A Guerra do Atlântico na Costa do Brasil: rastros, restos e aura dos U-boats no litoral de Sergipe e da Bahia (1942-1945)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Cruz, Luiz Antônio Pinto
Orientador(a): Aras, Lina Maria Brandão de
Banca de defesa: Sena Júnior, Carlos Zacarias Figueiroa de, Oliveira, Laura, Ceravolo, Suely Moraes, Oliva, Terezinha
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29098
Resumo: Esta tese propõe-se a estudar a dimensão social da ação beligerante dos U-boats no litoral de Sergipe e da Bahia, ao longo da Segunda Guerra Mundial. Com base na revisão da literatura especializada, aliada às informações emanadas das fontes primárias e das entrevistas orais, foi possível perceber como a costa do Brasil se integrou paulatinamente à Guerra do Atlântico (1939-1945). Em sua deflagração para os brasileiros, em agosto de 1942, as áreas marítimas adjacentes ao Porto de Salvador passaram a ser consideradas pelos marinheiros da época como um dos lugares mais arriscados para o exercício da navegação de cabotagem da América do Sul. Esta investigação precisou, então, variar o jogo das escalas de análise, pois a praia, um espaço por excelência marginal, tornou-se o lugar-central desta investigação micro-histórica. Era o que aparecia nela que gerava o acontecimento-monstro para os litorâneos. Foram os rastros e restos, que ajudaram a captar a aura da guerra naval, em outras palavras, os salvados tiveram o poder de criar imagens beligerantes, e assim, aproximar o que parecia distante: os submarinos alemães e italianos. Do ponto de vista metodológico, foi preciso estabelecer um diálogo com as ciências sociais para desenvolver uma análise histórica pautada na cultura material com o intuito de vislumbrar os salvados de guerra enquanto fontes históricas, ou, como diria Walter Benjamin, em documentos de barbárie. Daí a necessidade de se desenvolver uma investigação também voltada para a cultural material, especialmente no tocante aos significados sociais dos malafogados (catação dos salvados, prática social, memória coletiva, etc.); aos esquemas de apropriação dos praianos; aos conflitos entre militares e civis pelos malafogados; à comercialização dos objetos na cidade de Aracaju. Portanto, os restos navais trouxeram a aura da Segunda Guerra Mundial do oceano para o interior da vida social dos brasileiros. Por isso, adotou-se como marco temporal irradiador o dia 15 de agosto de 1942, quando se iniciaram os sucessivos ataques navais do U-507, encerrando-se, em 1945, com o fim da guerra na Europa, ou seja, da conjuntura político-militar que criou a Guerra do Atlântico. Mesmo após a capitulação da Alemanha, as águas brasileiras se transformaram em rota de fuga para os U-boats, que levavam a bordo os nazistas para alguns rincões costeiros da América do Sul. Ainda existem muitas histórias malafogadas na costa do Brasil ao longo da Segunda Guerra Mundial, resta saber: - até quando?
id UFBA-2_ce7bf182eabc9da77808dfbe0b311420
oai_identifier_str oai:repositorio.ufba.br:ri/29098
network_acronym_str UFBA-2
network_name_str Repositório Institucional da UFBA
repository_id_str
spelling Cruz, Luiz Antônio PintoAras, Lina Maria Brandão deSena Júnior, Carlos Zacarias Figueiroa deOliveira, LauraCeravolo, Suely MoraesOliva, Terezinha2019-04-01T17:44:24Z2019-04-01T17:44:24Z2019-04-012017-10-27http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29098Esta tese propõe-se a estudar a dimensão social da ação beligerante dos U-boats no litoral de Sergipe e da Bahia, ao longo da Segunda Guerra Mundial. Com base na revisão da literatura especializada, aliada às informações emanadas das fontes primárias e das entrevistas orais, foi possível perceber como a costa do Brasil se integrou paulatinamente à Guerra do Atlântico (1939-1945). Em sua deflagração para os brasileiros, em agosto de 1942, as áreas marítimas adjacentes ao Porto de Salvador passaram a ser consideradas pelos marinheiros da época como um dos lugares mais arriscados para o exercício da navegação de cabotagem da América do Sul. Esta investigação precisou, então, variar o jogo das escalas de análise, pois a praia, um espaço por excelência marginal, tornou-se o lugar-central desta investigação micro-histórica. Era o que aparecia nela que gerava o acontecimento-monstro para os litorâneos. Foram os rastros e restos, que ajudaram a captar a aura da guerra naval, em outras palavras, os salvados tiveram o poder de criar imagens beligerantes, e assim, aproximar o que parecia distante: os submarinos alemães e italianos. Do ponto de vista metodológico, foi preciso estabelecer um diálogo com as ciências sociais para desenvolver uma análise histórica pautada na cultura material com o intuito de vislumbrar os salvados de guerra enquanto fontes históricas, ou, como diria Walter Benjamin, em documentos de barbárie. Daí a necessidade de se desenvolver uma investigação também voltada para a cultural material, especialmente no tocante aos significados sociais dos malafogados (catação dos salvados, prática social, memória coletiva, etc.); aos esquemas de apropriação dos praianos; aos conflitos entre militares e civis pelos malafogados; à comercialização dos objetos na cidade de Aracaju. Portanto, os restos navais trouxeram a aura da Segunda Guerra Mundial do oceano para o interior da vida social dos brasileiros. Por isso, adotou-se como marco temporal irradiador o dia 15 de agosto de 1942, quando se iniciaram os sucessivos ataques navais do U-507, encerrando-se, em 1945, com o fim da guerra na Europa, ou seja, da conjuntura político-militar que criou a Guerra do Atlântico. Mesmo após a capitulação da Alemanha, as águas brasileiras se transformaram em rota de fuga para os U-boats, que levavam a bordo os nazistas para alguns rincões costeiros da América do Sul. Ainda existem muitas histórias malafogadas na costa do Brasil ao longo da Segunda Guerra Mundial, resta saber: - até quando?This dissertation proposed the study of the social dimension of the belligerent U-boats‘ actions on the coastline of the Brazilian states Sergipe and Bahia along the World War II. Based upon the reading of specialized literature, together with information stemming from primary sources and oral interviews, it was possible to notice the way that the Brazilian coastline was steadily integrated to the Battle of the Atlantic (1939-1945). With its outbreak for Brazilians, in August of 1942, the maritime areas adjacent to the port of Salvador started to be considered by the sailors of that time as one of the riskiest places for cabotage navigation in South America. The present investigation thus needed to vary the standards of the analysis scales, for, the beach, a marginal space par excellence, became the core place of this micro-historical investigation. What happened on the beach generated the monster-event for those living by the coast. The traces and remains helped to understand the naval war‘s aura; in other words, the soldiers had the power to create belligerent images, and, therefore, bring closer what seemed to be distant: the Italian and the German submarines. From the methodological point of view, it was necessary to establish a dialogue with social sciences in order to develop a historical analysis based upon the material culture, aiming to understand the rescued remaining items of shipwrecks of the war as historical sources, or, as Walter Benjamin would say, ―in documents of barbarism. Because of that, it was necessary to develop an investigation which also comprehends the material culture, mainly regarding the social meanings of the so-called malafogados (which included the search for the remaining items of shipwrecks, social practice, collective memory, etc.), the coast dwellers‘ schemes of appropriation, the conflicts among the military and the civilians for the malafogados; the commercialization of objects in Aracaju. Therefore, the naval remains brought the aura of the World War II from the ocean to the social life of Brazilians. Because of that, the period from August 15, 1942, when the U507 successive naval attacks started, through 1945, when the War in Europe, i.e., the politicalmilitary conjuncture that created the Battle of the Atlantic, ended, was adopted as a time frame. Even after the German capitulation, the Brazilian waters became an escape route for the U-boats, which carried Nazis to some South American coastal corners. There is still a lot of (un)sunk history in Brazilian coastline along the World War II, but there is a question left: - how long is it going to remain like that?Submitted by Luiz Antônio Pinto Cruz (historiasdomar@gmail.com) on 2019-03-20T13:02:12Z No. of bitstreams: 2 cruz_luiz_antonio_pinto._a_guerra_do_atlantico_na_costa_do_brasil._rastros_restos_e_aura.pdf: 10125053 bytes, checksum: 20503256a444169270d17d7229f21c89 (MD5) cruz_luiz_antonio_pinto._a_guerra_do_atlantico_na_costa_do_brasil._rastros_restos_e_aura.pdf: 10125053 bytes, checksum: 20503256a444169270d17d7229f21c89 (MD5)Approved for entry into archive by Alexsandra Silva (alessa@ufba.br) on 2019-04-01T17:44:24Z (GMT) No. of bitstreams: 2 cruz_luiz_antonio_pinto._a_guerra_do_atlantico_na_costa_do_brasil._rastros_restos_e_aura.pdf: 10125053 bytes, checksum: 20503256a444169270d17d7229f21c89 (MD5) cruz_luiz_antonio_pinto._a_guerra_do_atlantico_na_costa_do_brasil._rastros_restos_e_aura.pdf: 10125053 bytes, checksum: 20503256a444169270d17d7229f21c89 (MD5)Made available in DSpace on 2019-04-01T17:44:24Z (GMT). No. of bitstreams: 2 cruz_luiz_antonio_pinto._a_guerra_do_atlantico_na_costa_do_brasil._rastros_restos_e_aura.pdf: 10125053 bytes, checksum: 20503256a444169270d17d7229f21c89 (MD5) cruz_luiz_antonio_pinto._a_guerra_do_atlantico_na_costa_do_brasil._rastros_restos_e_aura.pdf: 10125053 bytes, checksum: 20503256a444169270d17d7229f21c89 (MD5)Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)História SocialHistória MilitarCultura MaterialBatalha do AtlânticoCosta do BrasilU-boatMalafogadosBahiaSergipeOceano Atlântico - GuerraPortos – Bahia – HistóriaCosta – BrasilA Guerra do Atlântico na Costa do Brasil: rastros, restos e aura dos U-boats no litoral de Sergipe e da Bahia (1942-1945)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisFaculdade de Filosofia e Ciências HumanasPrograma de Pós-Graduação em HistóriaUFBABrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAORIGINALcruz_luiz_antonio_pinto._a_guerra_do_atlantico_na_costa_do_brasil._rastros_restos_e_aura.pdfcruz_luiz_antonio_pinto._a_guerra_do_atlantico_na_costa_do_brasil._rastros_restos_e_aura.pdfapplication/pdf10125053https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/29098/1/cruz_luiz_antonio_pinto._a_guerra_do_atlantico_na_costa_do_brasil._rastros_restos_e_aura.pdf20503256a444169270d17d7229f21c89MD51cruz_luiz_antonio_pinto._a_guerra_do_atlantico_na_costa_do_brasil._rastros_restos_e_aura.pdfcruz_luiz_antonio_pinto._a_guerra_do_atlantico_na_costa_do_brasil._rastros_restos_e_aura.pdfapplication/pdf10125053https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/29098/2/cruz_luiz_antonio_pinto._a_guerra_do_atlantico_na_costa_do_brasil._rastros_restos_e_aura.pdf20503256a444169270d17d7229f21c89MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1383https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/29098/3/license.txt690bb9e0ab0d79c4ae420a800ae539f0MD53TEXTcruz_luiz_antonio_pinto._a_guerra_do_atlantico_na_costa_do_brasil._rastros_restos_e_aura.pdf.txtcruz_luiz_antonio_pinto._a_guerra_do_atlantico_na_costa_do_brasil._rastros_restos_e_aura.pdf.txtExtracted texttext/plain911350https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/29098/4/cruz_luiz_antonio_pinto._a_guerra_do_atlantico_na_costa_do_brasil._rastros_restos_e_aura.pdf.txt3c2bdc61362034fd0714da6e2bfd99c1MD54ri/290982022-02-23 19:44:10.684oai:repositorio.ufba.br:ri/29098VGVybW8gZGUgTGljZW4/P2EsIG4/P28gZXhjbHVzaXZvLCBwYXJhIG8gZGVwPz9zaXRvIG5vIFJlcG9zaXQ/P3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGQkEuCgogUGVsbyBwcm9jZXNzbyBkZSBzdWJtaXNzPz9vIGRlIGRvY3VtZW50b3MsIG8gYXV0b3Igb3Ugc2V1IHJlcHJlc2VudGFudGUgbGVnYWwsIGFvIGFjZWl0YXIgCmVzc2UgdGVybW8gZGUgbGljZW4/P2EsIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdD8/cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGEgQmFoaWEgCm8gZGlyZWl0byBkZSBtYW50ZXIgdW1hIGM/P3BpYSBlbSBzZXUgcmVwb3NpdD8/cmlvIGNvbSBhIGZpbmFsaWRhZGUsIHByaW1laXJhLCBkZSBwcmVzZXJ2YT8/Pz9vLiAKRXNzZXMgdGVybW9zLCBuPz9vIGV4Y2x1c2l2b3MsIG1hbnQ/P20gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IvY29weXJpZ2h0LCBtYXMgZW50ZW5kZSBvIGRvY3VtZW50byAKY29tbyBwYXJ0ZSBkbyBhY2Vydm8gaW50ZWxlY3R1YWwgZGVzc2EgVW5pdmVyc2lkYWRlLgoKIFBhcmEgb3MgZG9jdW1lbnRvcyBwdWJsaWNhZG9zIGNvbSByZXBhc3NlIGRlIGRpcmVpdG9zIGRlIGRpc3RyaWJ1aT8/Pz9vLCBlc3NlIHRlcm1vIGRlIGxpY2VuPz9hIAplbnRlbmRlIHF1ZToKCiBNYW50ZW5kbyBvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgcmVwYXNzYWRvcyBhIHRlcmNlaXJvcywgZW0gY2FzbyBkZSBwdWJsaWNhPz8/P2VzLCBvIHJlcG9zaXQ/P3Jpbwpwb2RlIHJlc3RyaW5naXIgbyBhY2Vzc28gYW8gdGV4dG8gaW50ZWdyYWwsIG1hcyBsaWJlcmEgYXMgaW5mb3JtYT8/Pz9lcyBzb2JyZSBvIGRvY3VtZW50bwooTWV0YWRhZG9zIGVzY3JpdGl2b3MpLgoKIERlc3RhIGZvcm1hLCBhdGVuZGVuZG8gYW9zIGFuc2Vpb3MgZGVzc2EgdW5pdmVyc2lkYWRlIGVtIG1hbnRlciBzdWEgcHJvZHU/Pz8/byBjaWVudD8/ZmljYSBjb20gCmFzIHJlc3RyaT8/Pz9lcyBpbXBvc3RhcyBwZWxvcyBlZGl0b3JlcyBkZSBwZXJpPz9kaWNvcy4KCiBQYXJhIGFzIHB1YmxpY2E/Pz8/ZXMgc2VtIGluaWNpYXRpdmFzIHF1ZSBzZWd1ZW0gYSBwb2w/P3RpY2EgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0bywgb3MgZGVwPz9zaXRvcyAKY29tcHVscz8/cmlvcyBuZXNzZSByZXBvc2l0Pz9yaW8gbWFudD8/bSBvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgbWFzIG1hbnQ/P20gYWNlc3NvIGlycmVzdHJpdG8gCmFvIG1ldGFkYWRvcyBlIHRleHRvIGNvbXBsZXRvLiBBc3NpbSwgYSBhY2VpdGE/Pz8/byBkZXNzZSB0ZXJtbyBuPz9vIG5lY2Vzc2l0YSBkZSBjb25zZW50aW1lbnRvCiBwb3IgcGFydGUgZGUgYXV0b3Jlcy9kZXRlbnRvcmVzIGRvcyBkaXJlaXRvcywgcG9yIGVzdGFyZW0gZW0gaW5pY2lhdGl2YXMgZGUgYWNlc3NvIGFiZXJ0by4KRepositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-02-23T22:44:10Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A Guerra do Atlântico na Costa do Brasil: rastros, restos e aura dos U-boats no litoral de Sergipe e da Bahia (1942-1945)
title A Guerra do Atlântico na Costa do Brasil: rastros, restos e aura dos U-boats no litoral de Sergipe e da Bahia (1942-1945)
spellingShingle A Guerra do Atlântico na Costa do Brasil: rastros, restos e aura dos U-boats no litoral de Sergipe e da Bahia (1942-1945)
Cruz, Luiz Antônio Pinto
História Social
História Militar
Cultura Material
Batalha do Atlântico
Costa do Brasil
U-boat
Malafogados
Bahia
Sergipe
Oceano Atlântico - Guerra
Portos – Bahia – História
Costa – Brasil
title_short A Guerra do Atlântico na Costa do Brasil: rastros, restos e aura dos U-boats no litoral de Sergipe e da Bahia (1942-1945)
title_full A Guerra do Atlântico na Costa do Brasil: rastros, restos e aura dos U-boats no litoral de Sergipe e da Bahia (1942-1945)
title_fullStr A Guerra do Atlântico na Costa do Brasil: rastros, restos e aura dos U-boats no litoral de Sergipe e da Bahia (1942-1945)
title_full_unstemmed A Guerra do Atlântico na Costa do Brasil: rastros, restos e aura dos U-boats no litoral de Sergipe e da Bahia (1942-1945)
title_sort A Guerra do Atlântico na Costa do Brasil: rastros, restos e aura dos U-boats no litoral de Sergipe e da Bahia (1942-1945)
author Cruz, Luiz Antônio Pinto
author_facet Cruz, Luiz Antônio Pinto
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Cruz, Luiz Antônio Pinto
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Aras, Lina Maria Brandão de
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Sena Júnior, Carlos Zacarias Figueiroa de
Oliveira, Laura
Ceravolo, Suely Moraes
Oliva, Terezinha
contributor_str_mv Aras, Lina Maria Brandão de
Sena Júnior, Carlos Zacarias Figueiroa de
Oliveira, Laura
Ceravolo, Suely Moraes
Oliva, Terezinha
dc.subject.cnpq.fl_str_mv História Social
História Militar
Cultura Material
topic História Social
História Militar
Cultura Material
Batalha do Atlântico
Costa do Brasil
U-boat
Malafogados
Bahia
Sergipe
Oceano Atlântico - Guerra
Portos – Bahia – História
Costa – Brasil
dc.subject.por.fl_str_mv Batalha do Atlântico
Costa do Brasil
U-boat
Malafogados
Bahia
Sergipe
Oceano Atlântico - Guerra
Portos – Bahia – História
Costa – Brasil
description Esta tese propõe-se a estudar a dimensão social da ação beligerante dos U-boats no litoral de Sergipe e da Bahia, ao longo da Segunda Guerra Mundial. Com base na revisão da literatura especializada, aliada às informações emanadas das fontes primárias e das entrevistas orais, foi possível perceber como a costa do Brasil se integrou paulatinamente à Guerra do Atlântico (1939-1945). Em sua deflagração para os brasileiros, em agosto de 1942, as áreas marítimas adjacentes ao Porto de Salvador passaram a ser consideradas pelos marinheiros da época como um dos lugares mais arriscados para o exercício da navegação de cabotagem da América do Sul. Esta investigação precisou, então, variar o jogo das escalas de análise, pois a praia, um espaço por excelência marginal, tornou-se o lugar-central desta investigação micro-histórica. Era o que aparecia nela que gerava o acontecimento-monstro para os litorâneos. Foram os rastros e restos, que ajudaram a captar a aura da guerra naval, em outras palavras, os salvados tiveram o poder de criar imagens beligerantes, e assim, aproximar o que parecia distante: os submarinos alemães e italianos. Do ponto de vista metodológico, foi preciso estabelecer um diálogo com as ciências sociais para desenvolver uma análise histórica pautada na cultura material com o intuito de vislumbrar os salvados de guerra enquanto fontes históricas, ou, como diria Walter Benjamin, em documentos de barbárie. Daí a necessidade de se desenvolver uma investigação também voltada para a cultural material, especialmente no tocante aos significados sociais dos malafogados (catação dos salvados, prática social, memória coletiva, etc.); aos esquemas de apropriação dos praianos; aos conflitos entre militares e civis pelos malafogados; à comercialização dos objetos na cidade de Aracaju. Portanto, os restos navais trouxeram a aura da Segunda Guerra Mundial do oceano para o interior da vida social dos brasileiros. Por isso, adotou-se como marco temporal irradiador o dia 15 de agosto de 1942, quando se iniciaram os sucessivos ataques navais do U-507, encerrando-se, em 1945, com o fim da guerra na Europa, ou seja, da conjuntura político-militar que criou a Guerra do Atlântico. Mesmo após a capitulação da Alemanha, as águas brasileiras se transformaram em rota de fuga para os U-boats, que levavam a bordo os nazistas para alguns rincões costeiros da América do Sul. Ainda existem muitas histórias malafogadas na costa do Brasil ao longo da Segunda Guerra Mundial, resta saber: - até quando?
publishDate 2017
dc.date.submitted.none.fl_str_mv 2017-10-27
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-04-01T17:44:24Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-04-01T17:44:24Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2019-04-01
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29098
url http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29098
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em História
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFBA
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFBA
instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron:UFBA
instname_str Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron_str UFBA
institution UFBA
reponame_str Repositório Institucional da UFBA
collection Repositório Institucional da UFBA
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/29098/1/cruz_luiz_antonio_pinto._a_guerra_do_atlantico_na_costa_do_brasil._rastros_restos_e_aura.pdf
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/29098/2/cruz_luiz_antonio_pinto._a_guerra_do_atlantico_na_costa_do_brasil._rastros_restos_e_aura.pdf
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/29098/3/license.txt
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/29098/4/cruz_luiz_antonio_pinto._a_guerra_do_atlantico_na_costa_do_brasil._rastros_restos_e_aura.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 20503256a444169270d17d7229f21c89
20503256a444169270d17d7229f21c89
690bb9e0ab0d79c4ae420a800ae539f0
3c2bdc61362034fd0714da6e2bfd99c1
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1793970627171844096