Os gêneros discursivos orais como objeto de ensino: uma proposta para a ação docente na perspectiva do letramento.

• Ano de defesa: 2018
• Autor(a) principal: SÁ, Erislândia Rejane de.
• Orientador(a): OLIVEIRA, Rose Maria Leite de.
• Banca de defesa: MOURA, Adriana Sidralle Rolim de., ARRAIS, Maria Nazareth de Lima.
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
• Programa de Pós-Graduação: PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS EM REDE PROFLETRAS (UFRN)
• Departamento: Centro de Formação de Professores - CFP
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Gênero discursivo oral; Prática docente; Língua portuguesa - ensino; Letramento; Oral discursive genre; Teaching practice; Portuguese language - teaching; Literacy
• Área do conhecimento CNPq: Letras.
• Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/23754

Esta pesquisa tem como foco primordial uma discussão a respeito do ensino/aprendizagem da modalidade oral, nas aulas de Língua Portuguesa, no nível fundamental de escolarização. Como eixo norteador, apontamos a necessidade de o sujeito desenvolver competências linguístico- discursivas, através de divergentes gêneros, nos mais diversos contextos interativos de sua cotidianidade, tanto nos que se configuram como mais espontâneos, quanto nos mais ritualizados. Nessa perspectiva, orientamo-nos pelos questionamentos: Qual é o espaço ocupado pelo gênero oral? Há um trabalho sistematizado que promova uma reflexão do uso da oralidade, de forma a oportunizar o desenvolvimento das práticas comunicativas dos alunos? Quais os gêneros priorizados para essa prática? Definimos, portanto, como objetivo geral, analisar e discutir se e como são abordados os gêneros discursivos orais nas práticas docentes de Língua Portuguesa, com vistas a apresentar uma proposta de intervenção, fundamentada no trabalho com o gênero discursivo oral debate, como meio para ampliar o letramento escolar e social dos alunos. Os sujeitos considerados, no âmbito desta pesquisa, são três professores de Língua Portuguesa dos anos finais do Ensino Fundamental, de uma Escola Municipal da cidade de Pombal-PB. Para o levantamento dos dados que constituem os corpora deste estudo, realizamos a aplicação de questionário, que nos possibilitou interrogar o docente a respeito da sua formação profissional e práticas de sala de aula, cujas enunciações nos permitiram reconhecer as concepções teóricas adotadas, quanto aos gêneros discursivos orais, língua e linguagem, perspectivas de ensino e procedimentos didáticos metodológicos desenvolvidos por professores de língua materna, para o tratamento dos conteúdos curriculares, com foco no eixo da modalidade oral da língua. Como base teórica, acerca do ensino de língua e oralidade, essa investigação está subsidiada pela linguística aplicada contemporânea, a partir de teorias que possuem como ponto de interseção a perspectiva enunciativa de estudos da linguagem, especialmente, a partir dos postulados de Antunes (2003, 2007), Bakhtin (1995, 2000), Bortoni- Ricardo (2008), Elias (2014), Marcuschi (2001, 2005), Rojo (2005, 2009), Schneuwly & Dolz (2004), dentre outros teóricos que enfatizam a relevância do trabalho com a língua oral na aprendizagem escolar. Nesse sentido, a pesquisa aqui empreendida se assenta no rol dos estudos qualitativos, concretizados em Programas de Pós-Graduação em Formação de Professores, de esfera nacional, se alicerça nos Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, PCN, 1998), os quais contemplam diretrizes voltadas para a prática da oralidade no Ensino Fundamental, e assinala para a perspectiva de que é exequível construir ações didáticas que considerem a sistematização/didatização dos gêneros orais nas aulas de língua materna. Os resultados validaram a nossa hipótese inicial, embasada em nossa vivência docente, de que o espaço destinado ao estudo da modalidade oral da língua como instância ensinável, nas práticas de ensino/aprendizagem empreendidas pelos professores de Língua Portuguesa, é insuficiente para a construção e/ou aprimoramento da competência comunicativa oral do aluno, posto que ainda prevalece a cultura da supremacia da escrita.