Fios que urdem tecituras: práticas e sentidos constituindo versões da criança com comportamentos externalizantes.
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Saúde Coletiva
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduação em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29135 |
Resumo: | A categoria comportamentos externalizantes classifica um conjunto de reações impulsivas que são exteriorizadas pela criança ou adolescente de modo a proporcionar conflitos com o ambiente, tais como inquietude, desobediência, desatenção, agressividade, contestação, provocação, ruptura de regras etc. Os comportamentos externalizantes em um padrão repetitivo e persistente têm sido associados a síndromes psicopatológicas que são tomadas como base para o diagnóstico do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), do Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD) e do Transtorno de Conduta (TC). Esta dissertação apresenta um estudo de caso, qualitativo, de inspiração etnográfica, desenvolvido a partir das abordagens teórico-metodológicas da Teoria Ator-Rede e das Práticas Discursivas e Produção de Sentidos no Cotidiano. Essas abordagens dão enfoque às práticas cotidianas e corroboram no sentido de observar as articulações heterogêneas entre actantes diversos (pessoas, coisas, ideias, forças etc.), constituindo realidades fluidas e precárias em episódios do cotidiano com versões múltiplas e circunstanciais do objeto em estudo. O sujeito central da pesquisa é uma criança com diagnóstico relacionado a queixas de comportamentos externalizantes, em articulação com actantes humanos e não-humanos em dimensões diversas da sua rede de relações. O objetivo geral do estudo é compreender as múltiplas versões da criança com comportamentos externalizantes, constituídas nas práticas cotidianas das relações ator-rede. Como expedientes para alcançar o objetivo geral, seguiram-se os seguintes objetivos específicos: a) analisar os repertórios interpretativos utilizados nos processos performativos da criança com comportamentos externalizantes; b) descrever como os actantes humanos e não humanos se posicionam e/ou são posicionados nos processos de atuação da criança com comportamentos externalizantes; c) descrever os modos de atuar da criança com comportamentos externalizantes em suas múltiplas versões constituídas nas relações ator-rede. Como técnicas para a produção de dados foram utilizadas consultas a prontuários dos serviços de saúde, entrevistas narrativas autobiográficas e episódicas com os atores/sujeitos, observação participante, além de desenhos narrativos solicitados exclusivamente à criança. Por ser considerado um local com características favoráveis para problematizar a temática, tomou-se como espaço de pesquisa um município de médio porte situado próximo ao litoral de um estado da Região Nordeste do Brasil. Os resultados expressam o caráter múltiplo das realidades, com as práticas e sentidos constituindo diferentes versões, fragilizando e, por vezes, dissociando as categorias infância e comportamentos externalizantes. Em face de arranjos específicos nas associações entre actantes humanos e não humanos, incluindo os aspectos discursivos, o nosso objeto é constituído em diversas formas, sempre instáveis e em movimento, num “jogo” cotidiano de práticas e sentidos. A criança, com seus comportamentos conflitantes ou não, é mais que uma “peça” nesse “jogo” contínuo de práticas e sentidos”; ela é actante humana, é “jogadora” tal qual o adulto, que atua e é atuada no “jogo”, numa coprodução de realidades múltiplas e fluidas. As socialidades, materialidades e performatividades em movimento, circunstancialmente articulando e desarticulando actantes diversos, produzem versões sempre abertas e precárias do que seria a criança com comportamentos externalizantes. |
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Guimarães, André Luís PereiraGuimarães, André Luís PereiraSilva, Luis Augustro Vasconcelos daFrancischini, RosângelaJesus, Mônica Lima deCunha, Litza Andrade2019-04-02T17:59:19Z2019-04-022018-05-30http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29135A categoria comportamentos externalizantes classifica um conjunto de reações impulsivas que são exteriorizadas pela criança ou adolescente de modo a proporcionar conflitos com o ambiente, tais como inquietude, desobediência, desatenção, agressividade, contestação, provocação, ruptura de regras etc. Os comportamentos externalizantes em um padrão repetitivo e persistente têm sido associados a síndromes psicopatológicas que são tomadas como base para o diagnóstico do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), do Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD) e do Transtorno de Conduta (TC). Esta dissertação apresenta um estudo de caso, qualitativo, de inspiração etnográfica, desenvolvido a partir das abordagens teórico-metodológicas da Teoria Ator-Rede e das Práticas Discursivas e Produção de Sentidos no Cotidiano. Essas abordagens dão enfoque às práticas cotidianas e corroboram no sentido de observar as articulações heterogêneas entre actantes diversos (pessoas, coisas, ideias, forças etc.), constituindo realidades fluidas e precárias em episódios do cotidiano com versões múltiplas e circunstanciais do objeto em estudo. O sujeito central da pesquisa é uma criança com diagnóstico relacionado a queixas de comportamentos externalizantes, em articulação com actantes humanos e não-humanos em dimensões diversas da sua rede de relações. O objetivo geral do estudo é compreender as múltiplas versões da criança com comportamentos externalizantes, constituídas nas práticas cotidianas das relações ator-rede. Como expedientes para alcançar o objetivo geral, seguiram-se os seguintes objetivos específicos: a) analisar os repertórios interpretativos utilizados nos processos performativos da criança com comportamentos externalizantes; b) descrever como os actantes humanos e não humanos se posicionam e/ou são posicionados nos processos de atuação da criança com comportamentos externalizantes; c) descrever os modos de atuar da criança com comportamentos externalizantes em suas múltiplas versões constituídas nas relações ator-rede. Como técnicas para a produção de dados foram utilizadas consultas a prontuários dos serviços de saúde, entrevistas narrativas autobiográficas e episódicas com os atores/sujeitos, observação participante, além de desenhos narrativos solicitados exclusivamente à criança. Por ser considerado um local com características favoráveis para problematizar a temática, tomou-se como espaço de pesquisa um município de médio porte situado próximo ao litoral de um estado da Região Nordeste do Brasil. Os resultados expressam o caráter múltiplo das realidades, com as práticas e sentidos constituindo diferentes versões, fragilizando e, por vezes, dissociando as categorias infância e comportamentos externalizantes. Em face de arranjos específicos nas associações entre actantes humanos e não humanos, incluindo os aspectos discursivos, o nosso objeto é constituído em diversas formas, sempre instáveis e em movimento, num “jogo” cotidiano de práticas e sentidos. A criança, com seus comportamentos conflitantes ou não, é mais que uma “peça” nesse “jogo” contínuo de práticas e sentidos”; ela é actante humana, é “jogadora” tal qual o adulto, que atua e é atuada no “jogo”, numa coprodução de realidades múltiplas e fluidas. 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