitações Relacionadas à Comunicação) e a Comunicação Alternativa e Aumentativa como a Picture Exchange Communication System (PECS). Desenvolveu-se o guia formativo “TrilhaTEA: Trilha formativa para professores que atuam com estudantes autistas”, avaliado com valores próximo a excelente (5,0), com os índices 4,77 para qualidade geral, 4,74 para estrutura, estética e organização, 4,77 para conteúdo, 4,87 para a proposta didática-metodologia e 4,71 para criticidade e adequação da linguagem escrita (4,71). Dado ao seu formato, o TrilhaTEA pode ser reformulado com atualizações sobre o TEA, a rede de apoio à inclusão escolar de seus municípios, assim como foi feito para Caetité. A tessitura de uma visão interdisciplinar, constituída em face dos modelos abordados, possibilitou identificar algumas potencialidades e dificuldades existentes no processo de ensino e aprendizagem, que são mais comuns em educandos autistas. A análise do processo histórico do Transtorno do Espectro Autista evidenciou como as abordagens existentes e seu tratamento foram influenciados ao longo do tempo, contribuindo para o surgimento de diferentes intervenções educacionais em muitas partes do mundo e que vêm sendo adotadas, gradativamente, também no Brasil.