Carisma e instituição: relações de poder na Renovação Carismática Católica do Brasil.
Ano de defesa: | 2004 |
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Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
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Programa de Pós-Graduação: |
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
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Departamento: |
Centro de Humanidades - CH
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1900 |
Resumo: | Este estudo apresenta uma análise do pentecostalismo católico no Brasil a partir do interior, ou seja, em suas relações de poder internas, no confronto com a hierarquia católica e, por extensão, com a Teologia da Libertação. O problema fundamental consiste em desvelar e interpretar o intricado universo de relações de poder em articulação no movimento. Parte-se do pressuposto de que a Renovação Carismática desenvolve uma espécie de autonomia sutil que lhe outorga dinamicidade e capacidade de expansão, em razão da introdução de elementos religiosos não tradicionais e do desenvolvimento de mecanismos de poder e de práticas que se contrapõem ao primado da hierarquia na Igreja Católica. Esses elementos são os dons carismáticos, que denotam uma possibilidade de contato com Deus sem intermediação sacerdotal. A autonomia carismática significa uma contestação à estrutura de poder da Igreja. Ela investe tanto contra o clero conservador quanto contra o progressista. A Renovação Carismática nunca obteve a adesão hegemônica da hierarquia católica brasileira, apesar de receber, desde cedo, o apoio formal do Vaticano. A classificação como "neoconservador" é atribuída ao movimento em referência direta ao catolicismo das CEBs. Trata-se, portanto, de uma interpretação de pesquisadores identificados com a chamada ala progressista da Igreja Católica brasileira. E é a partir dessa mesma visão, que o carismatismo é considerado como reação ao pentecostalismo protestante e à Teologia da Libertação. Tal classificação é inadequada e não se justifica quando confrontada com os fatos. A relação propriamente institucional entre a Renovação Carismática e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, tem sido marcada por tensões inerentes à relativa autonomia do movimento. A CNBB demorou mais de vinte anos para pronunciar-se oficialmente a respeito da RCC. porque tinha prioridades vinculadas ao projeto da Igreja Progressista. Quando enfim publicou o Documento 53, suscitou diversas críticas por causa da inconsistência do texto e de seu caráter essencialmente disciplinar. A índole do Documento reflete claramente o nível das relações de poder em articulação entre os dois segmentos. |
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SILVA, Magnólia Gibson Cabral da.SILVA, M. G. C.http://lattes.cnpq.br/0118924847829458LEON, Adriano de.MOTTA, Roberto.SOUSA, R. J.http://lattes.cnpq.br/2189671270194913SOUSA, Ronaldo José de.Este estudo apresenta uma análise do pentecostalismo católico no Brasil a partir do interior, ou seja, em suas relações de poder internas, no confronto com a hierarquia católica e, por extensão, com a Teologia da Libertação. O problema fundamental consiste em desvelar e interpretar o intricado universo de relações de poder em articulação no movimento. Parte-se do pressuposto de que a Renovação Carismática desenvolve uma espécie de autonomia sutil que lhe outorga dinamicidade e capacidade de expansão, em razão da introdução de elementos religiosos não tradicionais e do desenvolvimento de mecanismos de poder e de práticas que se contrapõem ao primado da hierarquia na Igreja Católica. Esses elementos são os dons carismáticos, que denotam uma possibilidade de contato com Deus sem intermediação sacerdotal. A autonomia carismática significa uma contestação à estrutura de poder da Igreja. Ela investe tanto contra o clero conservador quanto contra o progressista. A Renovação Carismática nunca obteve a adesão hegemônica da hierarquia católica brasileira, apesar de receber, desde cedo, o apoio formal do Vaticano. A classificação como "neoconservador" é atribuída ao movimento em referência direta ao catolicismo das CEBs. Trata-se, portanto, de uma interpretação de pesquisadores identificados com a chamada ala progressista da Igreja Católica brasileira. E é a partir dessa mesma visão, que o carismatismo é considerado como reação ao pentecostalismo protestante e à Teologia da Libertação. Tal classificação é inadequada e não se justifica quando confrontada com os fatos. A relação propriamente institucional entre a Renovação Carismática e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, tem sido marcada por tensões inerentes à relativa autonomia do movimento. A CNBB demorou mais de vinte anos para pronunciar-se oficialmente a respeito da RCC. porque tinha prioridades vinculadas ao projeto da Igreja Progressista. Quando enfim publicou o Documento 53, suscitou diversas críticas por causa da inconsistência do texto e de seu caráter essencialmente disciplinar. A índole do Documento reflete claramente o nível das relações de poder em articulação entre os dois segmentos.This study presents an internal analysis of the Catholic Pentecostalism in Brazil, that is, an analysis of its power relations with the Catholic hierarchy and, by extension, with the Theology of Liberation. The main difficulty found in this work was in terms of how revealing and interpreting the intricate universe of power relations existing in the movement. Our findings are based on the assumption that the Charismatic Renewal has developed a kind of subtle autonomy that gave it dynamism and the ability to expand, because of the introduction of non-traditional religious elements as well the development of power mechanisms and practices that oppose to the primacy of the Catholic Church hierarchy. These religious elements are the charismatic gifts that represent a possibility of contact with God without the intermediation of priests. The Charismatic autonomy represents a contestation to the structure of power in the Church. The said autonomy contests both the conservative and the progressive clergy. The Charismatic Renewal has never obtained a hegemonic adhesion of the Brazilian Catholic hierarchy, although it has received, from the beginning, the formal support from the Vatican. The classification of the movement as "neoconservative" is directly related to the Catholicism of the CEBs and is, therefore, an interpretation of researchers that are identified with the so-called progressive wing of the Brazilian Catholic Church. This same view considers charismaticism as a reaction to the protestant Pentecostalism and the Theology of Liberation. Such classification is inadequate and cannot be justified when compared to facts. As for the institutional relationship between the Charismatic Renewal and the National Conference of Bishops in Brazil, it has always been marked by tensions that are directly related to the autonomy of the movement. It took CNBB (National Conference of Bishops in Brazil) more than twenty years to give their formal opinion about RCC (Catholic Charismatic Renewal), because of other priorities concerning the projects of the Progressive Church. When, at last, the Conference of Bishops published the Document 53. critics claimed that the document showed text inconsistency and had a disciplinary approach, basically. This Document clearly reflects the level of power relations existing between the two segments of the church.Submitted by Johnny Rodrigues (johnnyrodrigues@ufcg.edu.br) on 2018-10-04T17:11:30Z No. of bitstreams: 1 RONALDO JOSÉ DE SOUSA - DISSERTAÇÃO PPGCS 2004..pdf: 56776943 bytes, checksum: 2656591e07c3b4c6de03329299e01680 (MD5)Made available in DSpace on 2018-10-04T17:11:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1 RONALDO JOSÉ DE SOUSA - DISSERTAÇÃO PPGCS 2004..pdf: 56776943 bytes, checksum: 2656591e07c3b4c6de03329299e01680 (MD5) Previous issue date: 2004-04-05CNPqUniversidade Federal de Campina GrandePÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAISUFCGBrasilCentro de Humanidades - CHCiências Sociais.Ciência das Religiões.Renovação Carismática CatólicaMovimento Carismático CatólicoPetencostalismo católicoRelações de poder - CatolicismoTeologia da LibertaçãoAutonomia Carismática - catolicismoPoder da Igreja Católica versus Renovação CarismáticaRenovação carismática - conflitosConferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBBRelações de Poder - Renovação CarismáticaNeocatolicismo no BrasilReligião CatólicaCatholic Pentecostalism in BrazilTheology of LiberationCatholic Charismatic RenovationPower Relationships - Charismatic RenewalCarisma e instituição: relações de poder na Renovação Carismática Católica do Brasil.Charism and institution: relations of power in the Catholic Charismatic Renewal of Brazil.2004-04-052018-10-04T17:11:30Z2018-10-042018-10-04T17:11:30Zhttp://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1900SOUSA, Ronaldo José de. Carisma e instituição: relações de poder na Renovação Carismática Católica do Brasil. 2004. 243f. (Dissertação de Mestrado em Ciências Sociais) - Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais, Centro de Humanidades, Universidade Federal de Campina Grande - Paraíba - Brasil, 2004. 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