Sentidos da experiência da sexualidade no discurso de mulheres

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Barros, Andiara Rodrigues
Orientador(a): Coelho, Edméia de Almeida Cardoso
Banca de defesa: Coelho, Edméia de Almeida Cardoso, Sardemberg, Cecília Maria Bacellar, Suto, Cleuma Sueli Santos, Carvalho, Evanilda Souza de Santana, Paiva, Mirian Santos, Luz, Rosália Teixeira, Almeida, Mariza Silva
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e Saúde
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33808
Resumo: A sexualidade é inerente ao ser humano, se apresenta em múltiplos aspectos da vida e no modo como as pessoas estabelecem relação consigo mesmas e com o mundo. Em relação à saúde das mulheres, a sexualidade é demandante de ações de cuidado oriundas de experiências com os parceiros, envolvem o seu corpo e são afetadas pelas relações de gênero.Esta pesquisa teve como objetivos conhecer a experiência da sexualidade no discurso de mulheres no âmbito da relação com parceiros e analisar sentidos da experiência da sexualidade expressos no discurso de mulheres. Trata-se de estudo de abordagem qualitativa, tendo gênero como categoria analítica, desenvolvida no Distrito Sanitário do Subúrbio Ferroviário de Salvador, Bahia. Participaram 14 mulheres cadastradas em uma Unidade da Estratégia Saúde da Família. O material empírico foi produzido no ano de 2019 por meio de três oficinas de reflexão e entrevista semiestruturada. A análise do material empírico foi realizada por meio da técnica de análise de discurso com base em Fiorin. Foram respeitados os aspectos éticos dispostos na Resolução 466/2012. Os resultados convergiram para quatro categorias empíricas: relacionamento abusivo na vivência da sexualidade feminina; prazer compartilhado como fator de proteção da relação afetivo-sexual; sujeição da mulher a uma supremacia masculina imposta no âmbito da sexualidade; e naturalização da subserviência das mulheres no âmbito da sexualidade. Os temas centrais abstraídos dos discursos revelam experiência de relacionamento abusivo com a objetificação da mulher e incorporação da subserviência como papel feminino pela obrigação de dar prazer, pelo temor de ser traída, de atrito e de agressão; a violência física, psicológica e sexual como experiência concreta que humilha e destrói relacionamentos, agravada pelo uso de álcool; imposições à sensualidade como poder do homem sobre o corpo da mulher; sexualização do corpo pela mulher como condição para manter o relacionamento; traição como experiência que afeta vínculos e fragiliza relações; prazer compartilhado como mobilizador de boas emoções e fator de proteção da relação afetivo-sexual. Desse modo, a experiência de mulheres no campo da sexualidade revelou a incorporação de valores da cultura patriarcal que as submete aos desejos do parceiro e ao domínio masculino sobre seu corpo e sua vida e reflete a hierarquia de gênero construída e solidificada historicamente pelas instituições sociais. Essas posições reveladas pelos discursos das mulheres estão estruturadas com base na internalização da cultura androcêntrica que reafirma e legitima a manutenção de desigualdades para o universo feminino. Assim, são perpetuadas desvantagens que limitam a autonomia e a liberdade de mulheres como direito sexual no desempenho da sexualidade. Diante disso, os resultados são ponto de partida para novas pesquisas e reorganização de propostas para formação profissional na temática, oferecendo subsídios para mudanças no âmbito do ensino, da pesquisa e da extensão. Nesse sentido, faz-se necessário ampliar perspectivas para as práticas de cuidado à saúde da mulher. Nessa, as relações que os serviços estabelecem com as mulheres precisam exercitar a escuta e o acolhimento das experiências com parceiros como prioridade no rastreio de suas demandas, exercendo o seu papel no processo de empoderamento feminino.
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Trata-se de estudo de abordagem qualitativa, tendo gênero como categoria analítica, desenvolvida no Distrito Sanitário do Subúrbio Ferroviário de Salvador, Bahia. Participaram 14 mulheres cadastradas em uma Unidade da Estratégia Saúde da Família. O material empírico foi produzido no ano de 2019 por meio de três oficinas de reflexão e entrevista semiestruturada. A análise do material empírico foi realizada por meio da técnica de análise de discurso com base em Fiorin. Foram respeitados os aspectos éticos dispostos na Resolução 466/2012. Os resultados convergiram para quatro categorias empíricas: relacionamento abusivo na vivência da sexualidade feminina; prazer compartilhado como fator de proteção da relação afetivo-sexual; sujeição da mulher a uma supremacia masculina imposta no âmbito da sexualidade; e naturalização da subserviência das mulheres no âmbito da sexualidade. Os temas centrais abstraídos dos discursos revelam experiência de relacionamento abusivo com a objetificação da mulher e incorporação da subserviência como papel feminino pela obrigação de dar prazer, pelo temor de ser traída, de atrito e de agressão; a violência física, psicológica e sexual como experiência concreta que humilha e destrói relacionamentos, agravada pelo uso de álcool; imposições à sensualidade como poder do homem sobre o corpo da mulher; sexualização do corpo pela mulher como condição para manter o relacionamento; traição como experiência que afeta vínculos e fragiliza relações; prazer compartilhado como mobilizador de boas emoções e fator de proteção da relação afetivo-sexual. Desse modo, a experiência de mulheres no campo da sexualidade revelou a incorporação de valores da cultura patriarcal que as submete aos desejos do parceiro e ao domínio masculino sobre seu corpo e sua vida e reflete a hierarquia de gênero construída e solidificada historicamente pelas instituições sociais. Essas posições reveladas pelos discursos das mulheres estão estruturadas com base na internalização da cultura androcêntrica que reafirma e legitima a manutenção de desigualdades para o universo feminino. Assim, são perpetuadas desvantagens que limitam a autonomia e a liberdade de mulheres como direito sexual no desempenho da sexualidade. Diante disso, os resultados são ponto de partida para novas pesquisas e reorganização de propostas para formação profissional na temática, oferecendo subsídios para mudanças no âmbito do ensino, da pesquisa e da extensão. Nesse sentido, faz-se necessário ampliar perspectivas para as práticas de cuidado à saúde da mulher. Nessa, as relações que os serviços estabelecem com as mulheres precisam exercitar a escuta e o acolhimento das experiências com parceiros como prioridade no rastreio de suas demandas, exercendo o seu papel no processo de empoderamento feminino.Sexuality is inherent to the human being; it presents itself in multiple aspects of life and in the manner in which people establish relationships with themselves and with the world. With reference to women’s health, sexuality demands caring actions resulting from experiences with partners, involving their body, and are affected by gender relations. This research aimed to know the experience of sexuality in the speech of women in the context of the relationship with partners and to analyze the meanings of the experience of sexuality expressed in the speech of women. This is a study of a qualitative approach, having gender as the analytical category, it was developed in the Health District of Subúrbio Ferroviário, Salvador, Bahia. 14 women participated, all registered in a Family Health Strategy unit. The empirical data was produced in 2019 through three reflection workshops and semi-structured interviews. Analysis of the empirical data was performed based on the Fiorin discourse analysis technique. Ethical aspects, provisioned under Resolution 466/2012, were respected. The results converged to four empirical categories: abusive relationship in the experience of female sexuality; shared pleasure as a protective factor of the affective-sexual relationship; subjection of women to a masculine supremacy imposed in the sphere of sexuality; and naturalization of women's subservience in the area of sexuality. The central themes abstracted from the discourses reveal the experiences of abusive relationships with the objectivation of women and incorporation of subservience as a female role through the obligation of giving pleasure, due to the fear of being cheated, conflict and aggression; physical, psychological and sexual violence as a concrete experience that humiliates and destroys relationships, aggravated by the use of alcohol; impositions to sensuality as a power of the man over the woman’s body; sexualization of the body by the woman as a means of maintaining the relationship; infidelity as an experience that affects bonds and weakens relationships; shared pleasure as a mobilization of good emotions and protection factor of affective-sexual relations. In this way, the experience of women in the field of sexuality revealed the incorporation of values from the patriarchal culture that submits them to the partner's desires and male dominance over their body and life and reflects the gender hierarchy constructed and solidified historically by social institutions. Such positions, revealed by the discourses of women, are structured based on the internalization of the androcentric culture which reaffirms and legitimizes the maintenance of inequalities for the female universe. Thus, disadvantages are perpetuated that limit the autonomy and freedom of women as a sexual right in the performance of sexuality. Accordingly, the results are a starting point for new research and reorganization of proposals for professional formation in this matter, offering subsidies for changes in the scope of education, research and extension. In this sense, it is necessary to expand perspectives for women's healthcare practices. In this, the relationships that services establish with women need to exercise listening and welcoming experiences with partners as a priority in tracking their demands, exercising their role in the process of empowering women.La sexualidad es inherente al ser humano, presentándose en múltiplos aspectos de la vida y en el modo como las personas establecen relación consigo mismo y con el mundo. En relación a la salud de las mujeres, la sexualidad demanda acciones de cuidado oriundas de experiencias con parejas, involucran su cuerpo y afectadas por las relaciones de género. La investigación tuvo como objetivo conocer la experiencia de la sexualidad en el discurso de mujeres en el ámbito de la relación con sus parejas y analizar sentidos de la experiencia de la sexualidad expresos en el discurso de mujeres. Se trata de un abordaje cualitativo, teniendo género como categoría analítica. Fue desarrollada en el Distrito Sanitario de Suburbio Ferroviario, en Salvador, Bahia. Participaron 14 mujeres registradas en una Unidad de la Estrategia Salud de la Familia. El material empírico fue producido en el año 2019 por medio de tres talleres de reflexión y entrevista semiestructurada. El análisis del material empírico fue realizado por medio de la técnica de análisis de discurso con base en Fiorin. Fueron respectados los aspectos éticos dispuestos en la Resolución 466/2012. Los resultados se convergieron a cuatro categorías empíricas: relacionamiento abusivo en la vivencia de la sexualidad femenina; placer compartido como factor de protección de la relación afectiva-sexual, sujeción de la mujer a la supremacía masculina impuesta en el ámbito de la sexualidad y naturalización de la subordinación de las mujeres en el ámbito de la sexualidad. Los temas centrales abstraídos de los discursos revelan experiencia de relacionamiento abusivo con la objetivación de la mujer e incorporación de la subordinación como rol femenino por la obligación de dar placer, por el temor de ser traicionada, de atrito y de agresión; la violencia física, psicológica y sexual como experiencia concreta que humilla y destruye relacionamientos, agravada por el uso de alcohol; imposiciones a la sensualidad como poder del hombre sobre el cuerpo de la mujer; sexualización del cuerpo por la mujer como condición para mantener el relacionamiento; traición, como experiencia que afecta vínculos y fragiliza relaciones; placer compartido como movilizador de buenas emociones y factor de protección de la relación afectiva-sexual. Por consiguiente, la experiencia de mujeres en el campo de la sexualidad reveló la incorporación de la cultura patriarcal que las somete a los deseos de la pareja y al dominio masculino sobre su cuerpo y su vida y refleja la jerarquía de género construida y solidificada históricamente por las instituciones sociales. Esas posiciones reveladas por los discursos de las mujeres están estructuradas con base en la internalización de la cultura androcéntrica que reafirma y legitima la mantención de desigualdades para el universo femenino. Por lo tanto, son perpetuadas desventajas que limitan la autonomía y la libertad de mujeres como el derecho sexual en el desempeño de la sexualidad. Frente a esto, los resultados son puntos de partida para nuevas investigaciones y reorganización de propuestas para formación profesional en la temática, ofreciendo subsidios para cambios en el ámbito de la enseñanza, de la investigación y de la extensión. Así, se hace necesario ampliar perspectivas para las practicas del cuidado a la salud de la mujer. En la salud de la mujer, las relaciones que los servicios establecen con las mujeres necesitan ejercitar la escucha y el acogimiento de las experiencias con parejas como prioridad en el rastreo de sus demandas, ejerciendo su rol en el proceso de empoderamiento de las mujeres.Submitted by Andiara Barros (andiarabarros@gmail.com) on 2021-07-19T11:21:45Z No. of bitstreams: 1 TESE ANDIARA RODRIGUES BARROS.. (3).pdf: 2616055 bytes, checksum: fccb0acc690965b9c2f171c11705b517 (MD5)Approved for entry into archive by Delba Rosa (delba@ufba.br) on 2021-07-27T18:42:21Z (GMT) No. of bitstreams: 1 TESE ANDIARA RODRIGUES BARROS.. (3).pdf: 2616055 bytes, checksum: fccb0acc690965b9c2f171c11705b517 (MD5)Made available in DSpace on 2021-07-27T18:42:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1 TESE ANDIARA RODRIGUES BARROS.. 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