Associação entre variantes de risco do gene APOL1 e hemoglobinas variantes com progressão das doenças glomerulares na Bahia
Ano de defesa: | 2020 |
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Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
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Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Pós-Graduação em Patologia Humana e Patologia Experimental (PGPAT)
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Departamento: |
Faculdade de Medicina da Bahia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38599 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: Além daqueles tradicionalmente reconhecidos como principais fatores de risco da doença renal, uma ênfase crescente tem sido atribuída à constituição genética dos pacientes. OBJETIVO: Estimar a frequência das variantes de risco de APOL1 e da hemoglobina em pacientes submetidos à biopsia renal na Bahia, e avaliar a associação entre essas variantes e a progressão das doenças glomerulares nesses pacientes. MÉTODO: Estudo de coorte prospectiva, incluindo 326 pacientes submetidos à biópsia renal. As variantes da hemoglobina foram definidas por cromatografia líquida de alta eficiência e os genótipos de APOL1 foram determinados por sequenciamento do DNA de 304 pacientes. Os pacientes foram acompanhados durante cinco anos para avaliar os marcadores de progressão de doença. RESULTADOS: Dentre os pacientes, 22,7% têm um alelo de risco e 4,3% têm dois alelos de risco da APOL1. A idade mediana foi menor nos pacientes portadores de dois alelos de risco APOL1, p = 0,04. Entre os pacientes com dois alelos de risco, 61,5% apresentavam glomeruloesclerose segmentar focal (FSGS), p <0,001. A proporção de inflamação intersticial, fibrose túbulo-intersticial, esclerose global e / ou segmentar e escore de atrofia tubular foi maior nos pacientes com dois alelos de risco, (p <0,05 para cada um deles). Houve um declínio progressivo na taxa média de filtração glomerular em pacientes com dois alelos de risco durante os cinco anos de acompanhamento: (de 79 ± 51 mL / min / 1,73 m2 para 22 ± 13 mL / min / 1,73 m2, p = 0,004), comparado àqueles com um (de 77 ± 41 mL / min / 1,73 m2 para 194 ± 54 mL / min / 1,73 m2), p = 0,74 ou nenhum (de 74 ± 47 mL / min / 1,73 m2 para 78 ± 45 mL / min / 1,73 m2, p = 0,45) alelo de risco do APOL1. A sobrevida renal é significativamente menor (69%) para pacientes com dois alelos de risco do APOL1 em comparação com 94% e 91% entre os grupos com um e sem alelos de risco, respectivamente, p = 0,024. A proporção de pacientes diagnosticados com GESF que evoluíram para DRET foi significativamente maior em indivíduos com dois alelos de risco (33%) do que naqueles com um alelo de risco (0%) ou sem alelos de risco (3%), p = 0,04. A frequência do traço falciforme (HbAS, 4,3%) e do traço de hemoglobina C (HbAC, 3,7%) não foi diferente da encontrada na população em geral (4,5% e 2,2%, respectivamente). Cinco anos depois da biopsia renal, a taxa média de filtração glomerular foi de 35 mL / min / 1,73 m2 em pacientes com traço falciforme, enquanto nos grupos HbAA e HbAC, ela foi de 84 mL / min / 1,73 m2 e 103 mL / min / 1,73 m2 respectivamente, p = 0,01. Pacientes com traço falciforme desenvolveram DRET com mais frequência, necessitando de diálise (31%) do que aqueles com HbAA (8%) (p = 0,02). CONCLUSÕES: Pacientes com genótipo de alto risco do APOL1 desenvolvem uma forma mais grave da GESF com evidências histológicas de prognostico pior e progressão mais rápida para estágio terminal da doença. Não há diferença na frequência de HbAS ou HbAC entre os pacientes submetidos a biópsia renal e a população geral. Porém, pacientes com HbAS apresentam declínio mais rápido da taxa de filtração glomerular, menor sobrevida renal em comparação aos pacientes com HbAA. |
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2023-12-06T13:37:32Z2023-12-06T13:37:32Z2020-03-23https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38599INTRODUÇÃO: Além daqueles tradicionalmente reconhecidos como principais fatores de risco da doença renal, uma ênfase crescente tem sido atribuída à constituição genética dos pacientes. OBJETIVO: Estimar a frequência das variantes de risco de APOL1 e da hemoglobina em pacientes submetidos à biopsia renal na Bahia, e avaliar a associação entre essas variantes e a progressão das doenças glomerulares nesses pacientes. MÉTODO: Estudo de coorte prospectiva, incluindo 326 pacientes submetidos à biópsia renal. As variantes da hemoglobina foram definidas por cromatografia líquida de alta eficiência e os genótipos de APOL1 foram determinados por sequenciamento do DNA de 304 pacientes. Os pacientes foram acompanhados durante cinco anos para avaliar os marcadores de progressão de doença. RESULTADOS: Dentre os pacientes, 22,7% têm um alelo de risco e 4,3% têm dois alelos de risco da APOL1. 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OBJECTIVE: To estimate the frequency of risk variants of APOL1 and hemoglobin in patients undergoing renal biopsy in Bahia, and to evaluate the association between these variants and the progression of glomerular diseases in these patients. METHODS: Prospective cohort study, including 326 patients undergoing renal biopsy. Hemoglobin variants were defined by high performance liquid chromatography and Apol1 genotypes were determined by DNA sequencing of 304 patients. Patients were followed up for five years to assess disease progression markers. RESULTS: Among the patients, 22.7% had one risk allele and 4.3% had two risk alleles of APOL1. The median age was lower in patients carrying two APOL1 risk alleles, p = 0.04. Among the patients with two risk alleles, 61.5% had focal segmental glomerulosclerosis (FSGS), p < 0.001. The proportion of Interstitial Inflammation, tubulointerstitial fibrosis, global and/or segmental sclerosis and tubular atrophy score was higher in patients with two APOL1 risk alleles (p<0.05 for each of them). There was a progressive decline in the mean glomerular filtration rate between patients with two risk alleles between the time of biopsy and after five years of follow-up: (from 79 ± 51 mL / min / 1.73 m2 to 22 ± 13 mL / min / 1.73 m2, p = 0.004), compared to those with one (from 77 ± 41 mL / min / 1.73 m2 to 194 ± 54 mL / min / 1.73 m2), p = 0.74 or none (from 74 ±47 mL / min / 1.73 m2 to 78 ±45 mL / min / 1.73 m2, p = 0.45) APOL1 risk allele. Renal survival is significantly lower (69%) for individuals with two APOL1 risk alleles compared with 94% and 91% between groups with one and without APOL1 risk alleles, respectively, p = 0.024. The proportion of patients diagnosed with FSGS who progressed to ESRD was significantly higher in individuals with two APOL1 risk alleles (33%) than those with a risk allele (0%) or with no risk alleles (3%), p = 0.04. The frequency of sickle cell trait (HbAS, 4.3%) and hemoglobin C trait (HbAC, 3.7%) was not different from that found in the general population (4.5% and 2.2% respectively). Five years after renal biopsy, the estimated glomerular filtration rate mean was 35 mL / min / 1.73 m2 in patients with sickle cell trait, while in the HbAA and HbAC groups, the estimated glomerular filtration rate mean was 84 mL / min / 1.73 m2 and 103 mL / min / 1.73 m2 respectively, p= 0.01. Patients with sickle cell trait more frequently developed ESRD needing dialysis (31%) compared to those with HbAA (8%) (p = 0.02). CONCLUSIONS: Patients with a high-risk genotype of APOL1 develop a more severe form of FSGS with histological evidence of a worse prognosis and faster progression to the terminal stage of the disease. There is no difference in the frequency of HbAS or HbAC between patients undergoing renal biopsy and the general population. However, patients with HbAS show a faster decline in the glomerular filtration rate, lower renal survival compared to patients with HbAA.Submitted by Glauber de Assunção Moreira (glauber.moreira@ufba.br) on 2023-12-05T14:42:54Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 701 bytes, checksum: 42fd4ad1e89814f5e4a476b409eb708c (MD5) TESE Alladagbin, Dona Jeanne.pdf: 1805705 bytes, checksum: 26765c36fc684bd4ea5a86245ff469c4 (MD5)Approved for entry into archive by Edvaldo Souza (edvaldosouza@ufba.br) on 2023-12-06T13:37:32Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 701 bytes, checksum: 42fd4ad1e89814f5e4a476b409eb708c (MD5) TESE Alladagbin, Dona Jeanne.pdf: 1805705 bytes, checksum: 26765c36fc684bd4ea5a86245ff469c4 (MD5)Made available in DSpace on 2023-12-06T13:37:32Z (GMT). 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