Repulsa e abjeção na dança contemporânea: a crise como potência transgressora e o anestesia-mento crítico
Ano de defesa: | 2016 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Escola de Dança
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós Graduação em Dança
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19747 |
Resumo: | Ao gerar mudanças no corpo e na arte, a crise como transgressão é uma potência que mobiliza a história e as práticas políticas. O anestesiamento crítico, decorrente de uma circularidade formada no circuito artístico, ao estabelecer uma hegemonia discursiva nas produções estéti-cas, produz um paradoxo entre a transgressão como pressuposto na dança contemporânea e a normatização das ações nesse campo. De uma perspectiva da biopolítica, que captura os dese-jos e a imaginação, os discursos de transgressão na arte podem ter seu espaço reservado, prin-cipalmente quando não existe um interdito contra o qual se opor. Nessa concepção política, os poderes são diluídos e capitalizáveis, anestesiando as forças de tensão e a capacidade crítica dos corpos. A transgressão está vinculada ao interdito, pois ambos são fundamentos implícitos à conjuntura existencial e social do corpo. A noção de transgressão da linguagem articula e problematiza a esfera artística que, atrelada aos conceitos de performatividade, heterogenei-dade e heterologia, expõe uma contradição entre o conteúdo dos discursos e as práticas en-gendradas nas demandas de mercado, fragilizando o corpo performativo, tanto nas experimen-tações da vanguarda da década de 1960 quanto nas suas implicações históricas, que se esten-dem à atualidade. Nesta pesquisa, as análises das produções artísticas são abordadas a partir dos conceitos de informe e de abjeção, os quais se aproximam radicalmente da transgressão, devido à produção de conflito e repulsa. |
id |
UFBA-2_8fe12fafdd97876281052f0f0b3ac2de |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufba.br:ri/19747 |
network_acronym_str |
UFBA-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFBA |
repository_id_str |
|
spelling |
Cruz, Isaura Suélen TupiniquimCruz, Isaura Suélen TupiniquimBritto, Fabiana DultraSetenta, Jussara SobreiraAraújo, Oriana Maria Duarte de2016-07-21T16:39:10Z2016-07-21T16:39:10Z2016-07-212016http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19747Ao gerar mudanças no corpo e na arte, a crise como transgressão é uma potência que mobiliza a história e as práticas políticas. O anestesiamento crítico, decorrente de uma circularidade formada no circuito artístico, ao estabelecer uma hegemonia discursiva nas produções estéti-cas, produz um paradoxo entre a transgressão como pressuposto na dança contemporânea e a normatização das ações nesse campo. De uma perspectiva da biopolítica, que captura os dese-jos e a imaginação, os discursos de transgressão na arte podem ter seu espaço reservado, prin-cipalmente quando não existe um interdito contra o qual se opor. Nessa concepção política, os poderes são diluídos e capitalizáveis, anestesiando as forças de tensão e a capacidade crítica dos corpos. A transgressão está vinculada ao interdito, pois ambos são fundamentos implícitos à conjuntura existencial e social do corpo. A noção de transgressão da linguagem articula e problematiza a esfera artística que, atrelada aos conceitos de performatividade, heterogenei-dade e heterologia, expõe uma contradição entre o conteúdo dos discursos e as práticas en-gendradas nas demandas de mercado, fragilizando o corpo performativo, tanto nas experimen-tações da vanguarda da década de 1960 quanto nas suas implicações históricas, que se esten-dem à atualidade. Nesta pesquisa, as análises das produções artísticas são abordadas a partir dos conceitos de informe e de abjeção, os quais se aproximam radicalmente da transgressão, devido à produção de conflito e repulsa.Submitted by Diana Alves (ppgdancaufba.adm@gmail.com) on 2016-07-21T13:02:59Z No. of bitstreams: 1 DISSERTACAO-IsauraTupiniquim.pdf: 1343081 bytes, checksum: 2a53fed798aae9087a991b2ec1023584 (MD5)Approved for entry into archive by Patricia Barroso (pbarroso@ufba.br) on 2016-07-21T16:39:10Z (GMT) No. of bitstreams: 1 DISSERTACAO-IsauraTupiniquim.pdf: 1343081 bytes, checksum: 2a53fed798aae9087a991b2ec1023584 (MD5)Made available in DSpace on 2016-07-21T16:39:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DISSERTACAO-IsauraTupiniquim.pdf: 1343081 bytes, checksum: 2a53fed798aae9087a991b2ec1023584 (MD5)DançaDança ContemporâneaTransgressãoAbjeçãoAnestesiamento críticoRepulsa e abjeção na dança contemporânea: a crise como potência transgressora e o anestesia-mento críticoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisEscola de DançaPrograma de Pós Graduação em DançaPPGDançabrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAORIGINALDISSERTACAO-IsauraTupiniquim.pdfDISSERTACAO-IsauraTupiniquim.pdfapplication/pdf1343081https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/19747/1/DISSERTACAO-IsauraTupiniquim.pdf2a53fed798aae9087a991b2ec1023584MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1383https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/19747/2/license.txt05eca2f01d0b3307819d0369dab18a34MD52TEXTDISSERTACAO-IsauraTupiniquim.pdf.txtDISSERTACAO-IsauraTupiniquim.pdf.txtExtracted texttext/plain264736https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/19747/3/DISSERTACAO-IsauraTupiniquim.pdf.txtb23d254c4877a6c6a376426b92597576MD53ri/197472022-06-29 14:54:09.709oai:repositorio.ufba.br:ri/19747VGVybW8gZGUgTGljZW7Dp2EsIG7Do28gZXhjbHVzaXZvLCBwYXJhIG8gZGVww7NzaXRvIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGQkEuCgogUGVsbyBwcm9jZXNzbyBkZSBzdWJtaXNzw6NvIGRlIGRvY3VtZW50b3MsIG8gYXV0b3Igb3Ugc2V1IHJlcHJlc2VudGFudGUgbGVnYWwsIGFvIGFjZWl0YXIgCmVzc2UgdGVybW8gZGUgbGljZW7Dp2EsIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGEgQmFoaWEgCm8gZGlyZWl0byBkZSBtYW50ZXIgdW1hIGPDs3BpYSBlbSBzZXUgcmVwb3NpdMOzcmlvIGNvbSBhIGZpbmFsaWRhZGUsIHByaW1laXJhLCBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLiAKRXNzZXMgdGVybW9zLCBuw6NvIGV4Y2x1c2l2b3MsIG1hbnTDqm0gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IvY29weXJpZ2h0LCBtYXMgZW50ZW5kZSBvIGRvY3VtZW50byAKY29tbyBwYXJ0ZSBkbyBhY2Vydm8gaW50ZWxlY3R1YWwgZGVzc2EgVW5pdmVyc2lkYWRlLgoKIFBhcmEgb3MgZG9jdW1lbnRvcyBwdWJsaWNhZG9zIGNvbSByZXBhc3NlIGRlIGRpcmVpdG9zIGRlIGRpc3RyaWJ1acOnw6NvLCBlc3NlIHRlcm1vIGRlIGxpY2Vuw6dhIAplbnRlbmRlIHF1ZToKCiBNYW50ZW5kbyBvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgcmVwYXNzYWRvcyBhIHRlcmNlaXJvcywgZW0gY2FzbyBkZSBwdWJsaWNhw6fDtWVzLCBvIHJlcG9zaXTDs3Jpbwpwb2RlIHJlc3RyaW5naXIgbyBhY2Vzc28gYW8gdGV4dG8gaW50ZWdyYWwsIG1hcyBsaWJlcmEgYXMgaW5mb3JtYcOnw7VlcyBzb2JyZSBvIGRvY3VtZW50bwooTWV0YWRhZG9zIGVzY3JpdGl2b3MpLgoKIERlc3RhIGZvcm1hLCBhdGVuZGVuZG8gYW9zIGFuc2Vpb3MgZGVzc2EgdW5pdmVyc2lkYWRlIGVtIG1hbnRlciBzdWEgcHJvZHXDp8OjbyBjaWVudMOtZmljYSBjb20gCmFzIHJlc3RyacOnw7VlcyBpbXBvc3RhcyBwZWxvcyBlZGl0b3JlcyBkZSBwZXJpw7NkaWNvcy4KCiBQYXJhIGFzIHB1YmxpY2HDp8O1ZXMgc2VtIGluaWNpYXRpdmFzIHF1ZSBzZWd1ZW0gYSBwb2zDrXRpY2EgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0bywgb3MgZGVww7NzaXRvcyAKY29tcHVsc8OzcmlvcyBuZXNzZSByZXBvc2l0w7NyaW8gbWFudMOqbSBvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgbWFzIG1hbnTDqm0gYWNlc3NvIGlycmVzdHJpdG8gCmFvIG1ldGFkYWRvcyBlIHRleHRvIGNvbXBsZXRvLiBBc3NpbSwgYSBhY2VpdGHDp8OjbyBkZXNzZSB0ZXJtbyBuw6NvIG5lY2Vzc2l0YSBkZSBjb25zZW50aW1lbnRvCiBwb3IgcGFydGUgZGUgYXV0b3Jlcy9kZXRlbnRvcmVzIGRvcyBkaXJlaXRvcywgcG9yIGVzdGFyZW0gZW0gaW5pY2lhdGl2YXMgZGUgYWNlc3NvIGFiZXJ0by4KRepositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-06-29T17:54:09Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Repulsa e abjeção na dança contemporânea: a crise como potência transgressora e o anestesia-mento crítico |
title |
Repulsa e abjeção na dança contemporânea: a crise como potência transgressora e o anestesia-mento crítico |
spellingShingle |
Repulsa e abjeção na dança contemporânea: a crise como potência transgressora e o anestesia-mento crítico Cruz, Isaura Suélen Tupiniquim Dança Dança Contemporânea Transgressão Abjeção Anestesiamento crítico |
title_short |
Repulsa e abjeção na dança contemporânea: a crise como potência transgressora e o anestesia-mento crítico |
title_full |
Repulsa e abjeção na dança contemporânea: a crise como potência transgressora e o anestesia-mento crítico |
title_fullStr |
Repulsa e abjeção na dança contemporânea: a crise como potência transgressora e o anestesia-mento crítico |
title_full_unstemmed |
Repulsa e abjeção na dança contemporânea: a crise como potência transgressora e o anestesia-mento crítico |
title_sort |
Repulsa e abjeção na dança contemporânea: a crise como potência transgressora e o anestesia-mento crítico |
author |
Cruz, Isaura Suélen Tupiniquim |
author_facet |
Cruz, Isaura Suélen Tupiniquim |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Cruz, Isaura Suélen Tupiniquim Cruz, Isaura Suélen Tupiniquim |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Britto, Fabiana Dultra |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Setenta, Jussara Sobreira Araújo, Oriana Maria Duarte de |
contributor_str_mv |
Britto, Fabiana Dultra Setenta, Jussara Sobreira Araújo, Oriana Maria Duarte de |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
Dança |
topic |
Dança Dança Contemporânea Transgressão Abjeção Anestesiamento crítico |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Dança Contemporânea Transgressão Abjeção Anestesiamento crítico |
description |
Ao gerar mudanças no corpo e na arte, a crise como transgressão é uma potência que mobiliza a história e as práticas políticas. O anestesiamento crítico, decorrente de uma circularidade formada no circuito artístico, ao estabelecer uma hegemonia discursiva nas produções estéti-cas, produz um paradoxo entre a transgressão como pressuposto na dança contemporânea e a normatização das ações nesse campo. De uma perspectiva da biopolítica, que captura os dese-jos e a imaginação, os discursos de transgressão na arte podem ter seu espaço reservado, prin-cipalmente quando não existe um interdito contra o qual se opor. Nessa concepção política, os poderes são diluídos e capitalizáveis, anestesiando as forças de tensão e a capacidade crítica dos corpos. A transgressão está vinculada ao interdito, pois ambos são fundamentos implícitos à conjuntura existencial e social do corpo. A noção de transgressão da linguagem articula e problematiza a esfera artística que, atrelada aos conceitos de performatividade, heterogenei-dade e heterologia, expõe uma contradição entre o conteúdo dos discursos e as práticas en-gendradas nas demandas de mercado, fragilizando o corpo performativo, tanto nas experimen-tações da vanguarda da década de 1960 quanto nas suas implicações históricas, que se esten-dem à atualidade. Nesta pesquisa, as análises das produções artísticas são abordadas a partir dos conceitos de informe e de abjeção, os quais se aproximam radicalmente da transgressão, devido à produção de conflito e repulsa. |
publishDate |
2016 |
dc.date.submitted.none.fl_str_mv |
2016 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2016-07-21T16:39:10Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2016-07-21T16:39:10Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2016-07-21 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19747 |
url |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19747 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Escola de Dança |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós Graduação em Dança |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
PPGDança |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Escola de Dança |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFBA instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA) instacron:UFBA |
instname_str |
Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
instacron_str |
UFBA |
institution |
UFBA |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFBA |
collection |
Repositório Institucional da UFBA |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/19747/1/DISSERTACAO-IsauraTupiniquim.pdf https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/19747/2/license.txt https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/19747/3/DISSERTACAO-IsauraTupiniquim.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
2a53fed798aae9087a991b2ec1023584 05eca2f01d0b3307819d0369dab18a34 b23d254c4877a6c6a376426b92597576 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1798059250035982336 |