Efeitos da implantação dos Centros Atenção Psicossocial sobre as hospitalizações psiquiátricas de adolescentes e jovens por transtornos devidos ao uso de substâncias psicoativas no Brasil.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Conceição, Déborah Santos lattes
Orientador(a): Santos, Darci Neves dos
Banca de defesa: Santos, Darci Neves dos, Pereira, Rosana Aquino Guimarães, Ramos, Dandara de Oliveira, Paula, Cristiane Silvestre de, Couto, Maria Cristina Ventura
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia. Instituto de Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC-ISC)
Departamento: Instituto de Saúde Coletiva - ISC
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37856
Resumo: Os transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de substâncias psicoativas (SPA) estão entre as principais causas e fatores de risco para carga de doença e incapacidade em todo o mundo, com impacto crescente entre a população de 10 a 24 anos. No Brasil, a partir dos anos 2000, a assistência em saúde para pessoas com necessidades relacionadas ao uso de SPA foi incluída na política de saúde mental, passando a priorizar a oferta de cuidado em dispositivos de base comunitária e reinserção social do indivíduo, articulando-se numa rede de serviços substitutivos à atenção restrita aos espaços hospitalares e asilares. Todavia, o cuidado a população infantojuvenil com necessidades relacionadas ao uso de SPA permanece como ponto crítico da atenção psicossocial. Esta tese objetivou analisar a evolução e efeitos da cobertura dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) sobre as hospitalizações de adolescentes e jovens por transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso SPA no Brasil, sendo construída no formato de três artigos. Os artigos 1 e 2 consistiram na descrição e análise das hospitalizações e coberturas por CAPS, respectivamente, realizando-se análise de tendência temporal, buscando identificar possíveis pontos de inflexão e estimar suas variações percentuais, com uso do modelo de regressão segmentada. No artigo 1, verificou-se que as hospitalizações por transtornos devidos ao uso SPA representaram 35,1% das hospitalizações por todos os Transtornos Mentais e Comportamentais (TMC) do período, com maior frequência de registros de indivíduos do sexo masculino (80,2%), pessoas entre 20 e 24 anos (61,5%) e raça/ cor da pele Branca (35,4%). Os transtornos devidos ao uso de múltiplas SPA foram a principal causa de hospitalização (60,3%) e a maioria ocorreu em Hospitais Psiquiátricos (64,1%). A taxa nacional de hospitalização foi de 32,2/100 mil habitantes, em 2006, e 34,0/100 mil habitantes, em 2018, com variação percentual anual média (AAPC) de 0,2% (IC95% -2,0; 2,5). Verificou-se redução anual média de 4,6% (IC95% -8,7; -0,4) nas taxas de hospitalização por uso de álcool e estabilidade para as demais SPA, aumento anual médio de 7,5% (IC95% 5,9;9,2) nas taxas de hospitalização em Hospitais Gerais e redução de 3,1% (IC95% -5,3; -0,7) em Hospitais Psiquiátricos. O artigo 2 indicou uma expansão dos CAPS entre os municípios brasileiros, com desigualdade na implantação entre as unidades federativas e regiões geográficas. Os CAPS tipo I foram os mais frequentes em 2018 (48,9%), enquanto os CAPS com funcionamento 24 horas continuaram incipientes, com os CAPS III correspondendo a 4,5% e CAPS ADIII 4,1%. A cobertura nacional apresentou aumento anual médio de 7,4% (IC95% 6,5; 8,5), com todas as regiões exibindo variações médias positivas e estatisticamente significantes, com mudanças nas tendências ou diminuição da magnitude de crescimento das coberturas nos anos finais do período. No artigo 3, realizou-se estudo ecológico com modelo de dados em painel, com resposta binomial negativa e efeitos fixos, observando-se a relação entre a implantação de CAPS e as taxas de hospitalização por transtornos por uso de SPA e por todos os TMC. Municípios com cobertura Adequada e presença de CAPS 24 horas reduziram em 19% (IC95% 0,76; 0,86) as taxas de hospitalização por transtornos devidos ao uso de SPA, não sendo identificada associação naqueles cuja cobertura Adequada não contemplava CAPS 24hs. Para todos os TMC, houve redução de 3% (IC95% 0,95; 0,99) naqueles municípios com cobertura Adequada e sem CAPS 24 horas, ampliando para 23% (IC95% 0,74; 0,80) quando este equipamento estava presente juntamente com a cobertura Adequada. Observou-se uma manutenção do perfil demográfico e discreta alteração nas características nosológica e assistenciais das hospitalizações, com tendência de estabilidade das taxas, notando-se ainda uma atenuação da expansão nacional de CAPS. Os achados sugerem que a implantação de CAPS 24 horas contribui para a redução das hospitalizações psiquiátricas de adolescentes e jovens no Brasil, reafirmando a importância desses dispositivos para superação do modelo assistencial manicomial/ asilar e melhoria da assistência à saúde mental infantojuvenil.
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Esta tese objetivou analisar a evolução e efeitos da cobertura dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) sobre as hospitalizações de adolescentes e jovens por transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso SPA no Brasil, sendo construída no formato de três artigos. Os artigos 1 e 2 consistiram na descrição e análise das hospitalizações e coberturas por CAPS, respectivamente, realizando-se análise de tendência temporal, buscando identificar possíveis pontos de inflexão e estimar suas variações percentuais, com uso do modelo de regressão segmentada. No artigo 1, verificou-se que as hospitalizações por transtornos devidos ao uso SPA representaram 35,1% das hospitalizações por todos os Transtornos Mentais e Comportamentais (TMC) do período, com maior frequência de registros de indivíduos do sexo masculino (80,2%), pessoas entre 20 e 24 anos (61,5%) e raça/ cor da pele Branca (35,4%). Os transtornos devidos ao uso de múltiplas SPA foram a principal causa de hospitalização (60,3%) e a maioria ocorreu em Hospitais Psiquiátricos (64,1%). A taxa nacional de hospitalização foi de 32,2/100 mil habitantes, em 2006, e 34,0/100 mil habitantes, em 2018, com variação percentual anual média (AAPC) de 0,2% (IC95% -2,0; 2,5). Verificou-se redução anual média de 4,6% (IC95% -8,7; -0,4) nas taxas de hospitalização por uso de álcool e estabilidade para as demais SPA, aumento anual médio de 7,5% (IC95% 5,9;9,2) nas taxas de hospitalização em Hospitais Gerais e redução de 3,1% (IC95% -5,3; -0,7) em Hospitais Psiquiátricos. O artigo 2 indicou uma expansão dos CAPS entre os municípios brasileiros, com desigualdade na implantação entre as unidades federativas e regiões geográficas. Os CAPS tipo I foram os mais frequentes em 2018 (48,9%), enquanto os CAPS com funcionamento 24 horas continuaram incipientes, com os CAPS III correspondendo a 4,5% e CAPS ADIII 4,1%. A cobertura nacional apresentou aumento anual médio de 7,4% (IC95% 6,5; 8,5), com todas as regiões exibindo variações médias positivas e estatisticamente significantes, com mudanças nas tendências ou diminuição da magnitude de crescimento das coberturas nos anos finais do período. No artigo 3, realizou-se estudo ecológico com modelo de dados em painel, com resposta binomial negativa e efeitos fixos, observando-se a relação entre a implantação de CAPS e as taxas de hospitalização por transtornos por uso de SPA e por todos os TMC. Municípios com cobertura Adequada e presença de CAPS 24 horas reduziram em 19% (IC95% 0,76; 0,86) as taxas de hospitalização por transtornos devidos ao uso de SPA, não sendo identificada associação naqueles cuja cobertura Adequada não contemplava CAPS 24hs. Para todos os TMC, houve redução de 3% (IC95% 0,95; 0,99) naqueles municípios com cobertura Adequada e sem CAPS 24 horas, ampliando para 23% (IC95% 0,74; 0,80) quando este equipamento estava presente juntamente com a cobertura Adequada. Observou-se uma manutenção do perfil demográfico e discreta alteração nas características nosológica e assistenciais das hospitalizações, com tendência de estabilidade das taxas, notando-se ainda uma atenuação da expansão nacional de CAPS. Os achados sugerem que a implantação de CAPS 24 horas contribui para a redução das hospitalizações psiquiátricas de adolescentes e jovens no Brasil, reafirmando a importância desses dispositivos para superação do modelo assistencial manicomial/ asilar e melhoria da assistência à saúde mental infantojuvenil.Substance use disorders (SUD) are among the leading causes and risk factors for the burden of disease and disability worldwide, with a growing impact in the population aged 10 - 24 years. In Brazil, from the 2000s onwards, health care for people with substance use disorders was included in the mental health policy, starting to prioritize the provision of care in community-based services and social reintegration, articulating it in a network of services that replaced the classic psychiatric model. However, the care of children and adolescents with substance use disorders remains a critical point of psychosocial care. This thesis aimed to analyze the evolution and effects of the coverage of Psychosocial Care Centers (CAPS) on hospitalizations of adolescents and young people for substance use disorders in Brazil, being constructed in the format of three articles. Articles 1 and 2 consisted of the description and analysis of hospitalizations and coverage by CAPS, respectively, performing temporal trend analysis, seeking to identify possible joinpoints and estimate percentage changes, using the joinpoint regression. In article 1, it was found that hospitalizations for SUD accounted for 35.1% of hospitalizations for all Mental and Behavioral Disorders (MBD) in the period, with the highest frequency of records of male individuals (80.2 %), people between 19 and 24 years (61.5%) and race/skin color White (41.0%). Polydrug use disorders were the main cause of hospitalization (60.3%) and most occurred in Psychiatric Hospitals (64.1%). The national hospitalization rate was 32.2/100,000 in 2006 and 34.0/ 100,000 in 2018, with an Average Annual Percent Change (AAPC) of 0.2% (95%CI = -2.0; 2.5). There was an average annual reduction of 4.6% (95%CI = -8.7; -0.4) in hospitalization rates for alcohol use disorder and stability for the other drugs, an average annual increase of 7.5% (95%CI = 5.9; 9.2) in hospitalization rates in General Hospitals and a reduction of 3.1% (95%CI = -5.3; -0.7) in Psychiatric Hospitals. Article 2 indicated an expansion of CAPS among Brazilian municipalities, with unequal implementation among federative units and geographic regions. The type I CAPS were the most frequent in 2018 (48.9%), while CAPS with 24-hour operation remained incipient, with the CAPS III corresponding to 4.5% and the CAPS ADIII 4.1%. The national coverage showed an average annual increase of 7.4% (95%CI = 6.5; 8.5), with all regions showing positive and statistically significant mean variations, with changes in trends or a decrease in the magnitude of growth in coverage in the final years of the period. The article 3 applied negative binomial regression model with panel data. Municipalities showing Adequate coverage and presence of 24-hour CAPS reduced by 19% (95%CI = 0.76; 0.86) the rates of hospitalization for SUD. For all MBD, there was a reduction of 3% (95%CI = 0.95; 0.99) in municipalities with Adequate coverage and without 24-hour CAPS, increasing to 23% (95%CI = 0.74; 0.80) with this CAPS. There was a maintenance of the demographic profile and a small change in the nosological and care characteristics of hospitalizations, with a stability in the rates and an attenuation of the national expansion of CAPS. The findings suggest that the implementation of 24-hour CAPS reduces hospitalizations among adolescents and young people in Brazil, reaffirming the importance of these services to overcome the asylum/ classic psychiatric model and improve mental health care for children and adolescents.Submitted by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2023-09-22T14:45:24Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1037 bytes, checksum: 996f8b5afe3136b76594f43bfda24c5e (MD5) Tese_Déborah_Santos_Conceição-2021.pdf: 1612747 bytes, checksum: 6b5312b80f952fe252896c4ee4352d93 (MD5)Approved for entry into archive by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2023-09-22T14:46:39Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1037 bytes, checksum: 996f8b5afe3136b76594f43bfda24c5e (MD5) Tese_Déborah_Santos_Conceição-2021.pdf: 1612747 bytes, checksum: 6b5312b80f952fe252896c4ee4352d93 (MD5)Made available in DSpace on 2023-09-22T14:46:39Z (GMT). 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Instituto de Saúde ColetivaPrograma de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC-ISC)ISC-UFBABrasilInstituto de Saúde Coletiva - ISCAttribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessAdolescentSubstance Use DisordersMental Health ServicesHospitalizationCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVAAdolescenteTranstornos por Uso de SubstânciasServiços de Saúde Mental.HospitalizaçãoEfeitos da implantação dos Centros Atenção Psicossocial sobre as hospitalizações psiquiátricas de adolescentes e jovens por transtornos devidos ao uso de substâncias psicoativas no Brasil.Effects of the implementation of Psychosocial Care Centers on psychiatric hospitalizations of adolescents and young people for disorders due to the use of psychoactive substances in Brazil.Doutoradoinfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionSantos, Darci Neves dosPereira, Rosana Aquino GuimarãesSantos, Darci Neves dosPereira, Rosana Aquino GuimarãesRamos, Dandara de OliveiraPaula, Cristiane Silvestre deCouto, Maria Cristina Venturahttp://lattes.cnpq.br/1697320369168300Conceição, Déborah Santosreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBATEXTTese_Déborah_Santos_Conceição-2021.pdf.txtTese_Déborah_Santos_Conceição-2021.pdf.txtExtracted texttext/plain311289https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37856/4/Tese_D%c3%a9borah_Santos_Concei%c3%a7%c3%a3o-2021.pdf.txt531041bf9529b4907c12f8617d53d7ecMD54ORIGINALTese_Déborah_Santos_Conceição-2021.pdfTese_Déborah_Santos_Conceição-2021.pdfapplication/pdf1612747https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37856/1/Tese_D%c3%a9borah_Santos_Concei%c3%a7%c3%a3o-2021.pdf6b5312b80f952fe252896c4ee4352d93MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-81037https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37856/2/license_rdf996f8b5afe3136b76594f43bfda24c5eMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1715https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37856/3/license.txt67bf4f75790b0d8d38d8f112a48ad90bMD53ri/378562023-09-23 02:04:55.032oai:repositorio.ufba.br:ri/37856TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBvIGF1dG9yIG91IHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZS9vdSBlbGV0csO0bmljbyBlIGVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8sIGluY2x1aW5kbyBvcyAKZm9ybWF0b3Mgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKTyBhdXRvciBvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gZS9vdSBmb3JtYXRvIHBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLCBwb2RlbmRvIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKTyBhdXRvciBvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIG9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIG91IG5vIGNvbnRlw7pkbyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuCgpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBICBSRVNVTFRFIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSAgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08sIENPTU8gVEFNQsOJTSBBUyBERU1BSVMgT0JSSUdBw4fDlUVTIApFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l0w7NyaW8gc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyLCBjbGFyYW1lbnRlLCBvIHNldSBub21lIChzKSBvdSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBhbMOpbSBkYXF1ZWxhcyBjb25jZWRpZGFzIHBvciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322023-09-23T05:04:55Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false
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Mental Health Services
Hospitalization
description Os transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de substâncias psicoativas (SPA) estão entre as principais causas e fatores de risco para carga de doença e incapacidade em todo o mundo, com impacto crescente entre a população de 10 a 24 anos. No Brasil, a partir dos anos 2000, a assistência em saúde para pessoas com necessidades relacionadas ao uso de SPA foi incluída na política de saúde mental, passando a priorizar a oferta de cuidado em dispositivos de base comunitária e reinserção social do indivíduo, articulando-se numa rede de serviços substitutivos à atenção restrita aos espaços hospitalares e asilares. Todavia, o cuidado a população infantojuvenil com necessidades relacionadas ao uso de SPA permanece como ponto crítico da atenção psicossocial. Esta tese objetivou analisar a evolução e efeitos da cobertura dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) sobre as hospitalizações de adolescentes e jovens por transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso SPA no Brasil, sendo construída no formato de três artigos. Os artigos 1 e 2 consistiram na descrição e análise das hospitalizações e coberturas por CAPS, respectivamente, realizando-se análise de tendência temporal, buscando identificar possíveis pontos de inflexão e estimar suas variações percentuais, com uso do modelo de regressão segmentada. No artigo 1, verificou-se que as hospitalizações por transtornos devidos ao uso SPA representaram 35,1% das hospitalizações por todos os Transtornos Mentais e Comportamentais (TMC) do período, com maior frequência de registros de indivíduos do sexo masculino (80,2%), pessoas entre 20 e 24 anos (61,5%) e raça/ cor da pele Branca (35,4%). Os transtornos devidos ao uso de múltiplas SPA foram a principal causa de hospitalização (60,3%) e a maioria ocorreu em Hospitais Psiquiátricos (64,1%). A taxa nacional de hospitalização foi de 32,2/100 mil habitantes, em 2006, e 34,0/100 mil habitantes, em 2018, com variação percentual anual média (AAPC) de 0,2% (IC95% -2,0; 2,5). Verificou-se redução anual média de 4,6% (IC95% -8,7; -0,4) nas taxas de hospitalização por uso de álcool e estabilidade para as demais SPA, aumento anual médio de 7,5% (IC95% 5,9;9,2) nas taxas de hospitalização em Hospitais Gerais e redução de 3,1% (IC95% -5,3; -0,7) em Hospitais Psiquiátricos. O artigo 2 indicou uma expansão dos CAPS entre os municípios brasileiros, com desigualdade na implantação entre as unidades federativas e regiões geográficas. Os CAPS tipo I foram os mais frequentes em 2018 (48,9%), enquanto os CAPS com funcionamento 24 horas continuaram incipientes, com os CAPS III correspondendo a 4,5% e CAPS ADIII 4,1%. A cobertura nacional apresentou aumento anual médio de 7,4% (IC95% 6,5; 8,5), com todas as regiões exibindo variações médias positivas e estatisticamente significantes, com mudanças nas tendências ou diminuição da magnitude de crescimento das coberturas nos anos finais do período. No artigo 3, realizou-se estudo ecológico com modelo de dados em painel, com resposta binomial negativa e efeitos fixos, observando-se a relação entre a implantação de CAPS e as taxas de hospitalização por transtornos por uso de SPA e por todos os TMC. Municípios com cobertura Adequada e presença de CAPS 24 horas reduziram em 19% (IC95% 0,76; 0,86) as taxas de hospitalização por transtornos devidos ao uso de SPA, não sendo identificada associação naqueles cuja cobertura Adequada não contemplava CAPS 24hs. Para todos os TMC, houve redução de 3% (IC95% 0,95; 0,99) naqueles municípios com cobertura Adequada e sem CAPS 24 horas, ampliando para 23% (IC95% 0,74; 0,80) quando este equipamento estava presente juntamente com a cobertura Adequada. Observou-se uma manutenção do perfil demográfico e discreta alteração nas características nosológica e assistenciais das hospitalizações, com tendência de estabilidade das taxas, notando-se ainda uma atenuação da expansão nacional de CAPS. Os achados sugerem que a implantação de CAPS 24 horas contribui para a redução das hospitalizações psiquiátricas de adolescentes e jovens no Brasil, reafirmando a importância desses dispositivos para superação do modelo assistencial manicomial/ asilar e melhoria da assistência à saúde mental infantojuvenil.
publishDate 2021
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