“Oxe, eu sou macho, professor!” a escola e os processos de subjetivação dos meninos em um bairro de Maceió-AL
Ano de defesa: | 2013 |
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Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Alagoas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
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Departamento: |
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País: |
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://www.repositorio.ufal.br/handle/riufal/6963 |
Resumo: | O estudo problematiza a demarcação de gênero presente em uma escola pública de ensino fundamental localizada em um bairro de Maceió que caracteriza a pesca como sendo uma atividade masculina e a produção do filé (renda artesanal) como feminina. A partir dos enunciados que circulam na escola do bairro sobre o filé, veiculados pelos/as alunos/as, pelos/as professores e pelos/as funcionários/as e com base em ferramentas teóricas fornecidas por Foucault, esta dissertação analisa quais modos de subjetivação em termos de gênero estão operando no currículo da escola. A pesquisa baseou-se em autores/as pós-estruturalistas tanto no campo do currículo, como no de gênero. Nesta perspectiva, o currículo é entendido como um campo cultural, como uma instância de produção e circulação de discursos, na qual se estabelecem lutas em torno da significação sobre os sujeitos e o mundo, impregnado de valores e práticas. Gênero é entendido como um conjunto de normas, como um efeito de subjetivação, que adquire estabilidade em função da repetição e reiteração destas normas. A abordagem metodológica adotada foi a Análise do Discurso, caracterizada por ser uma perspectiva qualitativa e baseada nas contribuições de Michel Foucault. As estratégias de coleta de dados utilizadas como meio de acesso aos enunciados foram observações, entrevistas e grupo de discussão com os sujeitos participantes da pesquisa. Observamos que os enunciados sobre o filé são mais problemáticos quando se trata da relação dos meninos com essa atividade. Isso porque a pesca vem se tornando cada vez mais escassa, ao contrário do filé que vem se consolidando como uma fonte de renda mais significativa. Nesse sentido, é a produção do filé que vem se apresentando como um lugar de confusão de fronteiras de gênero. Esta configuração nos convidou a centrar nos modos de subjetivação dos meninos e nos enunciados sobre o filé. As análises sugerem que há uma multiplicidade de discursos, técnicas e estratégias envolvidas em relações de poder que objetivam governar a conduta dos meninos na escola. Sugerem, ainda, que as subjetividades produzidas são marcadas tanto pela aceitação de modos de ser que se baseiam na tradição como também pela contestação e subversão das fronteiras de gênero. Discutimos, então, alguns tipos de subjetividade anunciadas e divulgadas na escola investigada que se relacionam com a produção de meninos heterossexuais, pouco escolarizados, públicos e trabalhadores. |
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A partir dos enunciados que circulam na escola do bairro sobre o filé, veiculados pelos/as alunos/as, pelos/as professores e pelos/as funcionários/as e com base em ferramentas teóricas fornecidas por Foucault, esta dissertação analisa quais modos de subjetivação em termos de gênero estão operando no currículo da escola. A pesquisa baseou-se em autores/as pós-estruturalistas tanto no campo do currículo, como no de gênero. Nesta perspectiva, o currículo é entendido como um campo cultural, como uma instância de produção e circulação de discursos, na qual se estabelecem lutas em torno da significação sobre os sujeitos e o mundo, impregnado de valores e práticas. Gênero é entendido como um conjunto de normas, como um efeito de subjetivação, que adquire estabilidade em função da repetição e reiteração destas normas. A abordagem metodológica adotada foi a Análise do Discurso, caracterizada por ser uma perspectiva qualitativa e baseada nas contribuições de Michel Foucault. As estratégias de coleta de dados utilizadas como meio de acesso aos enunciados foram observações, entrevistas e grupo de discussão com os sujeitos participantes da pesquisa. Observamos que os enunciados sobre o filé são mais problemáticos quando se trata da relação dos meninos com essa atividade. Isso porque a pesca vem se tornando cada vez mais escassa, ao contrário do filé que vem se consolidando como uma fonte de renda mais significativa. Nesse sentido, é a produção do filé que vem se apresentando como um lugar de confusão de fronteiras de gênero. Esta configuração nos convidou a centrar nos modos de subjetivação dos meninos e nos enunciados sobre o filé. As análises sugerem que há uma multiplicidade de discursos, técnicas e estratégias envolvidas em relações de poder que objetivam governar a conduta dos meninos na escola. Sugerem, ainda, que as subjetividades produzidas são marcadas tanto pela aceitação de modos de ser que se baseiam na tradição como também pela contestação e subversão das fronteiras de gênero. Discutimos, então, alguns tipos de subjetividade anunciadas e divulgadas na escola investigada que se relacionam com a produção de meninos heterossexuais, pouco escolarizados, públicos e trabalhadores.The present study brings the delimitation of genre in an elementary public school in Maceió, Brazil, which considers fishing as a male activity and filé-making (handmade lace) as a female activity. From the enunciations that surround the school regarding these activities by male and female students, teachers, and workers, and based on theoretical tools provided by Foucault, this thesis analyzes which subjectification forms in terms of genre are operating in the school curriculum. The research was based on post-structuralist authors in the field of curriculum, as well as in the field of genre. In this perspective, curriculum is understood as a cultural field, a production instance and discourse circulation, in which battles are established on the signification regarding subjects and the world, impregnated in values and practices. Genre is understood as a set of rules, as an expressive effect of subjectification that gain stability from the repetition and reiteration of these rules. The methodological approach adopted in this study was the Discourse Analysis in the qualitative perspective, with the contribution of Foucault. Data collection strategies used to access these enunciations were observations, interviews, and discussion groups involving the participants of the research. We observed that enunciations about filé seemed more problematic when involved boys. While fishing has become scarce, filé has been consolidated as a more significant family income. Therefore, filé-making is presented as a confusion place of genre borders. These configurations led us to centralize in the subjectification forms of boys and in the enunciations regarding the filé. The analyses suggest that there is a multiplicity of discourses, techniques, technologies, and strategies involved by power relations that aim to govern the behavior of boys in school. They also suggest that the subjectification produced are marked either by the acceptation of traditional ways of being as well as by the contestation and subversion of gender borders in the curriculum. Thus, we discuss some types of subjectifications announced and revealed in the investigated school related with the production of heterosexual boys, little educated, public, and worker boys. We also discourse on their resistance, battles, and the other ways of being and behaving in school.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de AlagoasPrograma de Pós-Graduação em EducaçãoUFALBrasilCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAOEscolaSubjetivaçãoGêneroCurrículoSchoolSubjectificationGenderCurriculum“Oxe, eu sou macho, professor!” a escola e os processos de subjetivação dos meninos em um bairro de Maceió-AL“Geezze i’m a man, teacher!”: the school curriculum and the subjectification processes of boys in Maceió/ALinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal de Alagoas (UFAL)instname:Universidade Federal de Alagoas (UFAL)instacron:UFALORIGINAL"Oxe, eu sou macho, professor!" a escola e os processos de subjetivação dos meninos em um bairro de Maceió-AL.pdf"Oxe, eu sou macho, professor!" a escola e os processos de subjetivação dos meninos em um bairro de Maceió-AL.pdfapplication/pdf1043212http://www.repositorio.ufal.br/jspui/bitstream/riufal/6963/1/%22Oxe%2c%20eu%20sou%20macho%2c%20professor%21%22%20a%20escola%20e%20os%20processos%20de%20subjetiva%c3%a7%c3%a3o%20dos%20meninos%20em%20um%20bairro%20de%20Macei%c3%b3-AL.pdf6db253967f6adcf33dc5f5ca9c2ede60MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-8645http://www.repositorio.ufal.br/jspui/bitstream/riufal/6963/2/license.txt931131a51701649bfd4c169eea93f5f7MD52riufal/69632020-05-20 20:26:15.319oai:www.repositorio.ufal.br:riufal/6963VU5JVkVSU0lEQURFIEZFREVSQUwgREUgQUxBR09BUwoKUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZBTAoKVGVybW8gZGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyBwYXJhIGRpc3BvbmliaWxpemHDp8OjbyBkZSBNb25vZ3JhZmlhcyBkZSBHcmFkdWHDp8OjbyBlIEVzcGVjaWFsaXphw6fDo28gbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHV0aW9uYWwgZGEgVUZBTCAoUklVRkFMKQoKTmEgcXVhbGlkYWRlIGRlIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGRhIG1vbm9ncmFmaWEsIGF1dG9yaXpvIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgQWxhZ29hcyAoVUZBTCkgYSBkaXNwb25pYmlsaXphciBhdHJhdsOpcyBkbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRkFMLCBzZW0gcmVzc2FyY2ltZW50byBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIGRlIGFjb3JkbyBjb20gYSBMZWkgbsKwIDk2MTAvOTgsIG8gdGV4dG8gaW50ZWdyYWwgZGEgb2JyYSBzdWJtZXRpZGEgcGFyYSBmaW5zIGRlIGxlaXR1cmEsIGltcHJlc3PDo28gZS9vdSBkb3dubG9hZCwgYSB0w610dWxvIGRlIGRpdnVsZ2HDp8OjbyBkYSBwcm9kdcOnw6NvIGNpZW50w61maWNhIGJyYXNpbGVpcmEsIGEgcGFydGlyIGRhIGRhdGEgZGVzdGEgc3VibWlzc8Ojby4KRepositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufal.br/oai/requestri@sibi.ufal.bropendoar:46482020-05-20T20:26:15Repositório Institucional da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) - Universidade Federal de Alagoas (UFAL)false |
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