Violência sexual infantojuvenil: percepções de profissionais de saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Conceição, Marimeire Morais da lattes
Orientador(a): Camargo, Climene Laura de lattes
Banca de defesa: Camargo, Climene Laura de lattes, Dejo, Vânia Nora Bustamante lattes, Gomes, Nadirlene Pereira lattes, Almeida, Lílian Conceição Guimarães de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF)
Departamento: Escola de Enfermagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/34895
Resumo: A violência sexual contra crianças e adolescentes é um problema de saúde pública, que pode provocar danos físicos, emocionais, psicológicos e sociais irreversíveis às vítimas e seus familiares, refletindo em toda a sociedade. O atendimento hospitalar à essas vítimas e familiares causam diversos sentimentos aos profissionais de saúde, que podem influenciar na qualidade do atendimento prestado. Descrever as percepções de profissionais de saúde sobre a violência sexual infantojuvenil. Trata-se de um estudo qualitativo, exploratório realizado mediante o uso de entrevistas semiestruturadas, entre junho e julho de 2019, com 30 mulheres, profissionais da equipe de saúde atuantes há mais de um ano em um hospital público da Bahia. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa sob o parecer nº 3.383.906. As participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, as entrevistas foram gravadas, transcritas, analisadas por meio da técnica de análise de conteúdo. Da análise das entrevistas emergiram quatro categorias: 1) Percepções sobre reações manifestadas por crianças, adolescentes, familiares e membros da equipe multiprofissional: sentimentos, comportamentos e atitudes das vítimas, familiares e profissionais sugerem que a violação sexual infantojuvenil choca a todos, gerando: abalo emocional, revolta/indignação e medos que resultam em sofrimento, silêncio, empatia e envolvimento nos cuidados; 2) Percepções sobre a realidade social de crianças e adolescentes que sofreram violência sexual: as vítimas atendidas tinham idade entre 0 e 17 anos, a maioria eram meninas, negras. As adolescentes eram pouco desenvolvidas física e emocionalmente. As crianças tinham mães ausentes de seus lares ou eram filhas de adolescentes. A maioria das vítimas pertencia famílias com dinâmicas disfuncionais, sendo algumas submetidas a situações de negligência e abandono; 3) Percepções sobre o quadro clínico de crianças e adolescentes vitimizadas sexualmente: as vítimas infanto-juvenis apresentavam lesões físicas graves e distúrbios psíquicos, outras não apresentavam sinais de violência, sendo que algumas delas foram à óbito em decorrência dos abusos sofridos. Tiveram iniciação sexual com homens adultos e/ou vivenciavam o casamento na infância e 4) Percepções acerca de contradições/negação dos agravos vivenciados pelas crianças e adolescentes atendidas: as situações de violência sexual conhecidas por responsáveis contribuem para a elucidação dos fatos. Entretanto, alguns familiares estão imersas na possibilidade de negação da ocorrência e ocultação da identidade do agressor. Reações manifestadas pela equipe multiprofissional denotam uma seara impactante que resulta em mobilização emocional, ao depararem-se com realidades sociais complexas, contextos clínicos graves e reações de difícil abordagem.
id UFBA-2_e56e277433682a79592553fcd9101803
oai_identifier_str oai:repositorio.ufba.br:ri/34895
network_acronym_str UFBA-2
network_name_str Repositório Institucional da UFBA
repository_id_str
spelling 2022-03-17T18:50:44Z2020-03-102022-03-17T18:50:44Z2020-06-10https://repositorio.ufba.br/handle/ri/34895A violência sexual contra crianças e adolescentes é um problema de saúde pública, que pode provocar danos físicos, emocionais, psicológicos e sociais irreversíveis às vítimas e seus familiares, refletindo em toda a sociedade. O atendimento hospitalar à essas vítimas e familiares causam diversos sentimentos aos profissionais de saúde, que podem influenciar na qualidade do atendimento prestado. Descrever as percepções de profissionais de saúde sobre a violência sexual infantojuvenil. Trata-se de um estudo qualitativo, exploratório realizado mediante o uso de entrevistas semiestruturadas, entre junho e julho de 2019, com 30 mulheres, profissionais da equipe de saúde atuantes há mais de um ano em um hospital público da Bahia. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa sob o parecer nº 3.383.906. As participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, as entrevistas foram gravadas, transcritas, analisadas por meio da técnica de análise de conteúdo. Da análise das entrevistas emergiram quatro categorias: 1) Percepções sobre reações manifestadas por crianças, adolescentes, familiares e membros da equipe multiprofissional: sentimentos, comportamentos e atitudes das vítimas, familiares e profissionais sugerem que a violação sexual infantojuvenil choca a todos, gerando: abalo emocional, revolta/indignação e medos que resultam em sofrimento, silêncio, empatia e envolvimento nos cuidados; 2) Percepções sobre a realidade social de crianças e adolescentes que sofreram violência sexual: as vítimas atendidas tinham idade entre 0 e 17 anos, a maioria eram meninas, negras. As adolescentes eram pouco desenvolvidas física e emocionalmente. As crianças tinham mães ausentes de seus lares ou eram filhas de adolescentes. A maioria das vítimas pertencia famílias com dinâmicas disfuncionais, sendo algumas submetidas a situações de negligência e abandono; 3) Percepções sobre o quadro clínico de crianças e adolescentes vitimizadas sexualmente: as vítimas infanto-juvenis apresentavam lesões físicas graves e distúrbios psíquicos, outras não apresentavam sinais de violência, sendo que algumas delas foram à óbito em decorrência dos abusos sofridos. Tiveram iniciação sexual com homens adultos e/ou vivenciavam o casamento na infância e 4) Percepções acerca de contradições/negação dos agravos vivenciados pelas crianças e adolescentes atendidas: as situações de violência sexual conhecidas por responsáveis contribuem para a elucidação dos fatos. Entretanto, alguns familiares estão imersas na possibilidade de negação da ocorrência e ocultação da identidade do agressor. Reações manifestadas pela equipe multiprofissional denotam uma seara impactante que resulta em mobilização emocional, ao depararem-se com realidades sociais complexas, contextos clínicos graves e reações de difícil abordagem.Sexual violence against children and adolescents is a public health problem, which can cause irreversible physical, emotional, psychological and social damage to victims and their families, reflecting across society. Hospital care for these victims and family members causes different feelings to health professionals, which can influence the quality of care provided. Describe the perceptions of health professionals about sexual violence against children and adolescents. This is a qualitative, exploratory study carried out through the use of semi-structured interviews, between June and July 2019, with 30 women, health team professionals who have been working for more than a year in a public hospital in Bahia. The project was approved by the Ethics and Research Committee under opinion number 3,383,906. The participants signed the Free and Informed Consent Form, the interviews were recorded, transcribed, analyzed using the content analysis technique. From the analysis of the interviews, four categories emerged: 1) Perceptions about reactions manifested by children, adolescents, family members and members of the multiprofessional team: feelings, behaviors and attitudes of the victims, family members and professionals suggest that the juvenile sexual violation shocks everyone, generating: emotional shock, revolt/indignation and fears that result in suffering, silence, empathy and involvement in care; 2) Perceptions about the social reality of children and adolescents who suffered sexual violence: the victims were aged between 0 and 17 years old, most were girls, black. Teenagers were poorly developed physically and emotionally. The children had mothers absent from their homes or were daughters of multiparous adolescents. Most of the victims belonged to families with dysfunctional dynamics, some of whom were subjected to situations of neglect and abandonment; 3) Perceptions about the clinical condition of children and adolescents who were sexually victimized: child and juvenile victims had serious physical injuries and mental disorders, others showed no signs of violence, and some of them died as a result of the abuse they suffered. Have had sexual initiation with adult men and / or experienced childhood marriage and 4) Perceptions about contradictions / denial of the problems experienced by the children and adolescents attended: the situations of sexual violence known to those responsible contribute to the elucidation of the facts. However, some family members are immersed in the possibility of denying the occurrence and hiding the identity of the aggressor. FINAL CONSIDERATIONS: Reactions manifested by the multiprofessional team show an impacting field that results in emotional mobilization, when faced with complex social realities, serious clinical contexts and reactions that are difficult to approach.Submitted by Mendes Márcia (marciinhamendes@gmail.com) on 2022-03-17T00:44:42Z No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO_MARIMEIRE_MORAIS.pdf: 4713553 bytes, checksum: cdb173600a97592e6cf68b88ad42d683 (MD5)Approved for entry into archive by Delba Rosa (delba@ufba.br) on 2022-03-17T18:50:44Z (GMT) No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO_MARIMEIRE_MORAIS.pdf: 4713553 bytes, checksum: cdb173600a97592e6cf68b88ad42d683 (MD5)Made available in DSpace on 2022-03-17T18:50:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO_MARIMEIRE_MORAIS.pdf: 4713553 bytes, checksum: cdb173600a97592e6cf68b88ad42d683 (MD5) Previous issue date: 2020-06-10FAPESBporUniversidade Federal da BahiaPrograma de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF)UFBABrasilEscola de EnfermagemCNPQ::CIENCIAS DA SAUDESaúdeCriançaAdolescenteDelitos SexuaisHealthChildSexual ViolencePerceptionViolência sexual infantojuvenil: percepções de profissionais de saúdeSexual violence against children and adolescents: perceptions of health professionals.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisCamargo, Climene Laura dehttps://orcid.org/0000-0002-4880-3916http://lattes.cnpq.br/5183002830901288Oliveira, Marcia Maria CareiroCamargo, Climene Laura dehttps://orcid.org/0000-0002-4880-3916http://lattes.cnpq.br/5183002830901288Dejo, Vânia Nora Bustamantehttp://lattes.cnpq.br/7761894402496201Gomes, Nadirlene Pereirahttps://orcid.org/0000-0002-6043-3997http://lattes.cnpq.br/5212781090539158Almeida, Lílian Conceição Guimarães dehttps://orcid.org/0000-0001-6940-9187http://lattes.cnpq.br/3667873478174449https://orcid.org/0000-0002-5370-0209http://lattes.cnpq.br/3389821799078071Conceição, Marimeire Morais dainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAORIGINALDISSERTAÇÃO_MARIMEIRE_MORAIS.pdfDISSERTAÇÃO_MARIMEIRE_MORAIS.pdfapplication/pdf4713553https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/34895/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O_MARIMEIRE_MORAIS.pdfcdb173600a97592e6cf68b88ad42d683MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1881https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/34895/2/license.txt5cfde62e35c4ab1756d453f91b5475e5MD52TEXTDISSERTAÇÃO_MARIMEIRE_MORAIS.pdf.txtDISSERTAÇÃO_MARIMEIRE_MORAIS.pdf.txtExtracted texttext/plain458956https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/34895/3/DISSERTA%c3%87%c3%83O_MARIMEIRE_MORAIS.pdf.txtf56ceff8b2ad8d93bc363280cc6de951MD53ri/348952022-03-19 06:22:30.29oai:repositorio.ufba.br:ri/34895TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gCnBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2t1cCAKZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiAKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcMOzc2l0byBkYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIG7Do28sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIApkZSBuaW5ndcOpbS4KCkNhc28gYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHF1ZSB2b2PDqiBuw6NvIHBvc3N1aSBhIHRpdHVsYXJpZGFkZSBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHZvY8OqIGRlY2xhcmEgcXVlIApvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIG9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyAKbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gCm91IG5vIGNvbnRlw7pkbyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuCgpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIApPUkdBTklTTU8sIFZPQ8OKIERFQ0xBUkEgUVVFIFJFU1BFSVRPVSBUT0RPUyBFIFFVQUlTUVVFUiBESVJFSVRPUyBERSBSRVZJU8ODTyBDT01PIFRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyAKRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-03-19T09:22:30Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Violência sexual infantojuvenil: percepções de profissionais de saúde
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv Sexual violence against children and adolescents: perceptions of health professionals.
title Violência sexual infantojuvenil: percepções de profissionais de saúde
spellingShingle Violência sexual infantojuvenil: percepções de profissionais de saúde
Conceição, Marimeire Morais da
CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE
Saúde
Criança
Adolescente
Delitos Sexuais
Health
Child
Sexual Violence
Perception
title_short Violência sexual infantojuvenil: percepções de profissionais de saúde
title_full Violência sexual infantojuvenil: percepções de profissionais de saúde
title_fullStr Violência sexual infantojuvenil: percepções de profissionais de saúde
title_full_unstemmed Violência sexual infantojuvenil: percepções de profissionais de saúde
title_sort Violência sexual infantojuvenil: percepções de profissionais de saúde
author Conceição, Marimeire Morais da
author_facet Conceição, Marimeire Morais da
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Camargo, Climene Laura de
dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv https://orcid.org/0000-0002-4880-3916
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5183002830901288
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Oliveira, Marcia Maria Careiro
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Camargo, Climene Laura de
dc.contributor.referee1ID.fl_str_mv https://orcid.org/0000-0002-4880-3916
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5183002830901288
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Dejo, Vânia Nora Bustamante
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7761894402496201
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Gomes, Nadirlene Pereira
dc.contributor.referee3ID.fl_str_mv https://orcid.org/0000-0002-6043-3997
dc.contributor.referee3Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5212781090539158
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Almeida, Lílian Conceição Guimarães de
dc.contributor.referee4ID.fl_str_mv https://orcid.org/0000-0001-6940-9187
dc.contributor.referee4Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3667873478174449
dc.contributor.authorID.fl_str_mv https://orcid.org/0000-0002-5370-0209
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3389821799078071
dc.contributor.author.fl_str_mv Conceição, Marimeire Morais da
contributor_str_mv Camargo, Climene Laura de
Oliveira, Marcia Maria Careiro
Camargo, Climene Laura de
Dejo, Vânia Nora Bustamante
Gomes, Nadirlene Pereira
Almeida, Lílian Conceição Guimarães de
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE
topic CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE
Saúde
Criança
Adolescente
Delitos Sexuais
Health
Child
Sexual Violence
Perception
dc.subject.por.fl_str_mv Saúde
Criança
Adolescente
Delitos Sexuais
Health
Child
Sexual Violence
Perception
description A violência sexual contra crianças e adolescentes é um problema de saúde pública, que pode provocar danos físicos, emocionais, psicológicos e sociais irreversíveis às vítimas e seus familiares, refletindo em toda a sociedade. O atendimento hospitalar à essas vítimas e familiares causam diversos sentimentos aos profissionais de saúde, que podem influenciar na qualidade do atendimento prestado. Descrever as percepções de profissionais de saúde sobre a violência sexual infantojuvenil. Trata-se de um estudo qualitativo, exploratório realizado mediante o uso de entrevistas semiestruturadas, entre junho e julho de 2019, com 30 mulheres, profissionais da equipe de saúde atuantes há mais de um ano em um hospital público da Bahia. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa sob o parecer nº 3.383.906. As participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, as entrevistas foram gravadas, transcritas, analisadas por meio da técnica de análise de conteúdo. Da análise das entrevistas emergiram quatro categorias: 1) Percepções sobre reações manifestadas por crianças, adolescentes, familiares e membros da equipe multiprofissional: sentimentos, comportamentos e atitudes das vítimas, familiares e profissionais sugerem que a violação sexual infantojuvenil choca a todos, gerando: abalo emocional, revolta/indignação e medos que resultam em sofrimento, silêncio, empatia e envolvimento nos cuidados; 2) Percepções sobre a realidade social de crianças e adolescentes que sofreram violência sexual: as vítimas atendidas tinham idade entre 0 e 17 anos, a maioria eram meninas, negras. As adolescentes eram pouco desenvolvidas física e emocionalmente. As crianças tinham mães ausentes de seus lares ou eram filhas de adolescentes. A maioria das vítimas pertencia famílias com dinâmicas disfuncionais, sendo algumas submetidas a situações de negligência e abandono; 3) Percepções sobre o quadro clínico de crianças e adolescentes vitimizadas sexualmente: as vítimas infanto-juvenis apresentavam lesões físicas graves e distúrbios psíquicos, outras não apresentavam sinais de violência, sendo que algumas delas foram à óbito em decorrência dos abusos sofridos. Tiveram iniciação sexual com homens adultos e/ou vivenciavam o casamento na infância e 4) Percepções acerca de contradições/negação dos agravos vivenciados pelas crianças e adolescentes atendidas: as situações de violência sexual conhecidas por responsáveis contribuem para a elucidação dos fatos. Entretanto, alguns familiares estão imersas na possibilidade de negação da ocorrência e ocultação da identidade do agressor. Reações manifestadas pela equipe multiprofissional denotam uma seara impactante que resulta em mobilização emocional, ao depararem-se com realidades sociais complexas, contextos clínicos graves e reações de difícil abordagem.
publishDate 2020
dc.date.available.fl_str_mv 2020-03-10
2022-03-17T18:50:44Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2020-06-10
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-03-17T18:50:44Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufba.br/handle/ri/34895
url https://repositorio.ufba.br/handle/ri/34895
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal da Bahia
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF)
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFBA
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Escola de Enfermagem
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal da Bahia
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFBA
instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron:UFBA
instname_str Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron_str UFBA
institution UFBA
reponame_str Repositório Institucional da UFBA
collection Repositório Institucional da UFBA
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/34895/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O_MARIMEIRE_MORAIS.pdf
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/34895/2/license.txt
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/34895/3/DISSERTA%c3%87%c3%83O_MARIMEIRE_MORAIS.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv cdb173600a97592e6cf68b88ad42d683
5cfde62e35c4ab1756d453f91b5475e5
f56ceff8b2ad8d93bc363280cc6de951
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1793970660384440320