Uso de indicadores microbiológicos na avaliação do grau de poluição em águas superficiais.

• Ano de defesa: 1992
• Autor(a) principal: ARAÚJO, Alexandre Manoel de.
• Orientador(a): CEBALLOS, Beatriz Susana Ovruski de. , KONIG, Annemarie.
• Banca de defesa: OLIVEIRA, Rui de., LIMA, Edeltrudes de Oliveira.
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
• Programa de Pós-Graduação: PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
• Departamento: Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Indicadores microbiológicos; Grau de poluição; Degree of pollution; Microbiological Indicators; Águas superficiais; Surface water
• Área do conhecimento CNPq: Engenharia sanitária
• Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2993

A utilização de algas, fungos e bactérias (coliformes fecais, estreptococos fecais e Pseudomonas aeruginosa) como indicadores do grau de poluição orgânica foi analisada em 4 corpos aquáticos localizados no Nordeste do Brasil, no Estado da Paraíba, os quais foram classificados quanto a seu estágio de trofia e saprobicidade. A pesquisai realizada em pontos da margem e do centro de 3 corpos aquáticos lênticos (Açude de Boqueirão, Açude de Bodocongó e Açude Velho), no esgoto bruto e efluentes das lagoas de estabilização da E.T.E de Campina Grande. Também foram analisados 2 pontos do Riacho de Bodocongó na confluência deste com o efluente final da E.T.E. As coletas foram realizadas com frequência quinzenal, compreendendo um período de 12 meses, entre outubro de 1939 e setembro de 1990, abrangendo um ciclo hidrológico. Foram analisados parâmetros físico—químicos (DB0s, oxigênio dissolvido, pH, turbidez, transparência, temperatura, nitrato , nitrogênio amoniacal e ortofosfato solúvel) e microbiológicos (coliformes fecais, estreptococos fecais, Pseudomonas aeruginosa.. clorofila " a ", identificação de algas e fungos. Através das análises de agrupamentos foram reunidos os pontos semelhantes de cada corpo aquático efeitas correlações lineares simples entre os diversos parâmetros estudados. Os agrupamentos principais (formados pelo maior número de pontos de cada ecossistema e portanto representativos dos mesmos) e os valores médios da DBOs permitiram a classificação dos corpos aquáticos em 4 níveis de saprobicidade, oligosapróbico (Açude de Boqueirão), (mesosapróbico (Açude de Bodocongó), a-mesosapróbico (Açude Velho) e polisapróbico ( E.T.E e riacho efluente). Os níveis de contaminação fecal aumentaram desde o ecossistema Dligosapróbico até o polisapróbico. Os grupos específicos de a l g a s foram característicos para cada corpo aquático, de acordo com o seu grau de poluição: diatomáceas no Açude de Boqueirão, as clorofíceas no Açude de Bodocongó, clorofíceas e cianofíceas no Açude Velho e flagelados verdes na E.T.E e riacho efluente. A frequência de isolamento de fungos filamentosos e leveduras brancas do gênero Cândida foi crescente acompanhando o aumento da poluição orgânica, enquanto que leveduras róseas, dos gêneros Rhodotorula e Sporobolomyces apresentaram um comportamento inverso. As classificações de níveis de trofia de diferentes autores, úteis para climas temperados, não foram adequadas para enquadrar os corpos aquáticos estudados, sendo mais apropriada a classificação saprobiológica de SLADECEK (1979).