Sistema prisional brasileiro no século XXI: segregação social e criminalização da pobreza
Ano de defesa: | 2020 |
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Universidade Federal de Alagoas
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Programa de Pós-Graduação em Serviço Social
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
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Resumo: | Esta pesquisa trata da história das prisões brasileiras como espaço de segregação social e criminalização da pobreza, tendo por objetivo desvelar a funcionalidade das prisões na sociedade capitalista como instrumento de controle social, repressão e vigilância das “classes subalternas” marginalizadas, refuncionalizada no contexto do Estado neoliberal. O estudo foi realizado mediante pesquisas bibliográfica e documental, utilizando como referencial teórico autores como Marx, Engles, Wacquant, Melossi, Pavarini, Lemos, Torres e Pastana, entre outros, com o intuito de compreender as casas de correção, desde o processo de acumulação primitiva às prisões modernas, como pena privativa de liberdade, controle penal do Estado para vigilância, contenção das pessoas marginalizadas, funcional para a reprodução das desigualdades sociais e a manutenção do capital. Desde sua origem, o cárcere expressa um instrumento coercitivo do Estado e funciona como suposta saída para o problema da criminalidade e da miséria. Esse fenômeno é presente, principalmente, nos países de capitalismo dependente como o Brasil, que ocupa a terceira posição no ranking em encarceramento em massa no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da China. A prisão é considerada uma instituição contraditória que se desenvolve junto à formação do sistema capitalista e aguça sua intervenção com o avanço desse modo de produção, concentrada sobremodo na população pobre “desviante” da ordem social que cometeu crimes contra a propriedade privada, a vida e ligados ao tráfico de drogas. O problema do encarceramento é o reverso do modelo neoliberal, marcado pela classe, raça e território. Essa onda seletiva e punitiva passa a ser consolidada por uma política criminal contraditória e excludente, em que a intensificação da força repressora do Estado recai na população pobre marginalizada. A prisão se revela funcional à ordem burguesa, daí a necessidade de se pensar numa sociedade sem prisão para pôr fim ao estado de barbárie no cárcere. |
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Dissertação (Mestrado em Serviço Social) – Faculdade de Serviço Social, Programa de Pós-Graduação em Serviço Social, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2020.http://www.repositorio.ufal.br/handle/riufal/7259Esta pesquisa trata da história das prisões brasileiras como espaço de segregação social e criminalização da pobreza, tendo por objetivo desvelar a funcionalidade das prisões na sociedade capitalista como instrumento de controle social, repressão e vigilância das “classes subalternas” marginalizadas, refuncionalizada no contexto do Estado neoliberal. O estudo foi realizado mediante pesquisas bibliográfica e documental, utilizando como referencial teórico autores como Marx, Engles, Wacquant, Melossi, Pavarini, Lemos, Torres e Pastana, entre outros, com o intuito de compreender as casas de correção, desde o processo de acumulação primitiva às prisões modernas, como pena privativa de liberdade, controle penal do Estado para vigilância, contenção das pessoas marginalizadas, funcional para a reprodução das desigualdades sociais e a manutenção do capital. Desde sua origem, o cárcere expressa um instrumento coercitivo do Estado e funciona como suposta saída para o problema da criminalidade e da miséria. Esse fenômeno é presente, principalmente, nos países de capitalismo dependente como o Brasil, que ocupa a terceira posição no ranking em encarceramento em massa no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da China. A prisão é considerada uma instituição contraditória que se desenvolve junto à formação do sistema capitalista e aguça sua intervenção com o avanço desse modo de produção, concentrada sobremodo na população pobre “desviante” da ordem social que cometeu crimes contra a propriedade privada, a vida e ligados ao tráfico de drogas. O problema do encarceramento é o reverso do modelo neoliberal, marcado pela classe, raça e território. Essa onda seletiva e punitiva passa a ser consolidada por uma política criminal contraditória e excludente, em que a intensificação da força repressora do Estado recai na população pobre marginalizada. A prisão se revela funcional à ordem burguesa, daí a necessidade de se pensar numa sociedade sem prisão para pôr fim ao estado de barbárie no cárcere.This research deals with the history of Brazilian prisons as a space for social segregation and criminalization of poverty, aiming to reveal the functionality of prisons in capitalist society as an instrument of social control, repression and surveillance of marginalized “subaltern classes”, refunctionalized in the context of the State neoliberal. The study was carried out through bibliographic and documentary research, using as theoretical reference authors such as Marx, Engles, Wacquant, Melossi, Pavarini, Lemos, Torres and Pastana, among others, in order to understand the correction houses, since the accumulation process primitive to modern prisons, such as deprivation of liberty, criminal control of the state for surveillance, containment of marginalized people, functional for reproducing social inequalities and maintaining capital. Since its inception, prison has been a coercive instrument of the State and functions as a supposed solution to the problem of crime and misery. This phenomenon is present mainly in countries with dependent capitalism such as Brazil, which occupies the third position in the ranking in mass incarceration in the world, behind only the United States and China. The prison is considered a contradictory institution that develops along with the formation of the capitalist system and sharpens its intervention with the advancement of this mode of production, particularly concentrated on the poor population “deviant” from the social order that committed crimes against private property, life and linked to drug trafficking. The problem of incarceration is the reverse of the neoliberal model, marked by class, race and territory. This selective and punitive wave is now consolidated by a contradictory and exclusive criminal policy, in which the intensification of the repressive force of the State falls on the marginalized poor population. The prison proves to be functional to the bourgeois order, hence the need to think of a society without prison to end the state of barbarism in prison.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de AlagoasPrograma de Pós-Graduação em Serviço SocialUFALBrasilCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::SERVICO SOCIALSistema prisional – BrasilPobreza – CriminalizaçãoEstadoPrison systemCriminalization of povertyStateSistema prisional brasileiro no século XXI: segregação social e criminalização da pobrezaBrazilian prison system in the 21st century: social segregation and criminalization of povertyinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal de Alagoas (UFAL)instname:Universidade Federal de Alagoas (UFAL)instacron:UFALORIGINALSistema prisional brasileiro no século XXI segregação social e criminalização da pobreza.pdfSistema prisional brasileiro no século XXI segregação social e criminalização da pobreza.pdfapplication/pdf1142822http://www.repositorio.ufal.br/jspui/bitstream/riufal/7259/3/Sistema%20prisional%20brasileiro%20no%20s%c3%a9culo%20XXI%20segrega%c3%a7%c3%a3o%20social%20e%20criminaliza%c3%a7%c3%a3o%20da%20pobreza.pdf848ae49fe7202c268db064c39065683cMD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-8645http://www.repositorio.ufal.br/jspui/bitstream/riufal/7259/2/license.txt931131a51701649bfd4c169eea93f5f7MD52riufal/72592020-10-16 02:34:58.369oai:www.repositorio.ufal.br:riufal/7259VU5JVkVSU0lEQURFIEZFREVSQUwgREUgQUxBR09BUwoKUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZBTAoKVGVybW8gZGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyBwYXJhIGRpc3BvbmliaWxpemHDp8OjbyBkZSBNb25vZ3JhZmlhcyBkZSBHcmFkdWHDp8OjbyBlIEVzcGVjaWFsaXphw6fDo28gbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHV0aW9uYWwgZGEgVUZBTCAoUklVRkFMKQoKTmEgcXVhbGlkYWRlIGRlIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGRhIG1vbm9ncmFmaWEsIGF1dG9yaXpvIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgQWxhZ29hcyAoVUZBTCkgYSBkaXNwb25pYmlsaXphciBhdHJhdsOpcyBkbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRkFMLCBzZW0gcmVzc2FyY2ltZW50byBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIGRlIGFjb3JkbyBjb20gYSBMZWkgbsKwIDk2MTAvOTgsIG8gdGV4dG8gaW50ZWdyYWwgZGEgb2JyYSBzdWJtZXRpZGEgcGFyYSBmaW5zIGRlIGxlaXR1cmEsIGltcHJlc3PDo28gZS9vdSBkb3dubG9hZCwgYSB0w610dWxvIGRlIGRpdnVsZ2HDp8OjbyBkYSBwcm9kdcOnw6NvIGNpZW50w61maWNhIGJyYXNpbGVpcmEsIGEgcGFydGlyIGRhIGRhdGEgZGVzdGEgc3VibWlzc8Ojby4KRepositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufal.br/oai/requestri@sibi.ufal.bropendoar:46482020-10-16T02:34:58Repositório Institucional da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) - Universidade Federal de Alagoas (UFAL)false |
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