Ministério arte e vida: reflexões teóricas e etnográficas sobre arte e religião na sede das Assembleias de Deus em Maceió – AL

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Galvão, Thais Santana
• Orientador(a): Rechenberg, Fernanda
• Banca de defesa: Marques, Delcídes , Martins, Sílvia Aguiar Carneiro
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Alagoas
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Assembleia de Deus- Maceió (AL); Teatro; Arte; Religião; Assembly of God; Theater; Art; Religion
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::ANTROPOLOGIA
• Link de acesso: http://www.repositorio.ufal.br/jspui/handle/123456789/7850

Este trabalho consiste em uma etnografia que visa o alargamento do entendimento pentecostal no que diz respeito às tensões estabelecidas entre arte e religião através do ministério de teatro arte e vida. O trabalho de campo foi realizado durante 2018 e 2019, onde estive presente nas atividades da Sede das Assembleias de Deus em Alagoas acompanhando cultos, ensaios e atividades relativas à mocidade da igreja, e a escrita da dissertação fora realizada durante o ano de 2019 e início de 2020. A dissertação tem por objetivo compreender como os jovens da Assembleia de Deus do Farol ou Sede das Assembleias de Deus em Alagoas negociam as tensões existentes entre arte e religião através da existência do ministério arte e vida. Para tanto, é realizado uma investigação que trilha caminhos sinuosos, afim de utilizar e transpor teorias importantes das ciências sociais, afim de se possibilitar uma nova “forma de ver” o campo estudado. São utilizadas teorias de trajetórias de vida, para dar nortear o caminho epistemológico, pois é através da vida de alguns integrantes do ministério arte e vida que se pode compreender como a teoria das “esferas”, que separa a arte e a religião, é, de certa forma, superada e vivida pelos interlocutores. Posteriormente, considera-se quatro pilares que sustentam as vivências dos interlocutores frente à igreja: em primeiro lugar, os aspetos teológicos em relação à construção da identidade pentecostal; em segundo lugar, as negociações entre os “jovens” e os “mais velhos”, marcando os conflitos geracionais; Em terceiro lugar, o conceito de habitus, nos é importante para compreender como as trajetórias de vida contribuem para a construção de tensões em torno da arte e religião por parte dos interlocutores e os “mais velhos”; por fim, as contribuições que o conceito de ethos que revelam a construção de uma identidade pentecostal que difere do que se chama de neopentecostalizão da Assembleia de Deus, fazendo com que os três pilares anteriores se reorganizem à medida que a identidade da Assembleia de Deus é buscada e recuperada. Por fim, noções de ritual são utilizadas, em prol de uma melhor compreensão de como as sociabilidades são renegociadas e estabilizadas dentro do ambiente religioso através das peças de teatro do ministério arte e vida.