Violência interpessoal entre escolares de Fortaleza: análise situacional de vítimas, agressores e observadores.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Nobre, Caroline Soares
Orientador(a): Noronha, Ceci Vilar
Banca de defesa: Esperidião, Monique Azevedo, Ristum, Marilena, Carvalho, Rosely Cabral de, Vieira, Luiza Jane Eyre de Souza
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduação em Saúde Coletiva
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29019
Resumo: Na sociedade contemporânea, a violência interpessoal tem um destacado papel ante aos problemas sociais e de saúde pública. No ambiente escolar, crianças/adolescentes vêm se confrontando com atos de agressão que afetam o seu bem-estar e o desempenho esperado. Na modernidade, a infância está diretamente relacionada a este ambiente, o qual é o centro da experiência formativa. Este estudo utilizou como fundamento teórico o modelo ecológico, no qual a violência no âmbito escolar deve ser reconhecida como um problema multifacetado e que exige para sua superação uma variedade de estratégias dirigidas ao nível individual, familiar, escolar e social. Em termos metodológicos, esta pesquisa foi delineada para identificar e mensurar atos de violência entre escolares em Fortaleza, por meio de inquérito populacional das crianças de 10 e 11 anos, cursando 5º e 6º anos do ensino público. Calculou-se uma amostra aleatória por conglomerados, com a seleção de 30 escolas e 783 alunos em um universo de 22.858 crianças, distribuídas em 257 escolas públicas de ensino fundamental. Para a coleta de dados foi utilizado questionário fechado, anônimo e autopreenchível com 64 questões. Os achados mostraram alta prevalência de comportamentos violentos entre pares, sejam eles vítimas, agressores, testemunhas, agressores/vítimas, agressores/testemunhas ou vítimas /testemunhas. As características individuais não apresentaram diferença estatística entre os perfis citados, exceto a satisfação com a imagem corporal que pode atuar como fator de proteção/risco para ser agressor ou testemunha. A violência virtual esteve presente neste estudo, ainda que de modo incipiente e pode aludir acerca dos riscos presentes na inserção deste fenômeno ainda em uma faixa etária tão jovem. Os programas de prevenção à violência e Programa Saúde na Escola têm baixa frequência entre as escolas, onde sua existência ou não, esteve associada a ser ou não vítima e agressor. O gênero feminino se colocou em posição igualitária ao masculino no que se refere aos atos de violência interpessoal. As meninas afirmaram tomar atitudes violentas em sua maioria contra outras meninas, o que consideram como “brincadeiras”. Com as mudanças contemporâneas, a família e suas práticas educativas, estiveram mais associadas aos comportamentos de agressor ou vítima do que as próprias características familiares. As evidências deixam perceber que as crianças vivem um baixo nível de tolerância entre pares na convivência escolar, onde o contexto familiar “forte”, baseado em valores cidadãos e em relações dialógicas, é capaz de impactar, de modo positivo, nas relações entre pares, de modo a reduzir ainfluência dos níveis contextuais mais distais sobre o comportamento infantil. Ademais, verifica-se que a influência é mútua entre os níveis, em escalas de poder diferentes, levando as particularidades de cada região e/ou escola, em consideração na adaptação das intervenções à realidade local. Pode-se dizer que esta pesquisa auxilia na desconstrução da linearidade nas relações entre os níveis contextuais do modelo ecológico e o comportamento infantil agressivo. Ademais, a internalização da violência na sociedade é um ponto que necessita ganhar mais espaço de discussão no âmbito intersetorial, de modo que o crescimento desse fenômeno seja tratado à altura da sua complexidade.
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Em termos metodológicos, esta pesquisa foi delineada para identificar e mensurar atos de violência entre escolares em Fortaleza, por meio de inquérito populacional das crianças de 10 e 11 anos, cursando 5º e 6º anos do ensino público. Calculou-se uma amostra aleatória por conglomerados, com a seleção de 30 escolas e 783 alunos em um universo de 22.858 crianças, distribuídas em 257 escolas públicas de ensino fundamental. Para a coleta de dados foi utilizado questionário fechado, anônimo e autopreenchível com 64 questões. Os achados mostraram alta prevalência de comportamentos violentos entre pares, sejam eles vítimas, agressores, testemunhas, agressores/vítimas, agressores/testemunhas ou vítimas /testemunhas. As características individuais não apresentaram diferença estatística entre os perfis citados, exceto a satisfação com a imagem corporal que pode atuar como fator de proteção/risco para ser agressor ou testemunha. 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