PERCURSOS DA CINEMATOGRAFIA OCIDENTAL E REPRESENTAÇÕES DA VIOLÊNCIA URBANA NO CINEMA BRASILEIRO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: RADEK, JULIANA CUNHA COSTA
Orientador(a): SILVA, MARIA AUXILIADORA DA
Banca de defesa: SILVA, MARIA AUXILIADORA DA, PROST, CATHERINE, SANTOS, JOSÉ ANTÔNIO SAJA RAMOS NEVES DOS, FARIA, SÉRGIO COELHO BORGES, PIDNER, FLORA SOUZA
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Geociências
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação em Geografia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29364
Resumo: O cinema, desenvolvido na Europa no final do século XIX, foi considerado um sistema moderno, científico e mecânico de reprodução e distribuição de imagens em movimento que proporcionava ao espectador experienciar o mundo através da ilusão tridimensional do espaço, transformando-o em um sinônimo de janela sobre a realidade. Na contemporaneidade, o cinema tornou-se a principal forma de arte com capacidade de transmitir, multisensorialmente, as dinâmicas espaciais, temporais e culturais às plateias mundiais, devido a sua competência de unir o tempo e o espaço de maneira concreta e simbólica. A relação simbiótica entre as Ciências Geográfica e Fílmica foi abordada, nesta pesquisa, a partir de diferentes perspectivas interdisciplinares e multidisciplinares com viés qualitativo. Consequentemente, compreende-se que o filme opera como um meio simbólico para análise das representações do espaço, do território e da paisagem. O cinema, como uma arte geográfica, além de oferecer novas alternativas para o estudo das dinâmicas espaciais, proporciona, também, ao cineasta e ao público novos modos de construir, mentalmente, o espaço através das imaginações geográficas de espaços cinematográficos conhecidos, reconhecidos ou inventados. Deste modo, a presente tese objetiva, primeiramente, apresentar o processo evolutivo das tendências estéticas e temáticas do cinema ocidental, com destaque especial para o cinema europeu, estadunidense e brasileiro a partir do momento da primeira exibição pública até os dias atuais. Além disso, investiga-se, também, o desenvolvimento cinematográfico da representação da violência e da ultraviolência criminal urbana no contexto estadunidense e brasileiro. Assim, dentro deste panorama, o trabalho foi estruturado em três partes. A primeira, apresenta um referencial teórico-conceitual centrado em três temáticas; a violência sob o prisma do Processo de Civilização de Norbert Elias, a abordagem cultural na Geografia e, a elaboração dos estudos cinematográficos na Geografia. Na segunda parte, foi construída uma ampla abordagem histórico-geográfica para estabelecer uma periodização, em oito estágios, do cinema ocidental, com ênfase no cinema brasileiro, a partir de influências endógenas e exógenas referentes aos contextos espaciais, sociais, políticos, ideológicos, econômicos e culturais do Oriente e do Ocidente. Deste modo, esta divisão resultou na análise dos períodos da Belle Époque, do Cinema Hollywoodiano, dos Ciclos Regionais, da Chanchada, do Cinema Novo, da Pornochanchada, do Cinema da Retomada e do Cinema da Pós-retomada. A terceira e última parte tem por finalidade explorar as representações cinematográficas da violência no final do século XIX até meados do século XX e da ultraviolência criminal urbana, a partir da segunda metade do século passado, através de estudos centrados no desenvolvimento da censura e do Sistema de Classificação Indicativa de Filmes nos contextos estadunidense e brasileiro. Deste modo, pode-se compreender os fatores que levaram ao estabelecimento de convenções estéticas ocidentais e orientais para a performance e a montagem de conteúdos violentos e ultraviolentos na cinematografia dos Estados Unidos e do Brasil. Por fim, apresentou-se, cronologicamente, uma análise fílmica de seis longas-metragens brasileiros de ficção do circuito comercial lançados entre 1960 e 2010, que tiveram resultados positivos em termos de sucesso de bilheteria, recepção crítica e impactos estético e temático para o desenvolvimento da cinematografia brasileira sobre a violência urbana. Neste recorte temporal, foi demonstrado uma tendência representacional da violência criminal urbana, que evoluiu de roubos as atividades do tráfico de drogas, na região Sudeste, notadamente, nas favelas do Rio de Janeiro e nas periferias de São Paulo.
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A relação simbiótica entre as Ciências Geográfica e Fílmica foi abordada, nesta pesquisa, a partir de diferentes perspectivas interdisciplinares e multidisciplinares com viés qualitativo. Consequentemente, compreende-se que o filme opera como um meio simbólico para análise das representações do espaço, do território e da paisagem. O cinema, como uma arte geográfica, além de oferecer novas alternativas para o estudo das dinâmicas espaciais, proporciona, também, ao cineasta e ao público novos modos de construir, mentalmente, o espaço através das imaginações geográficas de espaços cinematográficos conhecidos, reconhecidos ou inventados. Deste modo, a presente tese objetiva, primeiramente, apresentar o processo evolutivo das tendências estéticas e temáticas do cinema ocidental, com destaque especial para o cinema europeu, estadunidense e brasileiro a partir do momento da primeira exibição pública até os dias atuais. Além disso, investiga-se, também, o desenvolvimento cinematográfico da representação da violência e da ultraviolência criminal urbana no contexto estadunidense e brasileiro. Assim, dentro deste panorama, o trabalho foi estruturado em três partes. A primeira, apresenta um referencial teórico-conceitual centrado em três temáticas; a violência sob o prisma do Processo de Civilização de Norbert Elias, a abordagem cultural na Geografia e, a elaboração dos estudos cinematográficos na Geografia. Na segunda parte, foi construída uma ampla abordagem histórico-geográfica para estabelecer uma periodização, em oito estágios, do cinema ocidental, com ênfase no cinema brasileiro, a partir de influências endógenas e exógenas referentes aos contextos espaciais, sociais, políticos, ideológicos, econômicos e culturais do Oriente e do Ocidente. Deste modo, esta divisão resultou na análise dos períodos da Belle Époque, do Cinema Hollywoodiano, dos Ciclos Regionais, da Chanchada, do Cinema Novo, da Pornochanchada, do Cinema da Retomada e do Cinema da Pós-retomada. A terceira e última parte tem por finalidade explorar as representações cinematográficas da violência no final do século XIX até meados do século XX e da ultraviolência criminal urbana, a partir da segunda metade do século passado, através de estudos centrados no desenvolvimento da censura e do Sistema de Classificação Indicativa de Filmes nos contextos estadunidense e brasileiro. Deste modo, pode-se compreender os fatores que levaram ao estabelecimento de convenções estéticas ocidentais e orientais para a performance e a montagem de conteúdos violentos e ultraviolentos na cinematografia dos Estados Unidos e do Brasil. Por fim, apresentou-se, cronologicamente, uma análise fílmica de seis longas-metragens brasileiros de ficção do circuito comercial lançados entre 1960 e 2010, que tiveram resultados positivos em termos de sucesso de bilheteria, recepção crítica e impactos estético e temático para o desenvolvimento da cinematografia brasileira sobre a violência urbana. Neste recorte temporal, foi demonstrado uma tendência representacional da violência criminal urbana, que evoluiu de roubos as atividades do tráfico de drogas, na região Sudeste, notadamente, nas favelas do Rio de Janeiro e nas periferias de São Paulo.ABSTRACT The technology of cinema started being developed in Europe at the end of the 19th century as a modern, scientific and mechanical system able to reproduce and distribute moving images. Those images allowed viewers to experience the world around them through the three-dimensional illusion of space, transforming the cinema into a synonym of window on reality. Nowadays, cinema has become the main form of art, able to convey, multisensorially, the spatial, temporal and cultural dynamics to world audiences due to its competence of unifying time and space in a concrete and symbolic way. In this research, the symbiotic relationship between Geography and Film Studies was addressed from different interdisciplinary and multidisciplinary perspectives with qualitative bias. Therefore, one can understand that film operates as a symbolic medium for the analysis of representations of space, territory and landscape. Besides that, cinema as a geographic art, offers new techniques to study the dynamics of space and provides a different approach for filmmakers and audiences to mentally build cinematic spaces through the geographical imaginations of the known, recognized or invented spaces. In this way, the thesis aims, primarily, to present the evolutionary process of the aesthetic and thematic tendencies of Western cinema, focusing, especially, on European, US-American and Brazilian cinemas from the moment of their first public exhibitions to the present day. Moreover, the thesis intends to investigate the cinematographic development of representation of urban violence and ultraviolence in the US-American and Brazilian contexts. Consequently, within this outlook, the work was structured in three parts. The first section presents a theoretical-conceptual framework based on three subjects; the concept of violence under the perspective of the Civilizing Process, the cultural approach in Geography, and the formation of the cinematographic studies in Geography. In the second part, a broad historical-geographical approach was designed in order to establish a periodization of eight stages of the Western cinema, with major focus on the Brazilian cinema. The periodization was based on endogenous and exogenous East and West influences related to the spatial, social, political, ideological, economic and cultural contexts. In this way, this division resulted in the analysis of the periods named Belle Époque, Hollywood Cinema, Regional Cycles, Chanchada, Cinema Novo, Pornochanchada, Rebirth of Brazilian Cinema and Post-rebirth of Brazilian Cinema. The third and final part intends to explore the cinematographic representations of violence, from the late 19th century to the mid-20th century, and urban criminal ultraviolence, from the second half of the last century, through the studies of the development of censorship and of the Motion Picture Content Rating System in the US-American and Brazilian contexts. Therefore, one can comprehend the establishment of the Western and Eastern aesthetic conventions and their influences on the performance and montage of violent and ultraviolent contents in the cinematography of the United States and Brazil. Finally, a chronological film analysis was presented based on six Brazilian feature films of the commercial circuit released between 1960 and 2010. Those films were selected due to their great results in terms of box office success, critical reception as well as aesthetic and thematic impacts for the development of the Brazilian cinematography on urban violence. In conclusion, the thesis demonstrated the trend of portraying urban criminal violence in Brazilian cinema, in the past 50 years, in which criminal activities has changed from robberies to drug trafficking in the Southeast region, notably in the favelas of Rio de Janeiro and in the peripheries of São Paulo.Submitted by Eliane Carola (eliane.carola@ufba.br) on 2019-04-17T19:06:05Z No. of bitstreams: 1 Juliana_Cunha_Radek_Costa_Tese_Final.pdf: 28673960 bytes, checksum: d5a303734ee9447181edf5454fc2c1f2 (MD5)Approved for entry into archive by Rafael Nunes (rafaeln@ufba.br) on 2019-04-24T19:01:26Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Juliana_Cunha_Radek_Costa_Tese_Final.pdf: 28673960 bytes, checksum: d5a303734ee9447181edf5454fc2c1f2 (MD5)Made available in DSpace on 2019-04-24T19:01:26Z (GMT). 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