Estudo feromonal, perfil cuticular e preferência alimentar de Thyrinteina arnobia (Stoll, 1782) (lepidoptera geometridae) em diferentes hospedeiros

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Almeida, Camila Alexandre Cavalcante de
• Orientador(a): Breda, Mariana Oliveira
• Banca de defesa: Lima, Maurício Silva de , Costa, João Gomes
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Alagoas
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Proteção de Plantas
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Lagarta desfolhadora; Antixenose; Compostos orgânicos voláteis; Manejo Integrado de Pragas Florestais; Defoliating caterpillar; Antixenosis; Volatile organic compounds; Forest Integrated Pest Management
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS
• Link de acesso: http://www.repositorio.ufal.br/handle/riufal/7015

Com a consolidação da eucaliptocultura no Brasil, o ataque de insetos fitófagos vem adquirindo relevante importância econômica, podendo gerar perdas significativas de produção. Dentre eles, destaca-se a lagarta parda do eucalipto, Thyrinteina arnobia (Stoll, 1782) (Lepidoptera: Geometridae), considerada como a principal praga desfolhadora de Eucalyptus spp. no país. Assim, o presente estudo teve como objetivo a verificação dos processos envolvidos na interação praga-hospedeiro a partir da caracterização do perfil cuticular e preferência alimentar de T. arnobia sobre diferentes hospedeiros e a prospecção de substâncias feromonais de T. arnobia através do isolamento e identificação estrutural, afim de contribuir como componente básico para o desenvolvimento do Manejo Integrado de Pragas Florestais (MIP Floresta). Em testes de consumo alimentar, sem chance de escolha, observou-se maior consumo do clone VE 41 e do hospedeiro nativo goiaba (Psidium guajava L.). A avaliação do consumo alimentar, com chance de escolha, utilizando clones de E. urograndis e goiaba, não mostrou diferença significativa o que pode comprovar adaptação de T. arnobia tanto ao seu hospedeiro nativo quanto exótico. Em teste utilizando os diferentes clones de E. urograndis, o clone I 144 mostrou uma tendência de menor preferência alimentar, sendo consumido inicialmente somente após 48h. Em perfil químico cuticular, comparando os Índices de Kovats (IK) de galhos e lagartas em goiaba e E. urograndis, foi possível observar um total de 9 compostos em comum entre galhos de goiaba e lagartas de T. arnobia e apenas 1 composto em comum quando comparada ao perfil químico dos galhos de E. urograndis. Para o estudo feromonal, os extratos cuticulares de asas e pernas de fêmeas e machos de T. arnobia não se mostraram biologicamente ativo frente a antenas de machos. Em extratos de glândulas abdominais de fêmeas de T. arnobia foram verificados 12 compostos químicos em cromatografia gasosa acoplada a Espectrometria de massas (CG-EM), sendo 9,12- octadecadienol chlorido e ácido hexadecanoico (ácido palmítico) os componentes majoritários, obtendo resposta significativa quando colocados frente a antenas de machos, via método de eletroantenografia do tipo “puff”. Os resultados obtidos são pioneiros para o desenvolvimento de estratégias de controle comportamental no Manejo Integrado de Pragas Florestais (MIP Florestas) no estado de Alagoas.