Terceirização: novas normas, velhas raízes da exploração e controle do trabalho pelo capital

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Santos, Maryanna Lins de Oliveira lattes
Orientador(a): Souza, Reivan Marinho de lattes
Banca de defesa: Holanda, Maria Norma Alcântar Brandão de lattes, Silva, Sóstenes Ericson Vicente da lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Alagoas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Serviço Social
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufal.br/handle/riufal/1579
Resumo: O presente estudo analisa o fenômeno da terceirização no contexto da reestruturação produtiva contemporânea, a fim de desmistificar a falácia produzida socialmente pelo mercado de que a terceirização propicia mais oportunidades de empregos e a possibilidade de os trabalhadores se tornarem empreendedores. Também procura desvendar como esse fenômeno produz alterações significativas nas relações de trabalho que precarizam as condições de trabalho, desregulamentam direitos, fragilizam vínculos empregatícios e intensificam a exploração do trabalho. Com referência nos pressupostos marxianos, foi realizada uma pesquisa, de natureza bibliográfica, que propiciou apreender a particularidade do fenômeno da terceirização articulado às determinações mais gerais do desenvolvimento capitalista na contemporaneidade. O pressuposto da pesquisa é que os processos de terceirização se generalizam com a reestruturação produtiva como um dos mecanismos de controle capitalista no que se refere à gestão do trabalho, em resposta à crise estrutural dos anos 1970, não só para minimizar os efeitos do desemprego estrutural, mas principalmente para reduzir os custos de reprodução do capital, alterar relações de trabalho e tornar os trabalhadores mais subordinados à relação capital. Também se considera que os processos de terceirização têm suas origens nas primeiras expressões do trabalho domiciliar, durante a consolidação da grande indústria, no período do capitalismo concorrencial, denominado por Marx de “departamento externo da fábrica”. O estudo realizado constata que a terceirização é um fenômeno mundial que atinge tanto os países da economia central como os países periféricos. Provoca modificações substantivas na gestão do trabalho, atingindo inicialmente a contratação de trabalhadores na esfera de serviços, e depois se estende para os trabalhadores inseridos nos segmentos produtivos industriais. E na atualidade, no Brasil em particular, atinge a maior parte das empresas nos diversos setores da economia, entre eles metalurgia, setor bancário, setor portuário, indústria química, setor petrolífero, comércio/serviços e o setor público, tanto aqueles trabalhos menos qualificados quanto os mais qualificados. Observa-se, por fim, que, embora a terceirização seja um fenômeno considerado “novo” no capitalismo, ela repõe práticas arcaicas de controle capitalista que ampliam as formas de subordinação do trabalho. Isto ocorre porque as empresas terceirizadas incrementam relações de trabalho mediante variadas formas de subcontratação que intensificam a exploração do tempo de trabalho, ampliam os agravos à saúde e à segurança no trabalho, fragilizam subjetivamente os trabalhadores pela ameaça contínua do desemprego devido aos vínculos temporários, flexibilizam direitos trabalhistas, precarizam as condições de trabalho, ameaçam a organização sindical e contribuem para a perda do sentido de pertencimento de classe, além de enfraquecer a luta política dos trabalhadores.
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Dissertação (Mestrado em Serviço Social) - Faculdade de Serviço Social, Programa de Pós-Graduação em Serviço Social, Universidade Federal de Alagoas, Maceió, 2016.http://www.repositorio.ufal.br/handle/riufal/1579O presente estudo analisa o fenômeno da terceirização no contexto da reestruturação produtiva contemporânea, a fim de desmistificar a falácia produzida socialmente pelo mercado de que a terceirização propicia mais oportunidades de empregos e a possibilidade de os trabalhadores se tornarem empreendedores. Também procura desvendar como esse fenômeno produz alterações significativas nas relações de trabalho que precarizam as condições de trabalho, desregulamentam direitos, fragilizam vínculos empregatícios e intensificam a exploração do trabalho. Com referência nos pressupostos marxianos, foi realizada uma pesquisa, de natureza bibliográfica, que propiciou apreender a particularidade do fenômeno da terceirização articulado às determinações mais gerais do desenvolvimento capitalista na contemporaneidade. O pressuposto da pesquisa é que os processos de terceirização se generalizam com a reestruturação produtiva como um dos mecanismos de controle capitalista no que se refere à gestão do trabalho, em resposta à crise estrutural dos anos 1970, não só para minimizar os efeitos do desemprego estrutural, mas principalmente para reduzir os custos de reprodução do capital, alterar relações de trabalho e tornar os trabalhadores mais subordinados à relação capital. Também se considera que os processos de terceirização têm suas origens nas primeiras expressões do trabalho domiciliar, durante a consolidação da grande indústria, no período do capitalismo concorrencial, denominado por Marx de “departamento externo da fábrica”. O estudo realizado constata que a terceirização é um fenômeno mundial que atinge tanto os países da economia central como os países periféricos. Provoca modificações substantivas na gestão do trabalho, atingindo inicialmente a contratação de trabalhadores na esfera de serviços, e depois se estende para os trabalhadores inseridos nos segmentos produtivos industriais. E na atualidade, no Brasil em particular, atinge a maior parte das empresas nos diversos setores da economia, entre eles metalurgia, setor bancário, setor portuário, indústria química, setor petrolífero, comércio/serviços e o setor público, tanto aqueles trabalhos menos qualificados quanto os mais qualificados. Observa-se, por fim, que, embora a terceirização seja um fenômeno considerado “novo” no capitalismo, ela repõe práticas arcaicas de controle capitalista que ampliam as formas de subordinação do trabalho. Isto ocorre porque as empresas terceirizadas incrementam relações de trabalho mediante variadas formas de subcontratação que intensificam a exploração do tempo de trabalho, ampliam os agravos à saúde e à segurança no trabalho, fragilizam subjetivamente os trabalhadores pela ameaça contínua do desemprego devido aos vínculos temporários, flexibilizam direitos trabalhistas, precarizam as condições de trabalho, ameaçam a organização sindical e contribuem para a perda do sentido de pertencimento de classe, além de enfraquecer a luta política dos trabalhadores.The present study analyze the phenomenon of outsourcing in the context of contemporary productive restructuring, in order to demystify the fallacy produced socially by outsourcing market provides more opportunities for jobs and the possibility to workers become achievers. Also search to unravel how this phenomenon produces significant changes in employment relationships that make precarious working conditions, become rights no regular, contracts and bonds weakened intensify the work’s exploration. With reference in the foundations of Mark’s social theory, was held a search, bibliographic in nature, which allowed seizing the particularity of the phenomenon of outsourcing to more general determinations of articulated capitalist development in contemporary times. The premise of the research is that outsourcing process with productive restructuring generalize as a capitalist control mechanisms with regard to the management of in response to the structural crisis in 1970s, not only to minimize the effects of structural unemployment, but mainly to reduce the costs of reproductions of capital, change working relationships and make workers more subject to capital ratio. Also believes that the outsourcing processes have their origins in the earliest expressions of the chores, during the consolidation of the major industry in the period of competitive capitalism, Marx called “external department of the factory”. The study notes that outsourcing is a global phenomenon that affects both the countries of the central economy as peripheral countries. Causes changes in the management of the substantive work, reaching initially to hire workers in the sphere of services, and then extends to the workers inserted in industrial production. And today, in Brazil in particular, reaches the majority of companies in various sectors of the economy, including metallurgy, banking, port sector, chemical and petroleum industry, trade/services and the public sector, both those low-skilled jobs as the most qualified. It’s observed that although outsourcing is a phenomenon considered “new” in capitalism, he replaces archaic practices of capitalism control that extend the forms of subordination of the work. This is because the contractors increase working relationships through various forms of subcontracting that intensify the exploration of working time, extend the harms to health and safety at work, weakened by continuous threat workers subjectively unemployment due to temporary, flexible labor right links, makes precarious working conditions, threatening the Union Organization and contribute to the loss of the sense of belonging of class, in addition to weakening the political struggle of the workers.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de AlagoasPrograma de Pós-Graduação em Serviço SocialUFALBrasilCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::SERVICO SOCIALTerceirizaçãoTrabalhoControleExploraçãoFlexibilizaçãoCapitalismoOutsourcingWorkExplorationFlexibilityTerceirização: novas normas, velhas raízes da exploração e controle do trabalho pelo capitalOutsourcing: new forms, old roots of exploration and control of labour by capitalisminfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal de Alagoas (UFAL)instname:Universidade Federal de Alagoas (UFAL)instacron:UFALORIGINALTerceirização - novas normas, velhas raízes da exploração e controle do trabalho pelo capital.pdfTerceirização - novas normas, velhas raízes da exploração e controle do trabalho pelo capital.pdfapplication/pdf1201242http://www.repositorio.ufal.br/jspui/bitstream/riufal/1579/1/Terceiriza%c3%a7%c3%a3o%20-%20novas%20normas%2c%20velhas%20ra%c3%adzes%20da%20explora%c3%a7%c3%a3o%20e%20controle%20do%20trabalho%20pelo%20capital.pdf345e7ee2c485410f8e2ad3d50ea9fb97MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866http://www.repositorio.ufal.br/jspui/bitstream/riufal/1579/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52riufal/15792018-11-28 20:11:55.394oai:www.repositorio.ufal.br:riufal/1579TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufal.br/oai/requestri@sibi.ufal.bropendoar:46482018-11-28T20:11:55Repositório Institucional da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) - Universidade Federal de Alagoas (UFAL)false
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