Província dos trabalhadores tutelados: Trabalhadores indígenas diante do poder político e econômico na Província das Alagoas (1845-1872)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Júnior, Aldemir Barros da Silva
Orientador(a): Paraíso, Maria Hilda Baqueiro
Banca de defesa: Negro, Antônio Luigi, Maciel, Osvaldo Batista Acioly, Silva, Edson Hely, Macedo, Michelle Reis de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23318
Resumo: A tese analisa o processo que resultou de extinção dos aldeamentos indígenas na Região Nordeste, em meados do Século XIX. Para isso, utilizou como baliza temporal o período de atuação da Diretoria Geral dos Índios na Província de Alagoas (1845- 1872), instituída pelo Decreto Imperial nº 426 de 24 de junho de 1845, que regulamentava as missões de catequese e civilização dos índios. Neste processo, destacou-se o argumento utilizado, pelas autoridades locais, da descaracterização dos indígenas enquanto grupo étnico diferenciado – estariam misturados aos nacionais – com as formas de trabalho não tuteladas pelo Estado despontando como referência para se constatar a perda dos elementos étnicos. O poder institucionalizado avançou sobre os trabalhadores indígenas obrigando-os ao serviço público intensificando a utilização da mão de obra indígena, sobretudo, em obras públicas. Em contrapartida, os indígenas elaboraram estratégias para lidar com os constantes recrutamentos forçados nos aldeamentos. Estas estratégias devem ser entendidas a partir das formas de trabalho dos indígenas dentro e fora das terras dos aldeamentos, considerando a existência de uma economia de aldeamento diante de uma economia de mercado, que possibilita pensar em classe e étnica como categorias não excludentes.
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O poder institucionalizado avançou sobre os trabalhadores indígenas obrigando-os ao serviço público intensificando a utilização da mão de obra indígena, sobretudo, em obras públicas. Em contrapartida, os indígenas elaboraram estratégias para lidar com os constantes recrutamentos forçados nos aldeamentos. 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