Vozes emergentes: uma leitura do romance "Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra", de Mia Couto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Santos, José Benedito dos
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/8412446490905383
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Humanas e Letras
BR
UFAM
Programa de Pós-graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/2380
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo analisar as vozes emergentes da cultura de matriz iorubá e banta no romance Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra (2003), especificamente analisar a recriação de alguns mitos africanos nessa obra de Mia Couto, por meio do dialogismo entre os mitos criados pelos povos de língua iorubá e banta e aqueles cultuados pelas personagens ficcionais de Mia Couto, especialmente nos aspectos ritualísticos e nos meios adotados para a transmissão da tradição oral. No primeiro capítulo, realiza-se breve contextualização de Moçambique no regime colonial português, mas também faz-se uma reflexão sobre a atuação da crítica literária representante da colônia portuguesa, no período de 1959 a 1974, procurando compreender por meio dela, a importância dos escritores de Moçambique na construção dessa literatura. Realiza-se também uma discussão sobre a importância de Mia Couto para a literatura moçambicana. No segundo capítulo, discorre-se sobre o lugar social ocupado pelas mulheres moçambicanas na sociedade pós-colonial. No terceiro e último capítulo, que constitui o âmago desta dissertação, analisa-se a recriação de alguns mitos dos povos iorubás e bantos, argumentando que a obra de Mia Couto defende o hibridismo cultural e que, desta forma, os mitos são reelaborados como estratégia literária na construção da identidade moçambicana. Além disso, a interação dos elementos da tradição africana com a modernidade, realizada por Mia Couto em toda a sua obra, sugere que a construção do futuro de Moçambique deve privilegiar o diálogo, doloroso, mas, necessário, entre o presente e o passado, isto é, os valores e saberes herdados de um passado mítico, que os cultos aos antepassados transmitem aos vivos, a sabedoria e as leis para a obtenção da coesão social. O quadro teórico está baseado nas concepções de Henri Junod em sua obra Usos e costumes dos bantos: a vida duma tribo do sul da África (1974), em que o autor realiza uma vasta pesquisa sobre a cultura banta. Nas obras Orixás (1980), de Pierre Verger; Mito e realidade (1998), de Mircea Eliade e, finalmente, Mitologia dos orixás (2002), de Reginaldo Prandi, as quais tratam dos mitos criados pelos povos de língua ioruba, complementadas por outras obras necessárias ao respaldo dos argumentos desenvolvidos nesta investigação. Destaca-se que as culturas de matriz iorubá e banta estão articuladas na narrativa objeto desta pesquisa: a tradição de contar histórias, os rituais africanos, o respeito pela família, pela tradição, pelos mais velhos e pelos mortos, bem como os mitos recriados. Assim, Mia Couto, através de narradores autóctones, almeja restituir ―a voz negada e o rosto desfigurado‖ dessas mulheres e homens para a história da literatura africana contemporânea escrita em língua portuguesa. Neste sentido, as obras de Mia Couto interessam aos estudos culturais e literários porque trazem as vozes silenciadas para o espaço enunciativo do referido romance para contarem as suas histórias e as histórias daqueles que também vivem sob o domínio do silêncio, em Moçambique pós-colonial.
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spelling Vozes emergentes: uma leitura do romance "Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra", de Mia CoutoMia CoutoLiteratura Africana de Língua PortuguesaMitosNarrativas.Mia CoutoAfrican Literature of Portuguese LanguageMythsNarrativeLINGUÍSTICA, LETRAS E ARTES: LETRASO presente trabalho tem como objetivo analisar as vozes emergentes da cultura de matriz iorubá e banta no romance Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra (2003), especificamente analisar a recriação de alguns mitos africanos nessa obra de Mia Couto, por meio do dialogismo entre os mitos criados pelos povos de língua iorubá e banta e aqueles cultuados pelas personagens ficcionais de Mia Couto, especialmente nos aspectos ritualísticos e nos meios adotados para a transmissão da tradição oral. No primeiro capítulo, realiza-se breve contextualização de Moçambique no regime colonial português, mas também faz-se uma reflexão sobre a atuação da crítica literária representante da colônia portuguesa, no período de 1959 a 1974, procurando compreender por meio dela, a importância dos escritores de Moçambique na construção dessa literatura. Realiza-se também uma discussão sobre a importância de Mia Couto para a literatura moçambicana. No segundo capítulo, discorre-se sobre o lugar social ocupado pelas mulheres moçambicanas na sociedade pós-colonial. No terceiro e último capítulo, que constitui o âmago desta dissertação, analisa-se a recriação de alguns mitos dos povos iorubás e bantos, argumentando que a obra de Mia Couto defende o hibridismo cultural e que, desta forma, os mitos são reelaborados como estratégia literária na construção da identidade moçambicana. Além disso, a interação dos elementos da tradição africana com a modernidade, realizada por Mia Couto em toda a sua obra, sugere que a construção do futuro de Moçambique deve privilegiar o diálogo, doloroso, mas, necessário, entre o presente e o passado, isto é, os valores e saberes herdados de um passado mítico, que os cultos aos antepassados transmitem aos vivos, a sabedoria e as leis para a obtenção da coesão social. O quadro teórico está baseado nas concepções de Henri Junod em sua obra Usos e costumes dos bantos: a vida duma tribo do sul da África (1974), em que o autor realiza uma vasta pesquisa sobre a cultura banta. Nas obras Orixás (1980), de Pierre Verger; Mito e realidade (1998), de Mircea Eliade e, finalmente, Mitologia dos orixás (2002), de Reginaldo Prandi, as quais tratam dos mitos criados pelos povos de língua ioruba, complementadas por outras obras necessárias ao respaldo dos argumentos desenvolvidos nesta investigação. Destaca-se que as culturas de matriz iorubá e banta estão articuladas na narrativa objeto desta pesquisa: a tradição de contar histórias, os rituais africanos, o respeito pela família, pela tradição, pelos mais velhos e pelos mortos, bem como os mitos recriados. Assim, Mia Couto, através de narradores autóctones, almeja restituir ―a voz negada e o rosto desfigurado‖ dessas mulheres e homens para a história da literatura africana contemporânea escrita em língua portuguesa. Neste sentido, as obras de Mia Couto interessam aos estudos culturais e literários porque trazem as vozes silenciadas para o espaço enunciativo do referido romance para contarem as suas histórias e as histórias daqueles que também vivem sob o domínio do silêncio, em Moçambique pós-colonial.This assignment has as object to analyse the voices that come up on culture of Yoruba and Bantu matrix on the novel Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra (2003) (a River Called Time, a home called earth), specifically analysing the recreation of some African myths on this Mia Couto s novel, through the dialogues between the myths created by the people of Yoruba and Bantu language, and those worshiped by Mia Couto s fictitious characters, especially in ritualistic aspects and the means used on transmission of oral tradition. In chapter one, there is a short concept of Mozambique under Portuguese colonial regime. There is also a reflexion about the role of literary critics that represent this Portuguese colony, between 1959 and 1974, trying to understand through this reflexion the importance of these Mozambican novelists on the building of this literature. There is an argument for about the importance of Mia Couto to Mozambican literature. In chapter two, it is spoken about the social place of Mozambican women on post-colonial society. In chapter three, the last one, which is the core of this assignment, it is analysed the recreation of some myths of Yoruba and Bantu people, defending the thesis that Mia Couto s novel is in favour of cultural hybridism and in this way these myths are reshaped as a literary strategy on the building of Mozambican identity. Besides, the interaction between the elements of African tradition and modernity made by Mia Couto throughout his novel, suggests that the construction of Mozambique future must give importance to the dialogue, painful but necessary, between the present and the past, i.e. the values and knowledge got from a mythic past, the worship to our ancestors that pass to the living the knowledge and laws to get a social junction. The theoretical argument is based on Henri Junod s concepts in his novel Usos e costumes dos bantos: a vida duma tribo do sul da África (1974), (the customs of the Bantus: a day in the life of a South African tribe), where the author makes a vast search about the Bantu culture. On the novels Orixás (1980) by Pierre Verger, Mito e realidade (1998) (Myth and Truth) by Mircea Eliade and, finally Mitologia dos Orixás (2002) (Mythology of Orixas) by Reginaldo Prandi, which are about the myths created by the people of Yoruba language supplemented by other works needed to back up the arguments developed on this assignment. It is highlighted that the cultures of Yoruba and Bantu matrix are articulated in the narrative of this novel: the tradition of storytelling, African rituals, respect for the family, for tradition, for our elders and dead, and recreated myths too. So, Mia Couto, through native narrators, longs for the restoring of ―the denied voice and the disfigured face‖ of these women and men in the history of contemporary African literature in Portuguese. Therefore, Mia Couto s works are of interest to cultural and literary studies because they bring the silenced voices to the written space of this novel, to tell their stories and the stories of those who live under the domain of silence, in post-colonial Mozambique.Universidade Federal do AmazonasInstituto de Ciências Humanas e LetrasBRUFAMPrograma de Pós-graduação em LetrasOliveira, Rita do Perpétuo Socorro Barbosa deSantos, José Benedito doshttp://lattes.cnpq.br/84124464909053832015-04-11T13:49:05Z2013-10-312013-03-12info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfSANTOS, José Benedito dos. Vozes emergentes: uma leitura do romance "Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra", de Mia Couto. 2013. 186 f. Dissertação (Mestrado em Letras) - Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2013.http://tede.ufam.edu.br/handle/tede/2380porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAMinstname:Universidade Federal do Amazonas (UFAM)instacron:UFAM2016-05-12T17:28:27Zoai:https://tede.ufam.edu.br/handle/:tede/2380Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://200.129.163.131:8080/PUBhttp://200.129.163.131:8080/oai/requestddbc@ufam.edu.br||ddbc@ufam.edu.bropendoar:65922016-05-12T17:28:27Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM - Universidade Federal do Amazonas (UFAM)false
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