(cis)-Jasmona como indutor de resistencia em Vigna unguiculata (L.) Walp. (Fabaceae) para o Aphis craccivora Koch 1854 (HEMIPTERA: APHIDIDAE)

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Gutiérrez, Miguel Angel Martinez
• Orientador(a): Goulart, Henrique Fonseca
• Banca de defesa: Lima, Gaus Silvestre de Andrade , Costa, João Gomes da
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Alagoas
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Proteção de Plantas
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Feijão-caupi.; Compostos orgânicos; Semioquímicos; Elicitor; Compostos orgânicos voláteis; Antixenose; Antibioses; Cowpea; Semiochemicals; Volatile organic compounds
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS
• Link de acesso: http://www.repositorio.ufal.br/jspui/handle/123456789/7869

O feijão caupi, Vigna unguiculata (L.) Walp. (Fabaceae), é uma cultura importante e fornece alimentos nutritivos relativamente baratos para as populações com poucos recursos nos países em desenvolvimento. Um dos fatores limitantes para sua produção é o pulgão preto, Aphis Craccivora Koch 1854 (Hemíptera: Aphididae), responsável pela transmissão do vírus do mosaico (Cowpea aphid borne mosaic vírus), CABMV. Umas das ferramentas no manejo integrado dessa praga é o uso dos semioquímicos, variedades resistentes e os indutores de resistência os quais são métodos ambientalmente adequado para os agricultores. O trabalho teve como objetivo estudar os mecanismos de ação do indutor de resistência cis-Jasmona na ativação das vias de defesa do feijão caupi em plantas induzidas com CJ e submetidas a infestação com pulgão preto. Assim procurou-se identificar os COV’s de três genótipos de feijão-caupi usando o genótipo Vita 7 (susceptível), BRS-Guariba (resistente) e BR19 Gurgueia (tolerante ) nos tratamentos plantas sadias (testemunha), plantas tratadas com cis-Jasmona (CJ), plantas infestadas com pulgões (P) e plantas tratadas com cis-Jasmona mais pulgão (CJP), avaliar a atividade ou repelência dos COV’s frente ao pulgão e realizar o teste antibioses usando diferentes doses de cis-Jasmona. Os resultados obtidos neste projeto são: nas análises de CG/EM foi possível observar uma variação nas emissões dos COVs nas plantas tratadas com CJ e CJP. As plantas do tratamento CJ apresentaram a emissão dos compostos farnesol, β- cariofileno, 6-metil-5-hepten-2-ona, citronelal, sabineno, canfora e isomentol, esses compostos têm mostrado atividade repelente em outras culturas. Os COV ́s de todas as plantas foram submetidos às análises multivariadas onde foram observadas formações de 3 grupos, de acordo com a similaridade dos COV’s emitidos. No teste de livre escolha, os extratos das plantas testemunhas do genótipo BR19 Gurgueia foram atrativos aos insetos, enquanto os COVs liberados por esse genótipos após a infestação mostraram repelência para os insetos testados nos bioensaios. Os extratos das plantas Guariba e Gurgueia após a aplicação da cis-Jasmona foram significativamente repelentes ao pulgão preto. Nos testes de preferência sem chance de escolha as três doses de cis-Jasmona (50 g/ha, 75 g/ha, 100 g/ha) induziram resistência do tipo antibioses nas plantas do genótipo Vita 7 (susceptível) no teste de semicampo, sendo que a dose 75 g/ha apresentou menor número de insetos (adultos e ninfas) vivos, quando comparado com as outras doses e com as plantas do tratamento testemunha. Nossos resultados revelam que as plantas de feijão caupi induzidas com cis-Jasmona podem ativar os seus mecanismos de defesa contra o pulgão A. craccivora exercendo efeitos de resistências tipo antixenose e antibioses. Palavras-chave: Elicitor; feijão-caupi; semioquímicos; compostos orgânicos voláteis, antixenose, antibioses