Gurgalha: um coronel e seus dependentes no sertão baiano (Morro do Chapéu, século XIX)
Ano de defesa: | 2014 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23402 |
Resumo: | Este trabalho analisa as relações de dependência pessoal entre senhores e dependentes no sertão baiano oitocentista. A hipótese central é de que os subalternos tinham clara noção de sua condição dentro da sociedade e, valendo-se do paternalismo, buscavam obter dos senhores vantagens para si e suas famílias. Defendo que as relações entre senhores e subalternos eram construídas levando em conta a confiança, a proteção e sentimentos afetivos, muitas vezes, difíceis de mensurar. Para entender a dependência no mundo rural baiano, segui as trajetórias do casal Soares da Rocha e de alguns de seus dependentes (escravos, libertos e ex-agregados). Formado pelo coronel Quintino Soares da Rocha e dona Umbelina Adelaide de Miranda, o casal era o mais rico proprietário de terra, maior produtor de gado vacum e cavalar e principal escravista da vila de Nossa Senhora da Graça do Morro do Chapéu (Chapada Diamantina). Isso permitiu a ele adquirir centenas de dependentes. Para (re)construir as experiências do casal e dos dependentes usei uma gama variada de documentos, como: livros de notas, registros eclesiásticos (batismos, casamentos e óbitos), inventários e processos criminais. Apliquei o método da ligação nominativa. Empregado nos estudos de micro-história, biografia e trajetórias, o método possibilitou, também, entender as redes familiares de escravos, libertos, homens livres pobres e seus descendentes, compreender que dentro dos grupos havia gradações de dependência. |
id |
UFBA-2_3909d41ff863a21c6cb5000c1eb7ca9b |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufba.br:ri/23402 |
network_acronym_str |
UFBA-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFBA |
repository_id_str |
|
spelling |
Ferreira, Jackson André da SilvaReis, João JoséPires, Maria de Fátima NovaisCastillo, Lisa EarlNeves, Erivaldo FagundesAmaral, Sharyse Piroupo2017-06-29T11:50:33Z2017-06-29T11:50:33Z2017-06-292014http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23402Este trabalho analisa as relações de dependência pessoal entre senhores e dependentes no sertão baiano oitocentista. A hipótese central é de que os subalternos tinham clara noção de sua condição dentro da sociedade e, valendo-se do paternalismo, buscavam obter dos senhores vantagens para si e suas famílias. Defendo que as relações entre senhores e subalternos eram construídas levando em conta a confiança, a proteção e sentimentos afetivos, muitas vezes, difíceis de mensurar. Para entender a dependência no mundo rural baiano, segui as trajetórias do casal Soares da Rocha e de alguns de seus dependentes (escravos, libertos e ex-agregados). Formado pelo coronel Quintino Soares da Rocha e dona Umbelina Adelaide de Miranda, o casal era o mais rico proprietário de terra, maior produtor de gado vacum e cavalar e principal escravista da vila de Nossa Senhora da Graça do Morro do Chapéu (Chapada Diamantina). Isso permitiu a ele adquirir centenas de dependentes. Para (re)construir as experiências do casal e dos dependentes usei uma gama variada de documentos, como: livros de notas, registros eclesiásticos (batismos, casamentos e óbitos), inventários e processos criminais. Apliquei o método da ligação nominativa. Empregado nos estudos de micro-história, biografia e trajetórias, o método possibilitou, também, entender as redes familiares de escravos, libertos, homens livres pobres e seus descendentes, compreender que dentro dos grupos havia gradações de dependência.Submitted by PPGH null (poshisto@ufba.br) on 2017-06-21T14:25:03Z No. of bitstreams: 1 TESE DE JACKSON - GURGALHA.pdf: 4632977 bytes, checksum: 9bfe8aa98d1d94f621d1fbc2b316e373 (MD5)Approved for entry into archive by Uillis de Assis Santos (uillis.assis@ufba.br) on 2017-06-29T11:50:33Z (GMT) No. of bitstreams: 1 TESE DE JACKSON - GURGALHA.pdf: 4632977 bytes, checksum: 9bfe8aa98d1d94f621d1fbc2b316e373 (MD5)Made available in DSpace on 2017-06-29T11:50:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1 TESE DE JACKSON - GURGALHA.pdf: 4632977 bytes, checksum: 9bfe8aa98d1d94f621d1fbc2b316e373 (MD5)FAPESBHistória SocialRelações de dependênciaPaternalismoEscravidãoBahiaMorro do ChapéuChapada DiamantinaGurgalha: um coronel e seus dependentes no sertão baiano (Morro do Chapéu, século XIX)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisFaculdade de Filosofia e Ciências HumanasPrograma de Pós-Graduação em HistóriaUFBABrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAORIGINALTESE DE JACKSON - GURGALHA.pdfTESE DE JACKSON - GURGALHA.pdfapplication/pdf4632977https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/23402/1/TESE%20DE%20JACKSON%20-%20GURGALHA.pdf9bfe8aa98d1d94f621d1fbc2b316e373MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1345https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/23402/2/license.txtff6eaa8b858ea317fded99f125f5fcd0MD52TEXTTESE DE JACKSON - GURGALHA.pdf.txtTESE DE JACKSON - GURGALHA.pdf.txtExtracted texttext/plain742993https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/23402/3/TESE%20DE%20JACKSON%20-%20GURGALHA.pdf.txtee0cd5b1bc224ac6d331ae30f602c162MD53ri/234022022-03-10 14:11:10.974oai:repositorio.ufba.br:ri/23402VGVybW8gZGUgTGljZW7vv71hLCBu77+9byBleGNsdXNpdm8sIHBhcmEgbyBkZXDvv71zaXRvIG5vIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRkJBLgoKIFBlbG8gcHJvY2Vzc28gZGUgc3VibWlzc++/vW8gZGUgZG9jdW1lbnRvcywgbyBhdXRvciBvdSBzZXUgcmVwcmVzZW50YW50ZSBsZWdhbCwgYW8gYWNlaXRhciAKZXNzZSB0ZXJtbyBkZSBsaWNlbu+/vWEsIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRhIEJhaGlhIApvIGRpcmVpdG8gZGUgbWFudGVyIHVtYSBj77+9cGlhIGVtIHNldSByZXBvc2l077+9cmlvIGNvbSBhIGZpbmFsaWRhZGUsIHByaW1laXJhLCBkZSBwcmVzZXJ2Ye+/ve+/vW8uIApFc3NlcyB0ZXJtb3MsIG7vv71vIGV4Y2x1c2l2b3MsIG1hbnTvv71tIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yL2NvcHlyaWdodCwgbWFzIGVudGVuZGUgbyBkb2N1bWVudG8gCmNvbW8gcGFydGUgZG8gYWNlcnZvIGludGVsZWN0dWFsIGRlc3NhIFVuaXZlcnNpZGFkZS4KCiBQYXJhIG9zIGRvY3VtZW50b3MgcHVibGljYWRvcyBjb20gcmVwYXNzZSBkZSBkaXJlaXRvcyBkZSBkaXN0cmlidWnvv73vv71vLCBlc3NlIHRlcm1vIGRlIGxpY2Vu77+9YSAKZW50ZW5kZSBxdWU6CgogTWFudGVuZG8gb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHJlcGFzc2Fkb3MgYSB0ZXJjZWlyb3MsIGVtIGNhc28gZGUgcHVibGljYe+/ve+/vWVzLCBvIHJlcG9zaXTvv71yaW8KcG9kZSByZXN0cmluZ2lyIG8gYWNlc3NvIGFvIHRleHRvIGludGVncmFsLCBtYXMgbGliZXJhIGFzIGluZm9ybWHvv73vv71lcyBzb2JyZSBvIGRvY3VtZW50bwooTWV0YWRhZG9zIGVzY3JpdGl2b3MpLgoKIERlc3RhIGZvcm1hLCBhdGVuZGVuZG8gYW9zIGFuc2Vpb3MgZGVzc2EgdW5pdmVyc2lkYWRlIGVtIG1hbnRlciBzdWEgcHJvZHXvv73vv71vIGNpZW5077+9ZmljYSBjb20gCmFzIHJlc3Ryae+/ve+/vWVzIGltcG9zdGFzIHBlbG9zIGVkaXRvcmVzIGRlIHBlcmnvv71kaWNvcy4KCiBQYXJhIGFzIHB1YmxpY2Hvv73vv71lcyBzZW0gaW5pY2lhdGl2YXMgcXVlIHNlZ3VlbSBhIHBvbO+/vXRpY2EgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0bywgb3MgZGVw77+9c2l0b3MgCmNvbXB1bHPvv71yaW9zIG5lc3NlIHJlcG9zaXTvv71yaW8gbWFudO+/vW0gb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIG1hcyBtYW5077+9bSBhY2Vzc28gaXJyZXN0cml0byAKYW8gbWV0YWRhZG9zIGUgdGV4dG8gY29tcGxldG8uIEFzc2ltLCBhIGFjZWl0Ye+/ve+/vW8gZGVzc2UgdGVybW8gbu+/vW8gbmVjZXNzaXRhIGRlIGNvbnNlbnRpbWVudG8KIHBvciBwYXJ0ZSBkZSBhdXRvcmVzL2RldGVudG9yZXMgZG9zIGRpcmVpdG9zLCBwb3IgZXN0YXJlbSBlbSBpbmljaWF0aXZhcyBkZSBhY2Vzc28gYWJlcnRvLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-03-10T17:11:10Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Gurgalha: um coronel e seus dependentes no sertão baiano (Morro do Chapéu, século XIX) |
title |
Gurgalha: um coronel e seus dependentes no sertão baiano (Morro do Chapéu, século XIX) |
spellingShingle |
Gurgalha: um coronel e seus dependentes no sertão baiano (Morro do Chapéu, século XIX) Ferreira, Jackson André da Silva História Social Relações de dependência Paternalismo Escravidão Bahia Morro do Chapéu Chapada Diamantina |
title_short |
Gurgalha: um coronel e seus dependentes no sertão baiano (Morro do Chapéu, século XIX) |
title_full |
Gurgalha: um coronel e seus dependentes no sertão baiano (Morro do Chapéu, século XIX) |
title_fullStr |
Gurgalha: um coronel e seus dependentes no sertão baiano (Morro do Chapéu, século XIX) |
title_full_unstemmed |
Gurgalha: um coronel e seus dependentes no sertão baiano (Morro do Chapéu, século XIX) |
title_sort |
Gurgalha: um coronel e seus dependentes no sertão baiano (Morro do Chapéu, século XIX) |
author |
Ferreira, Jackson André da Silva |
author_facet |
Ferreira, Jackson André da Silva |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Ferreira, Jackson André da Silva |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Reis, João José |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Pires, Maria de Fátima Novais Castillo, Lisa Earl Neves, Erivaldo Fagundes Amaral, Sharyse Piroupo |
contributor_str_mv |
Reis, João José Pires, Maria de Fátima Novais Castillo, Lisa Earl Neves, Erivaldo Fagundes Amaral, Sharyse Piroupo |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
História Social |
topic |
História Social Relações de dependência Paternalismo Escravidão Bahia Morro do Chapéu Chapada Diamantina |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Relações de dependência Paternalismo Escravidão Bahia Morro do Chapéu Chapada Diamantina |
description |
Este trabalho analisa as relações de dependência pessoal entre senhores e dependentes no sertão baiano oitocentista. A hipótese central é de que os subalternos tinham clara noção de sua condição dentro da sociedade e, valendo-se do paternalismo, buscavam obter dos senhores vantagens para si e suas famílias. Defendo que as relações entre senhores e subalternos eram construídas levando em conta a confiança, a proteção e sentimentos afetivos, muitas vezes, difíceis de mensurar. Para entender a dependência no mundo rural baiano, segui as trajetórias do casal Soares da Rocha e de alguns de seus dependentes (escravos, libertos e ex-agregados). Formado pelo coronel Quintino Soares da Rocha e dona Umbelina Adelaide de Miranda, o casal era o mais rico proprietário de terra, maior produtor de gado vacum e cavalar e principal escravista da vila de Nossa Senhora da Graça do Morro do Chapéu (Chapada Diamantina). Isso permitiu a ele adquirir centenas de dependentes. Para (re)construir as experiências do casal e dos dependentes usei uma gama variada de documentos, como: livros de notas, registros eclesiásticos (batismos, casamentos e óbitos), inventários e processos criminais. Apliquei o método da ligação nominativa. Empregado nos estudos de micro-história, biografia e trajetórias, o método possibilitou, também, entender as redes familiares de escravos, libertos, homens livres pobres e seus descendentes, compreender que dentro dos grupos havia gradações de dependência. |
publishDate |
2014 |
dc.date.submitted.none.fl_str_mv |
2014 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2017-06-29T11:50:33Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2017-06-29T11:50:33Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2017-06-29 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23402 |
url |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23402 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em História |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFBA |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFBA instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA) instacron:UFBA |
instname_str |
Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
instacron_str |
UFBA |
institution |
UFBA |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFBA |
collection |
Repositório Institucional da UFBA |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/23402/1/TESE%20DE%20JACKSON%20-%20GURGALHA.pdf https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/23402/2/license.txt https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/23402/3/TESE%20DE%20JACKSON%20-%20GURGALHA.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
9bfe8aa98d1d94f621d1fbc2b316e373 ff6eaa8b858ea317fded99f125f5fcd0 ee0cd5b1bc224ac6d331ae30f602c162 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1793970599950811136 |