A Guerra do Atlântico na Costa do Brasil: rastros, restos e aura dos U-boats no litoral de Sergipe e da Bahia (1942-1945)
Ano de defesa: | 2017 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29098 |
Resumo: | Esta tese propõe-se a estudar a dimensão social da ação beligerante dos U-boats no litoral de Sergipe e da Bahia, ao longo da Segunda Guerra Mundial. Com base na revisão da literatura especializada, aliada às informações emanadas das fontes primárias e das entrevistas orais, foi possível perceber como a costa do Brasil se integrou paulatinamente à Guerra do Atlântico (1939-1945). Em sua deflagração para os brasileiros, em agosto de 1942, as áreas marítimas adjacentes ao Porto de Salvador passaram a ser consideradas pelos marinheiros da época como um dos lugares mais arriscados para o exercício da navegação de cabotagem da América do Sul. Esta investigação precisou, então, variar o jogo das escalas de análise, pois a praia, um espaço por excelência marginal, tornou-se o lugar-central desta investigação micro-histórica. Era o que aparecia nela que gerava o acontecimento-monstro para os litorâneos. Foram os rastros e restos, que ajudaram a captar a aura da guerra naval, em outras palavras, os salvados tiveram o poder de criar imagens beligerantes, e assim, aproximar o que parecia distante: os submarinos alemães e italianos. Do ponto de vista metodológico, foi preciso estabelecer um diálogo com as ciências sociais para desenvolver uma análise histórica pautada na cultura material com o intuito de vislumbrar os salvados de guerra enquanto fontes históricas, ou, como diria Walter Benjamin, em documentos de barbárie. Daí a necessidade de se desenvolver uma investigação também voltada para a cultural material, especialmente no tocante aos significados sociais dos malafogados (catação dos salvados, prática social, memória coletiva, etc.); aos esquemas de apropriação dos praianos; aos conflitos entre militares e civis pelos malafogados; à comercialização dos objetos na cidade de Aracaju. Portanto, os restos navais trouxeram a aura da Segunda Guerra Mundial do oceano para o interior da vida social dos brasileiros. Por isso, adotou-se como marco temporal irradiador o dia 15 de agosto de 1942, quando se iniciaram os sucessivos ataques navais do U-507, encerrando-se, em 1945, com o fim da guerra na Europa, ou seja, da conjuntura político-militar que criou a Guerra do Atlântico. Mesmo após a capitulação da Alemanha, as águas brasileiras se transformaram em rota de fuga para os U-boats, que levavam a bordo os nazistas para alguns rincões costeiros da América do Sul. Ainda existem muitas histórias malafogadas na costa do Brasil ao longo da Segunda Guerra Mundial, resta saber: - até quando? |
id |
UFBA-2_ce7bf182eabc9da77808dfbe0b311420 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufba.br:ri/29098 |
network_acronym_str |
UFBA-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFBA |
repository_id_str |
|
spelling |
Cruz, Luiz Antônio PintoAras, Lina Maria Brandão deSena Júnior, Carlos Zacarias Figueiroa deOliveira, LauraCeravolo, Suely MoraesOliva, Terezinha2019-04-01T17:44:24Z2019-04-01T17:44:24Z2019-04-012017-10-27http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29098Esta tese propõe-se a estudar a dimensão social da ação beligerante dos U-boats no litoral de Sergipe e da Bahia, ao longo da Segunda Guerra Mundial. Com base na revisão da literatura especializada, aliada às informações emanadas das fontes primárias e das entrevistas orais, foi possível perceber como a costa do Brasil se integrou paulatinamente à Guerra do Atlântico (1939-1945). Em sua deflagração para os brasileiros, em agosto de 1942, as áreas marítimas adjacentes ao Porto de Salvador passaram a ser consideradas pelos marinheiros da época como um dos lugares mais arriscados para o exercício da navegação de cabotagem da América do Sul. Esta investigação precisou, então, variar o jogo das escalas de análise, pois a praia, um espaço por excelência marginal, tornou-se o lugar-central desta investigação micro-histórica. Era o que aparecia nela que gerava o acontecimento-monstro para os litorâneos. Foram os rastros e restos, que ajudaram a captar a aura da guerra naval, em outras palavras, os salvados tiveram o poder de criar imagens beligerantes, e assim, aproximar o que parecia distante: os submarinos alemães e italianos. Do ponto de vista metodológico, foi preciso estabelecer um diálogo com as ciências sociais para desenvolver uma análise histórica pautada na cultura material com o intuito de vislumbrar os salvados de guerra enquanto fontes históricas, ou, como diria Walter Benjamin, em documentos de barbárie. Daí a necessidade de se desenvolver uma investigação também voltada para a cultural material, especialmente no tocante aos significados sociais dos malafogados (catação dos salvados, prática social, memória coletiva, etc.); aos esquemas de apropriação dos praianos; aos conflitos entre militares e civis pelos malafogados; à comercialização dos objetos na cidade de Aracaju. Portanto, os restos navais trouxeram a aura da Segunda Guerra Mundial do oceano para o interior da vida social dos brasileiros. Por isso, adotou-se como marco temporal irradiador o dia 15 de agosto de 1942, quando se iniciaram os sucessivos ataques navais do U-507, encerrando-se, em 1945, com o fim da guerra na Europa, ou seja, da conjuntura político-militar que criou a Guerra do Atlântico. Mesmo após a capitulação da Alemanha, as águas brasileiras se transformaram em rota de fuga para os U-boats, que levavam a bordo os nazistas para alguns rincões costeiros da América do Sul. Ainda existem muitas histórias malafogadas na costa do Brasil ao longo da Segunda Guerra Mundial, resta saber: - até quando?This dissertation proposed the study of the social dimension of the belligerent U-boats‘ actions on the coastline of the Brazilian states Sergipe and Bahia along the World War II. Based upon the reading of specialized literature, together with information stemming from primary sources and oral interviews, it was possible to notice the way that the Brazilian coastline was steadily integrated to the Battle of the Atlantic (1939-1945). With its outbreak for Brazilians, in August of 1942, the maritime areas adjacent to the port of Salvador started to be considered by the sailors of that time as one of the riskiest places for cabotage navigation in South America. The present investigation thus needed to vary the standards of the analysis scales, for, the beach, a marginal space par excellence, became the core place of this micro-historical investigation. What happened on the beach generated the monster-event for those living by the coast. The traces and remains helped to understand the naval war‘s aura; in other words, the soldiers had the power to create belligerent images, and, therefore, bring closer what seemed to be distant: the Italian and the German submarines. From the methodological point of view, it was necessary to establish a dialogue with social sciences in order to develop a historical analysis based upon the material culture, aiming to understand the rescued remaining items of shipwrecks of the war as historical sources, or, as Walter Benjamin would say, ―in documents of barbarism. Because of that, it was necessary to develop an investigation which also comprehends the material culture, mainly regarding the social meanings of the so-called malafogados (which included the search for the remaining items of shipwrecks, social practice, collective memory, etc.), the coast dwellers‘ schemes of appropriation, the conflicts among the military and the civilians for the malafogados; the commercialization of objects in Aracaju. Therefore, the naval remains brought the aura of the World War II from the ocean to the social life of Brazilians. Because of that, the period from August 15, 1942, when the U507 successive naval attacks started, through 1945, when the War in Europe, i.e., the politicalmilitary conjuncture that created the Battle of the Atlantic, ended, was adopted as a time frame. Even after the German capitulation, the Brazilian waters became an escape route for the U-boats, which carried Nazis to some South American coastal corners. There is still a lot of (un)sunk history in Brazilian coastline along the World War II, but there is a question left: - how long is it going to remain like that?Submitted by Luiz Antônio Pinto Cruz (historiasdomar@gmail.com) on 2019-03-20T13:02:12Z No. of bitstreams: 2 cruz_luiz_antonio_pinto._a_guerra_do_atlantico_na_costa_do_brasil._rastros_restos_e_aura.pdf: 10125053 bytes, checksum: 20503256a444169270d17d7229f21c89 (MD5) cruz_luiz_antonio_pinto._a_guerra_do_atlantico_na_costa_do_brasil._rastros_restos_e_aura.pdf: 10125053 bytes, checksum: 20503256a444169270d17d7229f21c89 (MD5)Approved for entry into archive by Alexsandra Silva (alessa@ufba.br) on 2019-04-01T17:44:24Z (GMT) No. of bitstreams: 2 cruz_luiz_antonio_pinto._a_guerra_do_atlantico_na_costa_do_brasil._rastros_restos_e_aura.pdf: 10125053 bytes, checksum: 20503256a444169270d17d7229f21c89 (MD5) cruz_luiz_antonio_pinto._a_guerra_do_atlantico_na_costa_do_brasil._rastros_restos_e_aura.pdf: 10125053 bytes, checksum: 20503256a444169270d17d7229f21c89 (MD5)Made available in DSpace on 2019-04-01T17:44:24Z (GMT). No. of bitstreams: 2 cruz_luiz_antonio_pinto._a_guerra_do_atlantico_na_costa_do_brasil._rastros_restos_e_aura.pdf: 10125053 bytes, checksum: 20503256a444169270d17d7229f21c89 (MD5) cruz_luiz_antonio_pinto._a_guerra_do_atlantico_na_costa_do_brasil._rastros_restos_e_aura.pdf: 10125053 bytes, checksum: 20503256a444169270d17d7229f21c89 (MD5)Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)História SocialHistória MilitarCultura MaterialBatalha do AtlânticoCosta do BrasilU-boatMalafogadosBahiaSergipeOceano Atlântico - GuerraPortos – Bahia – HistóriaCosta – BrasilA Guerra do Atlântico na Costa do Brasil: rastros, restos e aura dos U-boats no litoral de Sergipe e da Bahia (1942-1945)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisFaculdade de Filosofia e Ciências HumanasPrograma de Pós-Graduação em HistóriaUFBABrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAORIGINALcruz_luiz_antonio_pinto._a_guerra_do_atlantico_na_costa_do_brasil._rastros_restos_e_aura.pdfcruz_luiz_antonio_pinto._a_guerra_do_atlantico_na_costa_do_brasil._rastros_restos_e_aura.pdfapplication/pdf10125053https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/29098/1/cruz_luiz_antonio_pinto._a_guerra_do_atlantico_na_costa_do_brasil._rastros_restos_e_aura.pdf20503256a444169270d17d7229f21c89MD51cruz_luiz_antonio_pinto._a_guerra_do_atlantico_na_costa_do_brasil._rastros_restos_e_aura.pdfcruz_luiz_antonio_pinto._a_guerra_do_atlantico_na_costa_do_brasil._rastros_restos_e_aura.pdfapplication/pdf10125053https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/29098/2/cruz_luiz_antonio_pinto._a_guerra_do_atlantico_na_costa_do_brasil._rastros_restos_e_aura.pdf20503256a444169270d17d7229f21c89MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1383https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/29098/3/license.txt690bb9e0ab0d79c4ae420a800ae539f0MD53TEXTcruz_luiz_antonio_pinto._a_guerra_do_atlantico_na_costa_do_brasil._rastros_restos_e_aura.pdf.txtcruz_luiz_antonio_pinto._a_guerra_do_atlantico_na_costa_do_brasil._rastros_restos_e_aura.pdf.txtExtracted texttext/plain911350https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/29098/4/cruz_luiz_antonio_pinto._a_guerra_do_atlantico_na_costa_do_brasil._rastros_restos_e_aura.pdf.txt3c2bdc61362034fd0714da6e2bfd99c1MD54ri/290982022-02-23 19:44:10.684oai:repositorio.ufba.br:ri/29098VGVybW8gZGUgTGljZW4/P2EsIG4/P28gZXhjbHVzaXZvLCBwYXJhIG8gZGVwPz9zaXRvIG5vIFJlcG9zaXQ/P3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGQkEuCgogUGVsbyBwcm9jZXNzbyBkZSBzdWJtaXNzPz9vIGRlIGRvY3VtZW50b3MsIG8gYXV0b3Igb3Ugc2V1IHJlcHJlc2VudGFudGUgbGVnYWwsIGFvIGFjZWl0YXIgCmVzc2UgdGVybW8gZGUgbGljZW4/P2EsIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdD8/cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGEgQmFoaWEgCm8gZGlyZWl0byBkZSBtYW50ZXIgdW1hIGM/P3BpYSBlbSBzZXUgcmVwb3NpdD8/cmlvIGNvbSBhIGZpbmFsaWRhZGUsIHByaW1laXJhLCBkZSBwcmVzZXJ2YT8/Pz9vLiAKRXNzZXMgdGVybW9zLCBuPz9vIGV4Y2x1c2l2b3MsIG1hbnQ/P20gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IvY29weXJpZ2h0LCBtYXMgZW50ZW5kZSBvIGRvY3VtZW50byAKY29tbyBwYXJ0ZSBkbyBhY2Vydm8gaW50ZWxlY3R1YWwgZGVzc2EgVW5pdmVyc2lkYWRlLgoKIFBhcmEgb3MgZG9jdW1lbnRvcyBwdWJsaWNhZG9zIGNvbSByZXBhc3NlIGRlIGRpcmVpdG9zIGRlIGRpc3RyaWJ1aT8/Pz9vLCBlc3NlIHRlcm1vIGRlIGxpY2VuPz9hIAplbnRlbmRlIHF1ZToKCiBNYW50ZW5kbyBvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgcmVwYXNzYWRvcyBhIHRlcmNlaXJvcywgZW0gY2FzbyBkZSBwdWJsaWNhPz8/P2VzLCBvIHJlcG9zaXQ/P3Jpbwpwb2RlIHJlc3RyaW5naXIgbyBhY2Vzc28gYW8gdGV4dG8gaW50ZWdyYWwsIG1hcyBsaWJlcmEgYXMgaW5mb3JtYT8/Pz9lcyBzb2JyZSBvIGRvY3VtZW50bwooTWV0YWRhZG9zIGVzY3JpdGl2b3MpLgoKIERlc3RhIGZvcm1hLCBhdGVuZGVuZG8gYW9zIGFuc2Vpb3MgZGVzc2EgdW5pdmVyc2lkYWRlIGVtIG1hbnRlciBzdWEgcHJvZHU/Pz8/byBjaWVudD8/ZmljYSBjb20gCmFzIHJlc3RyaT8/Pz9lcyBpbXBvc3RhcyBwZWxvcyBlZGl0b3JlcyBkZSBwZXJpPz9kaWNvcy4KCiBQYXJhIGFzIHB1YmxpY2E/Pz8/ZXMgc2VtIGluaWNpYXRpdmFzIHF1ZSBzZWd1ZW0gYSBwb2w/P3RpY2EgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0bywgb3MgZGVwPz9zaXRvcyAKY29tcHVscz8/cmlvcyBuZXNzZSByZXBvc2l0Pz9yaW8gbWFudD8/bSBvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgbWFzIG1hbnQ/P20gYWNlc3NvIGlycmVzdHJpdG8gCmFvIG1ldGFkYWRvcyBlIHRleHRvIGNvbXBsZXRvLiBBc3NpbSwgYSBhY2VpdGE/Pz8/byBkZXNzZSB0ZXJtbyBuPz9vIG5lY2Vzc2l0YSBkZSBjb25zZW50aW1lbnRvCiBwb3IgcGFydGUgZGUgYXV0b3Jlcy9kZXRlbnRvcmVzIGRvcyBkaXJlaXRvcywgcG9yIGVzdGFyZW0gZW0gaW5pY2lhdGl2YXMgZGUgYWNlc3NvIGFiZXJ0by4KRepositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-02-23T22:44:10Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
A Guerra do Atlântico na Costa do Brasil: rastros, restos e aura dos U-boats no litoral de Sergipe e da Bahia (1942-1945) |
title |
A Guerra do Atlântico na Costa do Brasil: rastros, restos e aura dos U-boats no litoral de Sergipe e da Bahia (1942-1945) |
spellingShingle |
A Guerra do Atlântico na Costa do Brasil: rastros, restos e aura dos U-boats no litoral de Sergipe e da Bahia (1942-1945) Cruz, Luiz Antônio Pinto História Social História Militar Cultura Material Batalha do Atlântico Costa do Brasil U-boat Malafogados Bahia Sergipe Oceano Atlântico - Guerra Portos – Bahia – História Costa – Brasil |
title_short |
A Guerra do Atlântico na Costa do Brasil: rastros, restos e aura dos U-boats no litoral de Sergipe e da Bahia (1942-1945) |
title_full |
A Guerra do Atlântico na Costa do Brasil: rastros, restos e aura dos U-boats no litoral de Sergipe e da Bahia (1942-1945) |
title_fullStr |
A Guerra do Atlântico na Costa do Brasil: rastros, restos e aura dos U-boats no litoral de Sergipe e da Bahia (1942-1945) |
title_full_unstemmed |
A Guerra do Atlântico na Costa do Brasil: rastros, restos e aura dos U-boats no litoral de Sergipe e da Bahia (1942-1945) |
title_sort |
A Guerra do Atlântico na Costa do Brasil: rastros, restos e aura dos U-boats no litoral de Sergipe e da Bahia (1942-1945) |
author |
Cruz, Luiz Antônio Pinto |
author_facet |
Cruz, Luiz Antônio Pinto |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Cruz, Luiz Antônio Pinto |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Aras, Lina Maria Brandão de |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Sena Júnior, Carlos Zacarias Figueiroa de Oliveira, Laura Ceravolo, Suely Moraes Oliva, Terezinha |
contributor_str_mv |
Aras, Lina Maria Brandão de Sena Júnior, Carlos Zacarias Figueiroa de Oliveira, Laura Ceravolo, Suely Moraes Oliva, Terezinha |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
História Social História Militar Cultura Material |
topic |
História Social História Militar Cultura Material Batalha do Atlântico Costa do Brasil U-boat Malafogados Bahia Sergipe Oceano Atlântico - Guerra Portos – Bahia – História Costa – Brasil |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Batalha do Atlântico Costa do Brasil U-boat Malafogados Bahia Sergipe Oceano Atlântico - Guerra Portos – Bahia – História Costa – Brasil |
description |
Esta tese propõe-se a estudar a dimensão social da ação beligerante dos U-boats no litoral de Sergipe e da Bahia, ao longo da Segunda Guerra Mundial. Com base na revisão da literatura especializada, aliada às informações emanadas das fontes primárias e das entrevistas orais, foi possível perceber como a costa do Brasil se integrou paulatinamente à Guerra do Atlântico (1939-1945). Em sua deflagração para os brasileiros, em agosto de 1942, as áreas marítimas adjacentes ao Porto de Salvador passaram a ser consideradas pelos marinheiros da época como um dos lugares mais arriscados para o exercício da navegação de cabotagem da América do Sul. Esta investigação precisou, então, variar o jogo das escalas de análise, pois a praia, um espaço por excelência marginal, tornou-se o lugar-central desta investigação micro-histórica. Era o que aparecia nela que gerava o acontecimento-monstro para os litorâneos. Foram os rastros e restos, que ajudaram a captar a aura da guerra naval, em outras palavras, os salvados tiveram o poder de criar imagens beligerantes, e assim, aproximar o que parecia distante: os submarinos alemães e italianos. Do ponto de vista metodológico, foi preciso estabelecer um diálogo com as ciências sociais para desenvolver uma análise histórica pautada na cultura material com o intuito de vislumbrar os salvados de guerra enquanto fontes históricas, ou, como diria Walter Benjamin, em documentos de barbárie. Daí a necessidade de se desenvolver uma investigação também voltada para a cultural material, especialmente no tocante aos significados sociais dos malafogados (catação dos salvados, prática social, memória coletiva, etc.); aos esquemas de apropriação dos praianos; aos conflitos entre militares e civis pelos malafogados; à comercialização dos objetos na cidade de Aracaju. Portanto, os restos navais trouxeram a aura da Segunda Guerra Mundial do oceano para o interior da vida social dos brasileiros. Por isso, adotou-se como marco temporal irradiador o dia 15 de agosto de 1942, quando se iniciaram os sucessivos ataques navais do U-507, encerrando-se, em 1945, com o fim da guerra na Europa, ou seja, da conjuntura político-militar que criou a Guerra do Atlântico. Mesmo após a capitulação da Alemanha, as águas brasileiras se transformaram em rota de fuga para os U-boats, que levavam a bordo os nazistas para alguns rincões costeiros da América do Sul. Ainda existem muitas histórias malafogadas na costa do Brasil ao longo da Segunda Guerra Mundial, resta saber: - até quando? |
publishDate |
2017 |
dc.date.submitted.none.fl_str_mv |
2017-10-27 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-04-01T17:44:24Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2019-04-01T17:44:24Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2019-04-01 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29098 |
url |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29098 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em História |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFBA |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFBA instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA) instacron:UFBA |
instname_str |
Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
instacron_str |
UFBA |
institution |
UFBA |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFBA |
collection |
Repositório Institucional da UFBA |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/29098/1/cruz_luiz_antonio_pinto._a_guerra_do_atlantico_na_costa_do_brasil._rastros_restos_e_aura.pdf https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/29098/2/cruz_luiz_antonio_pinto._a_guerra_do_atlantico_na_costa_do_brasil._rastros_restos_e_aura.pdf https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/29098/3/license.txt https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/29098/4/cruz_luiz_antonio_pinto._a_guerra_do_atlantico_na_costa_do_brasil._rastros_restos_e_aura.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
20503256a444169270d17d7229f21c89 20503256a444169270d17d7229f21c89 690bb9e0ab0d79c4ae420a800ae539f0 3c2bdc61362034fd0714da6e2bfd99c1 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1793970627171844096 |